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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655061 vezes)


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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #281 em: 2014-07-01 15:31:48 »
proibiram o short selling porque não pode descer 15%

hoje que sobe quase o mesmo será que vão proibir estar longo??...

valves1

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #282 em: 2014-07-01 20:41:23 »
Eu creio que aqui o grande perigo seria fazer o que muitas vezes e feito a uma escala mais pequena/media :  em que as empresas do grupo vao emprestando sucessivamente umas as outras para tapar buracos e as tantas estao as empresas todas falidas; Com o inconveniente de no grupo existir um banco que pode criar dinheiro emitindo divida, em todo o caso nada disto e novidade ja varias vezes aqui foi referido que poderemos chegar a uma situacao em que uma nacionalizacao  da banca podera ser um cenario a equacionar, nao acredito no entanto que isto aconteca neste bull Market;
« Última modificação: 2014-07-01 20:54:04 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Happy_TheOne

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #283 em: 2014-07-01 21:27:45 »
Para abrir um pouco mais a mente  :-\
>
>
> Eu proponho voltarmos a 6 de Abril de 2011 e revisitarmos o filme do
> Primeiro Ministro José Sócrates, qual animal feroz encostado as
> tábuas, forçado a pedir o resgate financeiro. Há um matador principal
> nesse filme da banca a tourear o poder político, a democracia, o
> Estado: Ricardo Salgado, CEO do BES e do Grupo que o detém e controla,
> o GES - Grupo Espírito Santo. O mesmo banqueiro que, em Maio de 2011,
> elogiava  a vinda da Troika como oportunidade para reformar Portugal,
> mas recusava a necessidade de o seu Banco recorrer ao financiamento
> que a Troika destinava à salvação da banca portuguesa.
>
>
>
> A maioria dos comentaristas que se arvoram em especialistas económicos
> passou o tempo, desde então, a ajudar a propalar a mentira de que a
> banca portuguesa - ao contrário da de outros países - não tinha
> problemas, estava saudável (BPN e BPP eram apenas casos de polícia ou
> quando muito falha da regulação, BCP era vítima de guerra intestina:
> enfim, excepções que confirmavam a regra!). Mas revelações recentes
> sobre o maior dos grupos bancários portugueses, o Grupo Espírito
> Santo, confirmam que fraude e criminalidade financeira  não eram
> excepção: eram - e são - regra do sistema, da economia de casino em
> que continuamos a viver.
>
>
>
> Essas revelações confirmam também o que toda a gente sabia - que o
> banqueiro Salgado não queria financiamento do resgate  para não ter
> que abrir as contas do Banco e do Grupo que o controla à supervisão
> pelo Estado - esse Estado na mão de governantes tão atreitos a
> recorrer ao GES/BES para contratos ruinosos contra o próprio Estado,
> das PPPs aos swaps, das herdades sem sobreiros a submarinos e outros
> contratos de defesa corruptos, à subconcessao dos Estaleiros Navais de
> Viana do Castelo. À conta de tudo isso e de mecenato eficiente para
> capturar políticos - por exemplo, a sabática em Washington paga ao Dr.
> Durão Barroso - Ricardo Salgado grangeou na banca o cognome do DDT, o
> Dono De Tudo isto, e conseguiu paralisar tentativas de investigação
> judicial - sobre os casos dos Submarinos, Furacão e Monte Branco,
> etc.. e até recorrer sistematicamente a amnistias fiscais oferecidas
> pelos governos para regularizar capitais que esquecera ter parqueado
> na Suíça, continuando tranquilamente CEO do BES, sem que Banco de
> Portugal e CMVM pestanejassem sequer...
>
>
>
> Mas a mudança de regras dos rácios bancários e da respectiva
> supervisão - determinados por pressão e co-decisão do Parlamento
> Europeu - obrigaram o Banco de Portugal a ter mesmo de ir
> preventivamente analisar as contas do BES/GES. A contragosto, claro, e
> com muito jeitinho - basta ver que, para o efeito, o Banco de
> Portugal, apesar de enxameado de crânios pagos a peso de ouro,  foi
> contratar (cabe saber quanto mais pagamos nós, contribuintes) uma
> consultora de auditoria, a KPMG - por acaso, uma empresa farta de ser
> condenada e multada nos EUA, no Reino Unido e noutros países por
> violações dos deveres de auditoria e outros crimes financeiros e, por
> acaso, uma empresa contratada pelo próprio BES desde 2004 para lhe
> fazer auditoria...
>
>
>
> Mas a borrasca era tão grossa, que nem mesmo a KPMG podia dar-se ao
> luxo de encobrir: primeiro vieram notícias da fraude monstruosa do
> GES/BES/ESCOM no BESA de Angola, o "BPN tropical", que o Governo
> angolano cobre e encobre porque os mais de 6 mil milhões de dólares
> desaparecidos estão certamente a rechear contas offshore de altos
> figurões e o povo angolano, esse, está habituado a pagar, calar e a
> ....não comer... Aí,
>
> Ricardo Salgado accionou a narrativa de que "o BES está de boa saúde e
> recomenda-se", no GES é que houve um descontrolo: um buracão de mais
> de mil e duzentos milhões, mas a culpa é... não, não é do mordomo: é
> do contabilista!
>
>
> Só que, como revelou o "Expresso" há dias, o contabilista explicou que
> as contas eram manipuladas pelo menos desde 2008, precisamente para
> evitar controles pela CMVM e pelo Banco de Portugal, com conhecimento
> e por ordens do banqueiro Salgado e de outros administradores do
> GES/BES. E a fraude, falsificação de documentos e outros crimes
> financeiros envolvidos já estão a ser investigados no Luxemburgo, onde
> a estrutura tipo boneca russa do GES sedia a "holding" e algumas das
> sociedades para melhor driblar o fisco em Portugal.
>
>
>
> Eu compreendo o esforço de tantos, incluindo os comentadores sabichões
> em economia, em tentar isolar e salvar deste lamaçal o BES, o maior e
> um dos mais antigos bancos privados portugueses, que emprega muita
> gente e que obviamente ninguém quer ver falir, nem nacionalizar. Mas a
> verdade é que o GES está para o BES, como a SLN para o BPN: o banco
> foi - e é - instrumento da actividade criminosa do Grupo. E se o BES
> será, à nossa escala, "too big to fail" (demasiado grande para falir),
> ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser "too holy to
> jail" ( demasiado santo para ir preso).
>
>
>
> Isto significa que nem os empregados do BES, nem as D. Inércias, nem
> os Cristianos Ronaldos se safam se o Banco de Portugal, a CMVM, a  PGR
> e o Governo continuarem a meter a cabeça na areia, não agindo contra o
> banqueiro Ricardo Salgado e seus acólitos, continuando a garantir
> impunidade à grande criminalidade financeira - e não só - à solta no
> Grupo Espírito Santo.
>


