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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655032 vezes)

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1520 em: 2014-08-09 22:38:10 »
as reformas dos juizes sao constitucionais porque? e a equidade?  :D

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1521 em: 2014-08-09 22:40:47 »
Isso foi a declaração de um juiz aposentado (bem acho q eles não se aposentam jubilam-se). Meteram-lhe um microfone á frente e ele achou que tinha algo de importante a dizer.
Mas as coisas foram mal preparadas, parece que os proprios ja corrigiram a mão da passagem  dos depositos de algumas pessoas  para o banco mau que era uma verdadeira aberração de arbitrariedade, mas há muito mais coisas.

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1522 em: 2014-08-09 23:57:11 »
segundo o Economist a partir de 2016 os obrigacionistas e depositantes acima de 100k tb vao arder, isto contradiz o que o marcelo disse sobre o assunto

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1523 em: 2014-08-10 00:18:41 »
segundo o Economist a partir de 2016 os obrigacionistas e depositantes acima de 100k tb vao arder, isto contradiz o que o marcelo disse sobre o assunto


A directiva europeia do baill-in só entra em vigor em janeiro de 2016. A Comissão Europeia e BCE andam a usar pequenos países como Eslovénia e Portugal como cobaias para a testar, se bem que não a estejam a aplicar ipsis verbis, estão a aplicar umas variantes consoante os países, é verdadeiro experimentalismo para ver no que dá.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1524 em: 2014-08-10 00:22:19 »
Não é preciso experimentalismo para ver no que dá. O bail in é a forma típica de se resolver problemas em bancos. Nos EUA é a forma usada pela FDIC e já foi usada centenas de vezes.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1525 em: 2014-08-10 00:25:19 »
Pois é Incognitus, mas a Europa não é os EUA. E o que funciona lá pode não funcionar cá, vê só estes artistas do constitucional. As constituições europeias são muito mais socialistas.

secret

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1526 em: 2014-08-10 00:39:36 »
segundo o Economist a partir de 2016 os obrigacionistas e depositantes acima de 100k tb vao arder, isto contradiz o que o marcelo disse sobre o assunto


A directiva europeia do baill-in só entra em vigor em janeiro de 2016. A Comissão Europeia e BCE andam a usar pequenos países como Eslovénia e Portugal como cobaias para a testar, se bem que não a estejam a aplicar ipsis verbis, estão a aplicar umas variantes consoante os países, é verdadeiro experimentalismo para ver no que dá.


Vamos lá a ver se quando tiver que ser utilizado com algum banco alemão eles não fazem o mesmo que com o PEC.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1527 em: 2014-08-10 00:54:16 »
Pois é Incognitus, mas a Europa não é os EUA. E o que funciona lá pode não funcionar cá, vê só estes artistas do constitucional. As constituições europeias são muito mais socialistas.

Bem, isto funciona em todo o lado - é a forma típica de resolver qualquer empresa com a excepção de que se atribui um estatuto especial a uma classe de credores (depositantes) até um dado montante.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1528 em: 2014-08-10 01:06:39 »
Olá . Boa noite. Não sei se esta noticia já foi mencionada no forum.

http://observador.pt/2014/08/09/banco-central-europeu-obrigou-portugal-enterrar-o-bes/


Banco Central Europeu obrigou Portugal a enterrar o BES

A decisão portuguesa de partir o BES foi forçada pelo Banco Central Europeu (BCE). Após a publicação dos enormes prejuízos do Banco Espírito Santo no primeiro semestre de 2014, na ordem dos 3500 milhões de euros,o BCE reagiu na sexta-feira 1 de agosto. Suspendeu o estatuto de contraparte que era devido ao BES e exigiu o reembolso imediato de 10 mil milhões de euros até ao fim do dia útil seguinte — 4 de agosto, segunda-feira.

