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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655013 vezes)

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1760 em: 2014-08-12 11:12:20 »
É perfeitamente compatível com o conceito, Thorn. Se fatiares um queijo não podes dizer que o lado esquerdo do queijo está a ser tratado de forma diferente do lado direito por não ser fatiado. Só se retiram as fatias necessárias.

Nesta estrutura de capital, só se atribuem perdas às fatias necessárias. Até onde se vai é resultado de um juízo feito agora e que tanto pode estar correcto como errado mas isso pouco importa, pois existem novos investidores dispostos a assumir o lugar das fatias de maior risco.

Uma pergunta simples:

1. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os obrigacionistas seniores iriam receber o valor total?

2. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os accionistas não iriam receber pelo menos uma pequenina parte?

3. Por fim, achas normal que se engane os pequenos accionistas num Aumento de Capital chancelado pelo BdP, pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro Ministro e outras entidades, para passado uma semana esse dinheiro lhes ser retirado e entregue aos obrigacionistas seniores?

As respostas não se relacionam entre elas, e é obvio se o ponto 1 (não pagamento total aos seniores) não se verificar, o ponto 2 (os accionistas reberam pelo menos uma pequenia parte) nunca se podia verificar, pelo que escusas de vir com essa teoria e peço que respondas apenas SIM ou NAO.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1761 em: 2014-08-12 11:15:33 »
eh comico porque antes queixavam-se dos bail-outs e agora queixam-se dos bail-ins

parece a logica da luisa que se queixa simultaneamente dos impostos altos, demasiada divida e falta de investimento publico

Enfim...  Falácia do espantalho.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1762 em: 2014-08-12 11:18:47 »
É perfeitamente compatível com o conceito, Thorn. Se fatiares um queijo não podes dizer que o lado esquerdo do queijo está a ser tratado de forma diferente do lado direito por não ser fatiado. Só se retiram as fatias necessárias.

Nesta estrutura de capital, só se atribuem perdas às fatias necessárias. Até onde se vai é resultado de um juízo feito agora e que tanto pode estar correcto como errado mas isso pouco importa, pois existem novos investidores dispostos a assumir o lugar das fatias de maior risco.

O que dizes é uma falácia: dicto simpliciter

Uma pergunta simples:

1. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os obrigacionistas seniores iriam receber o valor total?

2. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os accionistas não iriam receber pelo menos uma pequenina parte?

3. Por fim, achas normal que se engane os pequenos accionistas num Aumento de Capital chancelado pelo BdP, pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro Ministro e outras entidades, para passado uma semana esse dinheiro lhes ser retirado e entregue aos obrigacionistas seniores?

As respostas não se relacionam entre elas, e é obvio se o ponto 1 (não pagamento total aos seniores) não se verificar, o ponto 2 (os accionistas reberam pelo menos uma pequenia parte) nunca se podia verificar, pelo que escusas de vir com essa teoria e peço que respondas apenas SIM ou NAO.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1763 em: 2014-08-12 11:19:51 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1764 em: 2014-08-12 11:24:10 »
o video esta comico, tem declaracoes de accionistas que perderam entre 15k e 42k:
"continuei a reforcar porque toda a gente vinha para a televisao dizer que o banco estava solido, fui enganado"
"o meu gestor de conta aconselhou-me a investir, ele percebe muito mais de accoes que eu e tambem investiu"
"eu sei que as accoes sao produtos de alto risco mas ao ponto de perder tudo nunca pensei"

carlos costa: "sou o primeiro a lamentar que haja um bail-in, isto resulta de directivas europeias"

os accionistas culpam o BdP e o BdP culpa a Uniao Europeia, eheh

« Última modificação: 2014-08-12 11:32:50 por Neo-Liberal »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1765 em: 2014-08-12 11:24:20 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...
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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1766 em: 2014-08-12 11:25:19 »
Uma pergunta simples:

1. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os obrigacionistas seniores iriam receber o valor total?

2. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os accionistas não iriam receber pelo menos uma pequenina parte?

3. Por fim, achas normal que se engane os pequenos accionistas num Aumento de Capital chancelado pelo BdP, pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro Ministro e outras entidades, para passado uma semana esse dinheiro lhes ser retirado e entregue aos obrigacionistas seniores?

