Porém, a menos que esteja a ver tudo mal, a análise não pode quedar-se neste pasmo, se bem que este deva prolongar-se mais um bocado! Perder 74% de capital em 2 meses (500/676=0.74), equivale a uma (des)valorização de 1 euro para 26 cêntimos em 1/6 do ano. Uma capitalização negativa desta magnitude dá uma taxa de prejuízo de 99.9% ao ano: (1+i)^1/6=0.26; 1+i=0.26^6=0.0003; i=-99.9%. (Isto se não estiver tudo errado, que nunca vi uma coisa assim!). De modo que, !?, quem comprar, de graça, quase de graça, quem abstraia do que já perdeu, ou imagine que nunca vai pagar a quem lhe emprestou, etc. e tal, se, realmente, o banco for viabilizado para poder continuar em actividade ou fundir-se com outro, irá ter uma recuperação notável, ganhos exponenciais de cotação do capital; a menos que... assim não seja, e todos os clientes abram falência ou passem para a concorrência, a bissectriz dos dois cenários é novela a acompanhar. Passos Coelho, parece-me, fez mal em não ter enviado a Mª Luís para Bruxelas e desistir do Moedas. Talvez tivesse sido melhor ficar com o Moedas e arranjar um ministro de Finanças mais potente. Mas quem? Não sei.