Foi esta inevitabilidade que forçou a atuação imediata do regulador. O Banco de Portugal, forçado a decidir, optou pela divisão do BES em dois, criando o Novo Banco e deixando os acionistas com os tóxicos num banco sem valor de mercado. Essa decisão foi anunciada no domingo à noite, a seguir a uma reunião extraordinária do Conselho de Administração do Banco de Portugal que se terá iniciado às 20 horas.

E é a ata dessa reunião, agora tornada pública na página da newsletter do escritório de Advogados Miguel Reis e Associados, que revela os detalhes do fim de semana quente do Banco de Portugal. A ata apresenta todo o contexto devido: no ponto 6 da deliberação escreve-se que “no dia 1 de agosto, o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu suspender o estatuto de contraparte do Banco Espírito Santo, SA., com efeitos a partir de 4 de agosto de 2014, a par da obrigação de este reembolsar integralmente o seu crédito junto do Eurosistema, de cerca de 10 mil milhões de euros, no fecho das operações no dia 4 de agosto.”

E pode ler-se na continuação: “a decisão do BCE de suspensão do Banco Espírito Santo, SA, como contraparte de operações de política monetária tornou insustentável a situação de liquidez deste, que já o tinha obrigado a recorrer excecionalmente, com especial incidência nos últimos dias, à cedência de liquidez em situação de emergência por parte do Banco de Portugal.

Contactado pelo Observador, o responsável de comunicação do Banco de Portugal optou por não confirmar nem desmentir se esta é a ata original da reunião extraordinária.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1529 em: 2014-08-10 01:07:11 »
Pois é Incognitus, mas a Europa não é os EUA. E o que funciona lá pode não funcionar cá, vê só estes artistas do constitucional. As constituições europeias são muito mais socialistas.

Bem, isto funciona em todo o lado - é a forma típica de resolver qualquer empresa com a excepção de que se atribui um estatuto especial a uma classe de credores (depositantes) até um dado montante.

Só te peço um exemplo em que o Estado francês tenha deixado cair uma grande empresa francesa... ou que tenha permitido aquisições pelo mercado de empresas consideradas estratégicas.

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1530 em: 2014-08-10 01:27:54 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.
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SrSniper

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1531 em: 2014-08-10 09:30:09 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.


Se chegar ao mil peço também uma para os subordinados, que estou a ver que estamos a entrar na fase de quem grita mais, e se os acionistas querem o guito, antes deles, estou eu

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1532 em: 2014-08-10 09:45:01 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.


Se chegar ao mil peço também uma para os subordinados, que estou a ver que estamos a entrar na fase de quem grita mais, e se os acionistas querem o guito, antes deles, estou eu
esta vai defender tb as subordinadas. Assina e passa a quem conheces.
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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1533 em: 2014-08-10 09:45:23 »
E é a ata dessa reunião, agora tornada pública [ ] que revela [ ] A ata apresenta todo o contexto [ ] decidiu [ ]

E pode ler-se [ ]

Contactado [ ], o responsável [ ] optou por não confirmar nem desmentir
se esta é a ata original da reunião [ ].

Bem me parecia que as actas hoje em dia ainda não atam

SrSniper

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1534 em: 2014-08-10 09:51:24 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.


Se chegar ao mil peço também uma para os subordinados, que estou a ver que estamos a entrar na fase de quem grita mais, e se os acionistas querem o guito, antes deles, estou eu
esta vai defender tb as subordinadas. Assina e passa a quem conheces.


Qual é o ponto que vai referir isso?
Só vejo a palavra acionistas, acionistas, acionistas... a malta das subordinadas nem uma palavra vejo...

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1535 em: 2014-08-10 10:39:11 »
Pois é Incognitus, mas a Europa não é os EUA. E o que funciona lá pode não funcionar cá, vê só estes artistas do constitucional. As constituições europeias são muito mais socialistas.

Bem, isto funciona em todo o lado - é a forma típica de resolver qualquer empresa com a excepção de que se atribui um estatuto especial a uma classe de credores (depositantes) até um dado montante.