 

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #284 em: 2014-07-01 23:35:24 »
A ficção da blindagem do banco ao endividamento dos accionistas é notória pelo menos na extensão da colocação de dívida dos accionistas junto dos clientes (depositantes) do banco e da obtida por empréstimo pelo próprio banco junto dos accionistas, ora falidos. Os dois casos somados, vizinham a igualdade com o capital próprio do banco. Sem recurso a liquidez de um mútuo pela Troika, tais empréstimos, quando exigíveis, acarretarão bancarrota. A menos que os eclipsados 6 mil milhões angolanos, retornem num rollover da dívida, ou num mix de rollover e conversão parcial de créditos em acções.
« Última modificação: 2014-07-01 23:36:07 por vbm »

Happy_TheOne

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #285 em: 2014-07-02 00:03:34 »
O silêncio dos comentadores :)

Pergunta do milhão de euros: como é possível que um caso com a dimensão do BES só se conheça agora? Como é possível que nós, gente dos jornais e da comunicação social, tenhamos tido ao longo dos anos notícia de tantas pontas soltas – basta ver o número de casos em que o banco esteve envolvido –, mas ninguém tenha sido capaz de unir as várias pontas e perceber aquilo que realmente se estava a passar?

A resposta é óbvia: porque a família Espírito Santo é demasiado grande e o país demasiado pequeno. Enquanto a família esteve unida, formou um bloco inexpugnável, pela simples razão de que o seu longo braço chegava a todo o lado, incluindo partidos (alguém já ouviu António José Seguro, sempre tão lesto a dar palpites sobre tudo, comentar o caso BES?), comunicação social (quem não se recorda do corte de relações com o grupo Impresa em 2005, na sequência de notícias sobre o envolvimento do BES no caso Mensalão?) e até aos próprios comentadores, por via das relações pessoais que Ricardo Salgado mantém com gente tão influente quanto Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares.