As respostas não se relacionam entre elas, e é obvio se o ponto 1 (não pagamento total aos seniores) não se verificar, o ponto 2 (os accionistas reberam pelo menos uma pequenia parte) nunca se podia verificar, pelo que escusas de vir com essa teoria e peço que respondas apenas SIM ou NAO.

1 & 2 - Não

3 - Sim, mas só porque o PR e o PM não são de uma normalidade adequada aos cargos que deviam exercer.

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1767 em: 2014-08-12 11:27:55 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

como vai o numeros de socios da ATM? esta a correr bem o negocio?
« Última modificação: 2014-08-12 11:32:06 por Neo-Liberal »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1768 em: 2014-08-12 11:42:05 »
o video esta comico, tem declaracoes de accionistas que perderam entre 15k e 42k:
"continuei a reforcar porque toda a gente vinha para a televisao dizer que o banco estava solido, fui enganado"
"o meu gestor de conta aconselhou-me a investir, ele percebe muito mais de accoes que eu e tambem investiu"
"eu sei que as accoes sao produtos de alto risco mas ao ponto de perder tudo nunca pensei"

carlos costa: "sou o primeiro a lamentar que haja um bail-in, isto resulta de directivas europeias"

os clientes culpam o BdP e o BdP culpa o Uniao Europeia, eheh

A  ideia subjacente à petição da ATM contra a defesa dos pequenos accionistas e o que aqui tenho dito é exactamente a do artigo 101.º da CRP... ou seja, A CONFIANÇA no sistema financeiro.

Diz esse artigo da CRP que "o sistema financeiro é estruturado por lei, de modo a garantir a formação, a captação e a segurança das poupanças, bem como a aplicação dos meios financeiros necessários ao desenvolvimento económico e social."

Veja-se por exemplo o fundamento da existência do Sistema de Indemnização dos Investidores: - A criação do SII que decorre da transposição da Directiva 97/9/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Março (logo uma orientação europeia) e tem como principais objectivos a manutenção da confiança no sistema financeiro e a protecção dos investidores comuns, com exclusão, portanto, entre outros, dos investidores profissionais e qualificados.

Será fastidioso explicar que no caso em apreço, apesar da FRAUDE não ser do intermediário financeiro, visa também a manutenção da confiança do sistema financeiro e a protecção dos investidores comuns devido a FRAUDE do emitente e, no caso, a desapropriação sem justa indemnização (outro artigo da CRP violado, o n.º 2 do Art.º 62).

No entanto, sublinho alguns aspectos do preâmbulo da dita directiva que se calhar pode clarificar um pouco mais tudo que esta subjacente à necessidade descrita de garantir a confiança no sistema financeiro:

[(4) Whereas the protection of investors and the maintenance of confidence in the financial system are an important aspect of the completion and proper functioning of the internal market in this area; whereas to that end it is therefore essential that each Member State should have an investor-compensation scheme that guarantees a harmonized minimum level of protection at least for the small investor in the event of an investment firm being unable to meet its obligations to its investor clients;

Para entender isto é necessário ir mais fundo do que a mera "matemática" do investidor que tomou risco e agora paga por ele, mesmo quando esse risco seria um risco que não devia existir (risco de acto do governo - a cisão, logo depois de ter "garantido" mundos e fundos). Para entender isso, era preciso compreender seriamente que nenhum sistema financeiro funciona sem essa confiança e essa protecção e que portanto a factura a pagar pelo sistema financeiro e consequentemente da própria economia nesse caso será mais alta do que o custo do SII.

Mas nem toda a gente entende que o custo de não pagar aos pequenos investidores, pode ser muito maior para a economia... alias, o custo é maior do que apenas a confiança, pois há custos directos, como a falência de famílias e pequenas empresas que tinham as suas poupanças em acções e/ou divida subordinada.