Só te peço um exemplo em que o Estado francês tenha deixado cair uma grande empresa francesa... ou que tenha permitido aquisições pelo mercado de empresas consideradas estratégicas.

Não sigo França suficientemente perto para dar exemplos, mas penso que as empresas vão à falência em França como noutro lugar qualquer. Eventualmente volta e meia lembram-se de arbitrariamente defender uma ou outra. Isso também acontece nos EUA.
« Última modificação: 2014-08-10 10:39:45 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1536 em: 2014-08-10 10:40:59 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.


Se chegar ao mil peço também uma para os subordinados, que estou a ver que estamos a entrar na fase de quem grita mais, e se os acionistas querem o guito, antes deles, estou eu


É tal e qual, o novo princípio que guia o sistema é "quem não chora não mama". Isto porque bons motivos têm-nos todos, mas só alguns serão contemplados - os que berrarem mais.

Entretanto, fica novamente um típico credor e um típico accionista, para que as pessoas possam escolher desapaixonadamente e isentamente quem devem os contribuintes ser forçados a apoiar em nome do bem comum.

« Última modificação: 2014-08-10 10:44:25 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1537 em: 2014-08-10 11:58:33 »
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm

Chegando aos mil vão ter de ouvir os peticionários.


Se chegar ao mil peço também uma para os subordinados, que estou a ver que estamos a entrar na fase de quem grita mais, e se os acionistas querem o guito, antes deles, estou eu


É tal e qual, o novo princípio que guia o sistema é "quem não chora não mama". Isto porque bons motivos têm-nos todos, mas só alguns serão contemplados - os que berrarem mais.

Entretanto, fica novamente um típico credor e um típico accionista, para que as pessoas possam escolher desapaixonadamente e isentamente quem devem os contribuintes ser forçados a apoiar em nome do bem comum.


Os accionistas quando compra uma empresa assumem um risco, nomeadamente o de falência devido a fraude. No entanto, quanto tomam a sua decisão consideram as probabilidades de tal acontecer baseada na informação disponível que é da competência da empresa, mas também dos auditores e, em última instância, dos reguladores (principio da qualidade da informação).

Significa isto que o risco que assumem esta de alguma forma sindicado por quem tem competências em garantir que a informação prestada ao mercado é licita, objectiva, clara, completa, verdadeira, etc... Significa isto que tais entidades, na sua medida, são responsáveis pela percepção de risco dos investidores que nesses termos o aceitam tomar.

Ora, um accionista aceita, sem qualquer reservar, pagar pelo risco que aceitou tomar relacionado com o risco empresarial, pois é esse risco que decidiu "subscrever" em busca de uma recompensa. E esse risco incorpora o risco de fraude.

Mas o accionista que toma esse risco, também sabe que pode litigar e exigir, de acordo com a lei, o que tem direito em causo de fraude, pelo que é MORALMENTE e SOCIALMENTE correcto que litigue contra os culpados da fraude.

Chegando aqui, vamos agora ao Estado.

Ora, o estado tem determinadas obrigações que decorrem da CRP (ex. art.º 101), mas em especial os reguladores tem os deveres acima mencionados e que importam e conta para os investidores aceitarem tomar o risco empresarial ou não. Assim, se tens um regulador que falhou, há claramente de o responsabilizar.

Assim é legitimo e MORAL/SOCIALMENTE aceitável que os accionistas possam pedir responsabilidades aos reguladores (ou nunca afastaríamos o  de moral hazard que é algo que nos afecta muito).

Mas, no caso em concreto, tivemos um GOVERNADOR DO BANCO DE PORTUGAL, não só a falhar na supervisão, como também a PROMOVER A CONFIANÇA no banco, antes e depois do AC. Dispenso-me a explicar a promoção que fez por ser fastidioso perante tudo que já é público e notório.