Ora, ninguém à face da terra possui uma independência inexpugnável. Isso não significa que todos tenhamos um preço – significa apenas que somos condicionados por relações de amizade ou de sangue e que nesse campo uma família de 300 membros, que há décadas se move na alta sociedade portuguesa como peixe na água, acaba por chegar a quase toda a gente que interessa. O próprio Sousa Tavares referiu essas ligações há um ano, numa entrevista à Sábado: “O Ricardo Salgado é sogro da minha filha e avô de netos meus. Além disso, somos amigos há muitos anos, porque eu fui casado com uma prima direita dele. Nunca o critiquei e nunca o elogiei, porque acho que não se fala da família em público.” Pode apontar-se a Miguel Sousa Tavares muita coisa – eu já o fiz –, mas não falta de independência ou coragem. Simplesmente, quando o caso BES atinge esta dimensão, o silêncio de alguém com a sua importância torna-se efectivamente um favor a Salgado. Não há como fugir a isso.

Mas se Sousa Tavares não fala sobre o tema e já justificou porquê, o mais influente comentador português – Marcelo Rebelo de Sousa – necessita urgentemente de aproveitar algum do seu tempo dominical para fazer a sua declaração de interesses em relação aos Espírito Santo. E essa declaração é tanto mais premente quanto nas últimas semanas tem vindo a defender a solução Morais Pires, considerando até que a impressionante queda das acções do BES na passada semana era coisa “inevitável”, visto estarmos perante “um novo ciclo”. Que essa queda tenha acontecido exactamente por não estarmos perante um novo ciclo parece não ter passado pela sua cabeça, habitualmente tão veloz e atenta.

Não admira, pois, que Nicolau Santos tenha chamado a atenção no Expresso para o facto de Marcelo e Ricardo Salgado já terem passado juntos “várias vezes férias no Mediterrâneo”. E já agora – acrescento eu – que Rita Amaral Cabral, há longuíssimos anos companheira de Marcelo, como é público, seja actualmente administradora não executiva do BES, e, entre 2008 e 2012, um dos três membros da comissão de vencimentos do banco. Marcelo, como todos sabemos, nunca teve quaisquer problemas em criticar aqueles que lhe são próximos. Mas há factos que devem ser verbalizados – porque é precisamente destes pequenos segredos que vive o regime que nos trouxe até aqui.


Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #286 em: 2014-07-02 00:52:14 »

Happy não posso estar mais de acordo e esses são seguramente os nossos dois comentadores mais independentes, com mais autonomia e menos susceptíveis de qual tipo de pressão.

Grande parte dos outros são comerciais ao serviço de interesses mais imediatos , sempre disponíveis para trocar influências. Uma avençazita do Salgado verga-lhes as costas todas , como o fez à legião de políticos que por lá sucessivamente passou.

   

 

       

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #287 em: 2014-07-02 09:48:07 »
Pois, pois...

Mas quando um singelo cidadão, com inclinação para a geometria e pensamento dedutivo, privilegia fundar a política sob o interesse comum e o direito legal do cidadão qualquer é logo erradicado como "teórico", lunático, idiossincrático.

Nada mais penoso nem nefasto que perder-se a noção da individuação da política, a direcção do bem comum dos cidadãos sob os princípios da igualdade, da liberdade e da fraternidade. Não que a política possa agir sem aliança de interesses e de classes, mas tais alianças são úteis se propulsionam a sociedade no caminho do maior progresso e justiça social.

No caso do grupo Espírito Santo - que, admito, pode porventura ser força diminuída face a interesses estrangeiros a que haja tido de curvar-se - sempre, claro, sem prejuízo de ganho próprio imediato, porquanto é irracional pressupor qualquer vitimização sem compensação directa e imediata -, um governo politicamente competente, teria condicionado o grupo a alianças convenientes ao país. O 10^9 € de empréstimos da CGD e a regulação do BdP eram suficientes para essa hegemonia.


Vamos ver agora como as coisas se passam...

Mas a 'notícia' de fundos soberanos da Venezuela
poderem interessar-se em participar no capital do BES
é algo surpreendente! Imaginava antes algo oriundo
de gente de Angola... e da própria família!


Será que a 'procissão ainda vai no adro'?

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #288 em: 2014-07-02 09:51:52 »
E quando foi que a PT largou o Brasil
para a Telefónica? Em que governo?

deMelo

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #289 em: 2014-07-02 10:06:10 »
Tick tack... tick tack...

Dia 15 de Julho aproxima-se...
The Market is Rigged. Always.

Kin2010

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #290 em: 2014-07-02 15:51:37 »
Tick tack... tick tack...

Dia 15 de Julho aproxima-se...

Não creio que vá haver problemas de maior nesse dia. O papel comercial está nas mãos da PT e da Venezuela e estas, para já, fazem o roll over do mesmo, não estão interessadas num evento de  crédito.