Muitas empresas em Portugal já faliram (ou passaram por algo equivalente - operações harmónio - Lisnave, Inapa, etc) e ninguém se queixou, pois foi uma operação normal que estava comportada dentro do risco que um investidor normalmente aceita e que não foi sujeito a distorções. O que se passa no caso do BES não. Há uma desapropriação da propriedade (direitos sobre activos que iriam responder pelo passivo), da CHANCE de quinhoar em algum resultado positivo da liquidação (oque não se sabe se sim ou não). Há uma distorção do risco que o investidor aceitou tomar com base na informação que lhe foi transmitida, tanto por parte da empresa (FRAUDE conta a qual pode litigar - algo que já estava previsto na sua posição de risco) e por parte do Governador do Banco de Portugal (Responsabilidade contra a qual também pode litigar). A solução apresentada visa apenas uma resolução extra-judicial.

Todo o negócio tem risco, certo? Então vejamos também o seguinte:

Citar
I - O erro pode referir-se à pessoa do declaratário, ao objecto de negócio, aos motivos do negócio ou à base do negócio.
II - No que concerne à base do negócio  ela “será, então, uma representação duma das partes, conhecida pela outra e relativa a certa circunstância basilar atinente ao próprio "contrato" e que foi essencial para a decisão de contratar”, ocorrendo erro sobre a base do negócio quando “os elementos essenciais para a formação da vontade do declarante e conhecidos da outra parte, os quais, por não corresponderem à realidade, tornam a exigência do cumprimento do negócio concluído gravemente contrário aos princípios da boa-fé”.
III - Mas, para ser relevante, importa que o "comprador" em erro sofra uma lesão, ou seja, que a exigência das obrigações que assumiu afecte gravemente os princípios da boa-fé e não esteja coberta pelos riscos próprios do contrato (artigos 252º, nº 2 e 437º, nº 1, do CCiv).

Ou seja, uma coisa é os riscos normais do negócio, do contrato, de comprar acções, que contempla, entre outras coisas, o risco de falência, outra coisa é que os elementos essenciais para a formação da vontade de comprar não correspondam a realidade e, no caso, tenham sido promovidos falsamente pelo governador do Banco de Portugal.

Existem leis? Então num estado de direito e democrático respeitem as leis. Dura lex sed lex.


Uma pergunta simples ao Incognitus e restantes que partilham da opinião dele:

1. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os obrigacionistas seniores iriam receber o valor total?

2. Garantes que, numa situação normal, em que todos iam quinhoar na liquidação de acordo com a hierarquia de credores, os accionistas não iriam receber pelo menos uma pequenina parte?

3. Por fim, achas normal que se engane os pequenos accionistas num Aumento de Capital chancelado pelo BdP, pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro Ministro e outras entidades, para passado uma semana esse dinheiro lhes ser retirado e entregue aos obrigacionistas seniores?

As respostas não se relacionam entre elas, e é obvio se o ponto 1 (não pagamento total aos seniores) não se verificar, o ponto 2 (os accionistas reberam pelo menos uma pequenia parte) nunca se podia verificar, pelo que escusas de vir com essa teoria e peço que respondas apenas SIM ou NAO.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1769 em: 2014-08-12 11:43:43 »
o video esta comico, tem declaracoes de accionistas que perderam entre 15k e 42k:
"continuei a reforcar porque toda a gente vinha para a televisao dizer que o banco estava solido, fui enganado"
"o meu gestor de conta aconselhou-me a investir, ele percebe muito mais de accoes que eu e tambem investiu"
"eu sei que as accoes sao produtos de alto risco mas ao ponto de perder tudo nunca pensei"

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os accionistas culpam o BdP e o BdP culpa a Uniao Europeia, eheh

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Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1770 em: 2014-08-12 11:52:13 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

como vai o numeros de socios da ATM? esta a correr bem o negocio?

Enfim... Bulverismo.

Neo-Liberal, de certeza que andas a ser acompanhado por psiquiatra ou isso é mera frustração pela vida que tens? É que não argumentas com nada minimamente válido, apenas com falácia e ainda por cima completamente deslocadas.

Aquilo no Brasil não correu bem para teres voltado a Portugal? Aqui também não te estas a safar? Estas desempregado? Estas frustrado com alguma coisa? É pá, há tanta coisa na vida boa para fazer. Faz-te à vida.

