Hoje fui ao Estoril Open. Deu para ver uma meia final de pares, parte da outra meia final de pares (noutro court) e as meias finais de singulares.
A primeira meia final foi entre o Kyrgios e o Carre-Busta. Um jogo a três set de nível médio. O Espanhol mais certinho, o australiano mais irregular mas no final ganhou (bem) o Kyrgios. Tem um grande serviço que lhe permite ganhar muitos pontos, embora no resto tenha ainda de trabalhar muito, sobretudo o jogo de pés e de rede. O Espanhol é mais jogo de consistência, vai a todas mas faltam-lhe as pancadas para terminar os pontos decisivos.
O Kyrgios é o sucessor do Monfils no que toca à palhaçada. Desde bater palmas ao arbitro quando o speaker anuncia os nomes no início, até falar com os apanhas bolas enquanto está na cadeira, agradecer palmas à assistência. Enfim, é o one man show. E enorme popularidade no final da partida, junto da rapaziada mais nova. Ficou imenso tempo a dar autografos, a mandar dezenas de bolas para a assistência e a brincar com o pessoal, isto já depois de ter batido umas bolas com um espectador que tinha ganho um passatempo qualquer. Quase que tiveram de o levar para fora do court para poderem fazer a limpeza da área das cadeiras para o jogo seguinte. Pode não vir a ser um grande jogador mas em popularidade vai dar cartas (até mesmo quando reclama é engraçado porque se ti e faz uma caretas que deixa toda a gente a rir).
A segunda meia final foi entre o Gasquet e o Garcia Lopez. Esse jogo, sim, que grande partida de ténis ! O Gasquet (vindo de lesão) com a sua esquerda mortífera e com um jogo de rede/amorties fenomenal e o Garcia Lopez com a potência de pancada e consistência habitual. Viu-se ali ténis de altíssimo nível, com jogadas espectaculares.
Ganhou o Gasquet, embora tenha acabado aflito das costas. Vamos ver se amanhã estará em condições de jogar (por curiosidade, o Gasquet já perdeu as duas finais que disputou no Estoril Open).