Já agora, a situação da Rio Forte é má, mas por que  a situação do BES há-de ser? Li que os créditos do BES sobre a Rio Forte são menos de 2% do total da carteira de créditos.


vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #291 em: 2014-07-02 16:27:03 »
E qual é o "rombo" de 2% dos créditos
da carteira do banco, na conta ganhos & perdas?

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #292 em: 2014-07-02 16:28:18 »
Aqui também se passaria um fenómeno similar ao BPN ou BCP. Se a cultura permitiu esses 2%, também permitiu mais buracos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Johny

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #293 em: 2014-07-02 17:46:41 »
E qual é o "rombo" de 2% dos créditos
da carteira do banco, na conta ganhos & perdas?


Segundo o RC2013 na nota 25 crédito a clientes:

Crédito interno - 32.539.215 milhares de euros
Crédito externo - 14.193.049 milhares de euros
Crédito e juros vencidos - 2 990 044 milhares de euros
Perdas por imparidade - 3.387.412 milhares de euros
Net - 46.334.896 milhares de euros

Fonte: http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=a3799953-bb24-4a96-860b-9ebcf88e76ec
Os 2% é sobre o total ou sobre o crédito interno?  ::)


Edit: deve de ser sobre os 12.951.686 m.e. que estão na rúbrica de Crédito Interno - Empréstimos a empresas, não?
« Última modificação: 2014-07-02 17:55:15 por Johny »

Kin2010

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #294 em: 2014-07-02 18:09:08 »
Neste artigo:
http://observador.pt/2014/07/01/bes/


E de facto, se os créditos são de 780 milhões, isso pouco mais é do que 2% da carteira de crédito que mencionas acima. E é apenas 1.18% dos activos do banco, dizem no artigo.

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #295 em: 2014-07-02 18:14:51 »
Não sei quanto seja. Por aritmética, gostava era de saber quanto somam as quantias que os clientes do banco aplicaram em produtos oferecidos pelo BES correspondentes a dívidas das empresas do Grupo insolventes mais as quantias que o banco deve a accionistas como a PT e o  que deve à CGD. E comparar esse total com o capital próprio do banco e, também, com o dinheiro que desapareceu do BES Angola.

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #296 em: 2014-07-02 18:23:43 »
É verdade , só que o financiamento em causa não foi concedido nem garantido pelo BES e , como tal , fará pouco sentido comparar realidades muito distintas.

Um dos problemas é que este financiamento nunca poderia ser concedido pelo BES , violaria um conjunto de regras da gestão bancária e não teria o acordo do Banco central que tem estado a monitorar os casos de elevada concentração. E por isso a irritação e a estupefacção que este caso deve suscitar , gato escondido com rabo de fora ...

O BES não vai ser interpelado para liquidar a dívida no vencimento e sim a Rio Forte ... e a PT ( os seus accionistas ) são o BURRO 



 

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #297 em: 2014-07-02 18:34:14 »
E a PT, credora da Rio Forte, insolvente, participa do rateio dos seus activos. Em conjunto com os demais credores passa a acionista do banco. Quem passa a gerir (desmantelar) o banco?

Kin2010

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #298 em: 2014-07-02 18:36:19 »
Claro que, em todo este processo, os accionistas da PT são carne para canhão. A PT tem uma gestão feita à medida para beneficiar o GES.

A participação do GES na PT é pequena. O GES tem 51% da ESI, que tem 49% da ESFG, que tem 25% do BES, que tem 10% da PT. Assim, a participação do GES na PT é

51% * 49% * 25% * 10% = 0.62%. Ou seja, a família Espírito Santo tem, afinal de contas, menos de 1% da PT.

Ver aqui:
http://observador.pt/explicador/bes/02-quem-manda-no-grupo/


Pois apesar disso, todos os gestores da PT têm sido desde há décadas amigos desta família, e a gerirem à medida para ela. Daí estas pérolas, como comprar 900 milhões de papel comercial da Rio Forte, quando esta está em dificuldades.

É extraordinário, e não é habitualmente discutido pelos "neo-liberais" como é que um fenómeno destes pode persistir durante décadas. Pelos vistos os restantes accionistas da PT não puderam fazer nada, aceitaram isto década após década. Sendo assim, quão livre é, na prática, o mercado financeiro. Quão meritocrático?




Johny

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #299 em: 2014-07-02 18:38:19 »
Neste artigo:
http://observador.pt/2014/07/01/bes/


E de facto, se os créditos são de 780 milhões, isso pouco mais é do que 2% da carteira de crédito que mencionas acima. E é apenas 1.18% dos activos do banco, dizem no artigo.


Registar nem que seja 50% desse valor em imparidades....ui.