Sinceramente, andava a evitar dizer-te isto, mas já te tornaste tão repetitivo nas falacias e constantemente a tentar desviares o tópico para tentativas de ataques pessoais (porque te falta argumento para o que esta de facto em discussão), que desta vez resolvi também fugir ao tópico para te dizer isto mesmo.

Se queres discutir (apesar da tua capacidade reduzida para contribuir para uma discussão seria e com sentido) faz dentro do tópico e com argumentos válidos. Vê por exemplo como o Incognitus faz, que é persistente na sua posição e, qualquer resposta, concorde-se ou não com a mesma, esta bem sustentada na argumentação e permite, mais do que tudo, um debate construtivo, que é o que aqui se pretende (apreender, evoluir no pensamento e nas ideias), já que ninguém é pago para escrever.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1771 em: 2014-08-12 11:57:52 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

Foi o mercado a dizer que era viável. Houve institucionais que compraram direitos acima do valor de marcado numa OPV de direitos, os direitos que os accionistas de referência não queriam.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1772 em: 2014-08-12 11:59:41 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

Foi o mercado a dizer que era viável. Houve institucionais que compraram direitos acima do valor de marcado numa OPV de direitos, os direitos que os accionistas de referência não queriam.

Lá esta, era o mercado a ACREDITAR que era viável, pois tinha os ditos promotores a garantir isso.

Ou seja, isto ainda dá mais razão ao que digo... A percepção de risco do mercado não era correcta, pois estava a ser distorcida por esses promotores.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1773 em: 2014-08-12 12:02:27 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

como vai o numeros de socios da ATM? esta a correr bem o negocio?

Enfim... Bulverismo.

Neo-Liberal, de certeza que andas a ser acompanhado por psiquiatra ou isso é mera frustração pela vida que tens? É que não argumentas com nada minimamente válido, apenas com falácia e ainda por cima completamente deslocadas.

Aquilo no Brasil não correu bem para teres voltado a Portugal? Aqui também não te estas a safar? Estas desempregado? Estas frustrado com alguma coisa? É pá, há tanta coisa na vida boa para fazer. Faz-te à vida.

Sinceramente, andava a evitar dizer-te isto, mas já te tornaste tão repetitivo nas falacias e constantemente a tentar desviares o tópico para tentativas de ataques pessoais (porque te falta argumento para o que esta de facto em discussão), que desta vez resolvi também fugir ao tópico para te dizer isto mesmo.

Se queres discutir (apesar da tua capacidade reduzida para contribuir para uma discussão seria e com sentido) faz dentro do tópico e com argumentos válidos. Vê por exemplo como o Incognitus faz, que é persistente na sua posição e, qualquer resposta, concorde-se ou não com a mesma, esta bem sustentada na argumentação e permite, mais do que tudo, um debate construtivo, que é o que aqui se pretende (apreender, evoluir no pensamento e nas ideias), já que ninguém é pago para escrever.

Já agora, para que as pessoas fiquem informadas sobre a entrada de sócios da ATM.

Esta é a resposta que tem sido enviada as pessoas que reclamam para entrar para sócios:

Citar
Ex.mos Senhor,

Embora as inscrições para sócios estejam permanentemente abertas, a aceitação pelo Conselho de Administração das mesmas esta suspensa.

Na prática e como é costume, não estamos aceitar novos sócios enquanto decorrem casos com exposição mediática e que possa envolver litigância. As razões são óbvias: Não queremos sócios de conveniência e não queremos sócios que procurem apenas obter informação para usar de forma contrária aos interesses contrários aos da Associação.

Cumprimentos

....

Neo-Liberal,

Tu fazes-me lembrar outro individuo que participava mais assiduamente aqui no forum e também costumava, quando perdia argumentação, atacar o autor... Já levo algum treino nisso, não percas tempo.
« Última modificação: 2014-08-12 12:04:06 por Thorn Gilts »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1774 em: 2014-08-12 12:06:24 »
Thorn, os institucionais americanos não ouvem o PM português e tomam as decisões  pela sua própria cabeça. Já agora seria interessante verificar o que pensam esses institucionais que foram ao AC do mecanismo de resolução do BdP. Aparentemente até agora têm estado calados.