O governador do BdP não é um mero comentador que dá a sua opinião (ex. Marcelo Rebelo de Sousa ou Marques Mendes), mas sim uma pessoa com acesso a informação precisa e cujo as suas afirmações são tidas como factos relevantes e não como meras opiniões, factos relevantes esses que inevitavelmente obrigam os utentes dos mesmos a fazer (e se necessário alterar) o juízo sobre o risco do banco.

Assim, parece-me mais que legitimo LEGAL, SOCIAL e MORALMENTE pedir responsabilidades ao Governador do Banco de Portugal, que alias se fosse um Berardo já tinha um processo em cima da CMVM.

Se isto for pacifico de aceitar, parece que a resolução mais simples de evitar forte litigância e custos acrescido para o Estado, é algo que permita compensar os lesados... Já que estes tem legitimidade para litigar (sendo que a litigância fazem parte das regras puras do mercado e que são ponderadas no risco quando se investe).

Uma forma simples de aplicar é o principio dos investidores não qualificados, mais permeáveis à estupidez do governador em falar de mais, sobre o que sabia e de forma não completa e eventualmente nao verdadeira, e promover a confiança quando já sabia dos problemas.

Depois disto tudo, há uma outra questão, a cisão feita é na minha opinião ilegal e um verdadeiro confisco.

Parece pacifico que os investidores, mesmo que não houvesse os problemas acima descritos, deveria ter oportunidade de liquidar o BES como de uma empresa normal e quinhoar normalmente no que viesse a sobrar depois de respeita a hierarquia de credores.

Acontece que a cisão em causa não permite de forma alguma acolher essa possibilidade, pois essa POSSIBILIDADE FOI-LHE CONFISCADA.

Posto isto, parece-me legitimo o que os pequenos accionistas estão a fazer.

P.S. não tenho e nem em pelo menos nos três últimos anos posições longas em acções (ou equivalente em termos de direitos - ex CFD) do BES... Embora possa ter tido/ter posições curtas.  ;D
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Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1538 em: 2014-08-10 12:05:16 »
O governador do BdP promoveu CORRECTAMENTE a confiança no banco. E até teve razão. E aliás, no meio disto tudo ninguém o coloca realmente em questão, pois os depositantes não estão com medo de que a sua palavra não seja verdadeira. Acontece é que a única confiança que o governador do BdP tem que promover é a dos depositantes. Para o governador do BdP, accionistas são uma almofada para absorver perdas, não um público a quem seja de promover confiança.

O BdP fez assim o seu trabalho. Fez o seu trabalho até de uma forma incomum para um país como Portugal. Se pecou por alguma coisa não foi por promover a confiança no BES, e sim por excesso de zelo ao tentar arranjar soluções para salvar arbitrariamente pessoas que podiam PENSAR que eram depositantes, não o sendo (caso do papel comercial).

Os accionistas arderam exactamente da forma como o sistema está concebido para os fazer arder protegendo os depositantes. Podem sempre ir para tribunal exigir da anterior gestão alguma compensação, mas se conseguissem algo via tribunais contra o Estado ou reguladores isto era uma verdadeira república das bananas.

(a banca é um sector especial e a solução actual é a que permite manter a actividade e proteger os depositantes. Uma liquidação normal seria impossível porque o capital é uma pequena parte do activo, e não existiria forma de financiar regularmente o restante activo num tal processo - como aliás o BCE ilustra. Os accionistas, aqui mais do que em qualquer outro sector, são uma almofada para absorver perdas. Quando o BdP recomenda ou exige um aumento de capital, não é para reestabelecer solidez ou para ser um bom investimento ou o diabo a sete - é para repor uma almofada confortável para absorver perdas)
« Última modificação: 2014-08-10 12:08:23 por Incognitus »
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Luisa Fernandes

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1539 em: 2014-08-10 12:21:13 »
Olha outro comunista  :D

"Se um escândalo deste género se passasse lá fora - por exemplo, nos Estados Unidos - a esta hora já haveria alguém detido. Em Portugal, é o que se vê", protestou hoje Marques Mendes

DN"
Quem não Offshora não mama...