O efeito placebo

Da Thinkfn

right Hoje, enquanto lia sobre um medicamento da SEPR, o Estorra, deparei-me com algo perfeitamente normal nos estudos de viabilidade de medicamentos. Com o Efeito Placebo.

O que me espantou, acima de tudo, foi o brutal impacto que este efeito tinha nas variáveis em questão, associadas à Insónia. O artigo que me despertou o interesse foi o seguinte:

[1]


Como se pode ler nesse artigo, há parâmetros em que o Placebo produz até cerca de 75% do efeito do medicamento, face a uma situação “base”. Isto é esmagador e faz pensar.

O Efeito Placebo é um melhoramento mensurável, observável e sentido da saúde, que não pode ser atribuído a um tratamento.

Uma discussão (em inglês) do dito pode encontrar-se aqui:

[2]


E em Português (brasileiro):

[3]


O Efeito Placebo levanta assim várias questões interessantes, tais como:

1) Será que, nos casos em que não existe medicamento para uma dada condição clínica, o médico não deveria, sistematicamente, receitar um placebo? Ora, se o placebo tiver um efeito por vezes até forte, NÃO fazer isto é criticável ...

2) Uma vez que o Efeito Placebo parece existir, este aparece rapidamente como uma possível explicação para os efeitos de muitas das ditas medicinas alternativas, nomeadamente a Homeopatia, o­nde estudos clínicos não detectaram efeitos dos medicamentos receitados, quando comparados aos de grupos de controle (sujeitos, claro está, à administração de um Placebo);

3) Por fim, se o efeito placebo por vezes é responsável por 50% ou mesmo 75% do efeito mensurável de um medicamento (existem muitos medicamentos com benefícios marginais, ainda que naturalmente todos eles tenham que bater estatisticamente o “Placebo”) será que não seria de fazer uma análise custo/benefício? Assim em casos que não envolvessem risco para o paciente, ou anormal desconforto, mas que envolvessem medicamentos extremamente caros, poderia por vezes optar-se pelo “Placebo” em vez do medicamento real ...


Este parece-me, para mim, um tema deveras interessante ...


Autor

Incognitus, em 9/9/2004


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