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1775 em: 2014-08-12 12:08:09 »

Uma redução do capital para 0 e aumento posterior para o que quer que fosse necessário resolvia o problema com menos gritos e complicações. As pessoas assim não sentem que o dinheiro já ardeu, ficam com esperanças. É um pouco como as derrotas militares das 2GG versus as presentes, as primeiras eram mais definitivas e não existiam queixas posteriores.

Eu também me parece isso.  Mas se calhar tem qualquer falta de legitimidade de direito, grave... Mas, é o que me parece: registar imparidades, qualificar incobráveis, constituir provisões, zerar a acumulação de prejuízos por uma redução de capital. Convidar ao aumento de capital novos accionistas, aceitando porventura numa proporção residual o que subsistisse do capital acionista anterior e a subscrição do novo aumento, aberta também ao sistema bancário, seria completada pelo Tesouro (Estado). Depois logo se veria, e a competição por capital e lucro que  prosseguisse. O que se recuperasse dos activos da massa falida seriam  ganhos do novo banco. Porquê isto não é factível jurídica ou economicamente, gostava que alguém aqui no fórum me mostrasse, pois deve ser por razões ponderosas que aceitarei por certo e aprendia qualquer coisa...

A razão é simples. Não prepararam as coisas atempadamente (parece que andavam com visões e passavam tempo a dialogar com investidores imaginários), chegou-se ao último dia entraram em pânico fizeram as coisas á pressa e pariram aborto que viola principios fundamentais.
Mas nem sequer era necessário fazer as contas imediatamente. Podia ficar estabelecido o principio de que fundo de resolução entrava agora com totalidade e aos antigos accionistas eram atribuidos direitos para comprar acções quando o novo banco fosse vendido. O nº de acções que poderiam recomprar a posteriori seria calculado durante o periodo de recuperação para se ter garantia de valores rigorosos no apuramento dos aspectos que referes. Assim se o prejuizo a assumir pelos accionistas correspondesse a 80% do capital cada 10 acções antigas dava direito a uma nova e possibilidade de comprar outra (preços nominais iguais), 90% 20 acções direito a a uma nova e compra de outro etc. A partir do momento em que isso tivesse bem calculado direitos podiam ser emitidos e negociados em bolsa até á venda final. Os accionistas suportavam o prejuizo que lhes era atribuivel (e todos a gente ficava contente por ver vizinho a arder) mas não era violada nenhuma lei da propriedade privada.



« Última modificação: 2014-08-12 12:09:35 por Zenith »

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1776 em: 2014-08-12 12:10:55 »
Não se pode dizer que os accionistas foram enganados no AC porque à data o banco era viável. Tão viável, que foi o único aumento de capital de que tenho memória em que as acções subiram sustentadamente durante todo o período da oferta. O que fez cair o banco foi a política de terra queimada da administração depois de lhe ter sido dito que tinha de abandonar.

Esta é boa. Era viável? Sim, na altura parecia ser, principalmente quando tens promotores de peso (tipo: BdP, PR, PM, etc), mas continuar acreditar que nessa altura ainda era viável, é... nem sei dizer...

como vai o numeros de socios da ATM? esta a correr bem o negocio?

Enfim... Bulverismo.

Neo-Liberal, de certeza que andas a ser acompanhado por psiquiatra ou isso é mera frustração pela vida que tens? É que não argumentas com nada minimamente válido, apenas com falácia e ainda por cima completamente deslocadas.

Aquilo no Brasil não correu bem para teres voltado a Portugal? Aqui também não te estas a safar? Estas desempregado? Estas frustrado com alguma coisa? É pá, há tanta coisa na vida boa para fazer. Faz-te à vida.

Sinceramente, andava a evitar dizer-te isto, mas já te tornaste tão repetitivo nas falacias e constantemente a tentar desviares o tópico para tentativas de ataques pessoais (porque te falta argumento para o que esta de facto em discussão), que desta vez resolvi também fugir ao tópico para te dizer isto mesmo.

