Ineficiência

Da Thinkfn

Uma ineficiência é algo que é comprovadamente arbitrável, ou seja, um estado de mercado que apresenta uma oportunidade para um investidor obter um retorno sem risco.

Embora as ineficiências possam resultar de muitos factores diferentes, alguns dos mais comuns estarão relacionados com:

  • Transacções forçadas, como compra e venda forçada, por exemplo devidas a margin calls. Nestes casos o investidor deixa de poder aferir da racionalidade do seu negócio. Um caso particularmente gerador de ineficiências dá-se quando fundos que as exploram são forçados, devido a alavancagem excessiva, a fechar as suas posições. Este foi por exemplo o caso do LTCM em 1998;
  • Quebras do mecanismo de transmissão da arbitragem, por exemplo no caso dos EUA os ADRs possuem um limite de emissão de ADRs. Normalmente as acções subjacentes ao ADR podem ser compradas no seu mercado original, e transformadas em ADRs para posterior venda, isto assegura uma arbitragem entre a acção e o ADR, porém quando esgotado o limite de emissão de ADRs o emitente precisa de pedir uma extensão, e enquanto pede e esta é concedida, o mecanismo de transmissão da arbitragem deixa de funcionar. Isto causou a origem de muitas ineficiências nos ADRs em 2006;
  • Baixa liquidez dos instrumentos em questão. Isto faz com que muitos investidores, que em alguma altura desejem negociar os instrumentos, possam ter que os oferecer a preços que não fazem sentido, sendo essa a única forma de provocar o negócio. Tal aconteceu por exemplo, nos warrants autónomos (destacados de obrigações) da Cofina em 2001, onde os ditos transaccionavam muitas vezes abaixo do seu valor intrínseco;

Existirão obviamente muito mais situações tipificáveis que levam à origem de ineficiências, ou seja, de oportunidades de arbitragem.

Ver também