ILB
As Inflation Linked Bonds (ILB) são obrigações indexadas a uma taxa de inflação. E existem para quase todas as maturidades, actualmente, vão desde 2008 a 2032. O cupão das ILB é composta por duas componentes de rendimento, uma parte fixa e uma parte variável indexada à inflação.
O movimento da yield real das ILB acompanha o movimento da yield das Bonds nominais, mas nem sempre na mesma proporção. Normalmente a Yield de obrigações longas tende a mover-se por dois motivos, um choque na economia que influencia a yield real ou um choque na inflação. A Yield que se vê nas ILB é uma yield real.
Das ILB pode-se deduzir a breakeven inflation que o mercado está a descontar para cada uma das maturidades. A forma mais grosseira e directa para o fazer é comparar uma ILB de um determinado emitente com uma obrigação nominal do mesmo emitente para a mesma maturidade e fazer a diferença das Yields, de modo a encontrar a Inflação implícita para essa maturidade. O método mais correcto é mais complicado, pois teríamos que usar duas bonds nominais, uma com maturidade mais longa que a ILB e outra com maturidade mais curta e depois aplicar as yields nominais no ILB de modo a resolver em ordem à breakeven inflation. <ref>ILB's na perspectiva de um Banco Central</ref>
Por exemplo, utilizando uma Obrigação indexada à inflação Europeia emitida pelo Governo Alemão com maturidade em 14Abr2016. Esta obrigação cota actualmente com uma yield real de 1,9%. A obrigação equivalente do governo alemão para uma maturidade similar tem uma yield nominal de 4,1%. Ou seja, o mercado está a descontar uma inflação na Zona Euro a 9 anos de 2,2%.
Tendência recente
A tendência na Zona Euro das ILB desde o inicio do ano (2007) tem sido para um aumento da inflação implícita. No início do ano as ILB de 2032 estavam a descontar uma inflação de 2,2%, enquanto que actualmente estão a descontar uma inflação de 2,35%. Nada de preocupante. Mais preocupante é o flash estimate do Eurostat para a inflação da Zona Euro de Outubro 2007, 2,6%.