Se queres discutir (apesar da tua capacidade reduzida para contribuir para uma discussão seria e com sentido) faz dentro do tópico e com argumentos válidos. Vê por exemplo como o Incognitus faz, que é persistente na sua posição e, qualquer resposta, concorde-se ou não com a mesma, esta bem sustentada na argumentação e permite, mais do que tudo, um debate construtivo, que é o que aqui se pretende (apreender, evoluir no pensamento e nas ideias), já que ninguém é pago para escrever.

ja deste provas do que realmente te motiva na vida e nao sao as perdas dos investidores, como tal tem de haver aqui uma outra agenda

nao vou entrar em ataques pessoais, vamos em frente?


« Última modificação: 2014-08-12 12:13:19 por Neo-Liberal »

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1777 em: 2014-08-12 12:11:34 »
Thorn, os institucionais americanos não ouvem o PM português e tomam as decisões  pela sua própria cabeça. Já agora seria interessante verificar o que pensam esses institucionais que foram ao AC do mecanismo de resolução do BdP. Aparentemente até agora têm estado calados.

Conhecesses esses institucionais para afirmar isso. Pois eu conheço bastante participantes no mercado que são institucionais americanos e posso garantir-te que levam em conta as palavras do Governador do Banco de Portugal. Posso dizer-te que dois deles só não se enterraram porque antes eu lhes tinha explicado algumas coisas... e acabaram por entrar curtos.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1778 em: 2014-08-12 12:12:00 »
Talvez venha ai um final muito triste com o Estado á mistura e que pode trazer mais bancos de arrasto.

Onde abrir conta?  e os seguros que ha atraves do banco? cancelar? e as penalizações?

carga de trabalhos...

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1779 em: 2014-08-12 12:36:13 »

Uma redução do capital para 0 e aumento posterior para o que quer que fosse necessário resolvia o problema com menos gritos e complicações. As pessoas assim não sentem que o dinheiro já ardeu, ficam com esperanças. É um pouco como as derrotas militares das 2GG versus as presentes, as primeiras eram mais definitivas e não existiam queixas posteriores.

Eu também me parece isso.  Mas se calhar tem qualquer falta de legitimidade de direito, grave... Mas, é o que me parece: registar imparidades, qualificar incobráveis, constituir provisões, zerar a acumulação de prejuízos por uma redução de capital. Convidar ao aumento de capital novos accionistas, aceitando porventura numa proporção residual o que subsistisse do capital acionista anterior e a subscrição do novo aumento, aberta também ao sistema bancário, seria completada pelo Tesouro (Estado). Depois logo se veria, e a competição por capital e lucro que  prosseguisse. O que se recuperasse dos activos da massa falida seriam  ganhos do novo banco. Porquê isto não é factível jurídica ou economicamente, gostava que alguém aqui no fórum me mostrasse, pois deve ser por razões ponderosas que aceitarei por certo e aprendia qualquer coisa...

A razão é simples. Não prepararam as coisas atempadamente (parece que andavam com visões e passavam tempo a dialogar com investidores imaginários), chegou-se ao último dia entraram em pânico fizeram as coisas á pressa e pariram aborto que viola principios fundamentais.
Mas nem sequer era necessário fazer as contas imediatamente. Podia ficar estabelecido o principio de que fundo de resolução entrava agora com totalidade e aos antigos accionistas eram atribuidos direitos para comprar acções quando o novo banco fosse vendido. O nº de acções que poderiam recomprar a posteriori seria calculado durante o periodo de recuperação para se ter garantia de valores rigorosos no apuramento dos aspectos que referes. Assim se o prejuizo a assumir pelos accionistas correspondesse a 80% do capital cada 10 acções antigas dava direito a uma nova e possibilidade de comprar outra (preços nominais iguais), 90% 20 acções direito a a uma nova e compra de outro etc. A partir do momento em que isso tivesse bem calculado direitos podiam ser emitidos e negociados em bolsa até á venda final. Os accionistas suportavam o prejuizo que lhes era atribuivel (e todos a gente ficava contente por ver vizinho a arder) mas não era violada nenhuma lei da propriedade privada.

E não se  pode mudar para essa solução?

Li por alto - a culpa é da net,
e da rapidez 'anti-manoel d'oliveira'
que não favorece ler, calar, e pensar -,
mas o esquema que desenhas
parece-me mais correcto.

Não houve tempo - disse o  Incognitus.
Mas agora há. Porque não mudar?
« Última modificação: 2014-08-12 12:37:39 por vbm »