Gestão estratégica

Da Thinkfn

No global a Gestão estratégica é uma tematica interligada a várias áreas da Gestão e indispensavel para uma organização.

Gestão estratégica (ou, em inglês, Strategic Enterprise Management - SEM) é um termo que se refere às técnicas de gestão, avaliação e ao conjunto de ferramentas respectivas (como software) concebidas para ajudar empresas na tomada de decisões estratégicas de alto nível.

Sistema de informação estratégico

Tipicamente é utilizado um sistema de informação estratégico (SIE) para gerir a informação e assistir no processo de decisão estratégica. Os SIE representam a evolução natural dos sistemas de informação de gestão face às necessidades das empresas em tirar partido da informação recolhida e processada por forma a ganhar vantagem competitiva e quiçá redefinir os objectivos da empresa para reajustá-la às alterações ambientais.

Um sistema de informação estratégico foi definido como "O sistema de informação que suporta ou altera a estratégia da empresa" por Charles Wiseman (Strategy and Computers, 1985). Sprague definiu três classificações destes sistemas:

  1. Sistema competitivo
  2. Sistema cooperativo
  3. Sistema de operações de mudança na organização

Os conceitos chave na gestão estratégica de empresas são:

  • Estabelecer objectivos estratégicos específicos que possam melhorar a posição da companhia, em oposição a objectivos genéricos, como o aumento de lucro ou redução de custos.
  • Avaliação da performance em termos dos objectivos estabelecidos, e disponibilização da informação a quem toma as decisões estratégicas.
  • Avaliação e gestão do "capital intelectual", aptidões e experiência da força de trabalho das companhias.
  • Gestão baseada em actividades (ABM, Activity based management), que busca avaliar clientes e projectos nos termos de seus custos e benefícios totais para a organização, o que é superior a supor que os projectos mais importantes são aqueles que trazem o rendimento mais elevado.

Gestão Estratégica no Planeamento Público

No mundo globalizado, as organizações constantemente tentam medir o seu nível, perante um mercado ou sector, de forma a obterem comparações dos seus indicadores com outras organizações. Este processo é denominado de Benchmarking.

Na gestão pública não é diferente. A organização pública faz constantemente a medição de seus indicadores, tais como o PIB per capita, rendimento familiar, impostos, desempenho dos estudantes, entre outros, de modo a obter um referencial, um nível de performance, reconhecido como padrão de excelência para um processo de negócio específico em relação a outros países.

Um dos desafios dos gestores públicos é encontrar Benchmarks para os principais indicadores ou processos da gestão pública. O advento da globalização trouxe a homogeneização dos centros urbanos, expansões geopolíticas, revolução tecnológica e hibridização entre as culturas.

Os países, considerados de primeiro mundo, passaram a influenciar e ditar os padrões de excelência em todas as áreas: económica, política, educacional e social.

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”, já dizia Cícero. Para diminuir essa linha de comando imposta pelos países de primeiro mundo, a gestão pública pode visionar seu foco num excelente planeamento estratégico.

Para tal, ela pode utilizar ferramentas de gestão empresarial, como o Balanced Scorecard ou conceitos de Business intelligence. O BSC traduz a missão e a estratégia das organizações num conjunto abrangente de medidas de desempenho, servindo de base para um sistema de medição e gestão estratégica.

A proposta do BSC é tornar entendível, para todos os níveis da organização, a visão, a missão e a estratégia, para todos saibam o que fazer e de que forma suas acções impactam no desempenho organizacional.

Os objectivos desta metodologia vão muito além do que se poderia extrair de um mero conjunto de indicadores. Quando aplicado adequadamente, permite ainda transformações organizacionais no sentido da acção, em especial criar uma visão integral da gestão e da sua situação actual, olhar em frente de forma pró-activa, alinhar a estrutura organizacional, estabelecer iniciativas priorizadas em direcção às estratégicas definidas e ainda influenciar o comportamento da sociedade.

O BSC é uma construção interativa feita pelos gestores da própria organização. As perspectivas do BSC estão todas interligadas, nenhuma pode ser vista de forma independente e a ordem é relevante.

Entretanto, uma análise de conteúdo do que se inclui em cada perspectiva mostra grandes diferenças entre um BSC aplicado a uma empresa ou serviço público: na missão estratégica, na perspectiva financeira, na perspectiva social, na perspectiva dos processos internos e na perspectiva de aprendizagem e crescimento.

Como o BSC nasceu no meio empresarial e tem sido desenvolvido em torno dessa realidade, não se pode aplicar sem as devidas adaptações à realidade do sector público, que tradicionalmente guiado pela imensidão de normas legais, está hoje pressionado pela escassez dos recursos financeiros e colocado perante a necessidade de adoptar novos instrumentos de gestão.

De certa forma, o BSC é um modelo interessante capaz de trazer inovação aos serviços públicos. Porém, as organizações públicas estão a começar a compreender que os projectos de sucesso exigem mais do que recursos financeiros e ideias dispersas. Quando um projecto falha, perde-se dinheiro, tempo e confiança pública.

Um olhar sobre a inércia dos sistemas de informação actuais dos serviços públicos, sugere que alguns têm funcionado em autogestão e internamente, alguns produzidos também isoladamente ao longo do tempo. Por exemplo, temos a redundância de processos para uma mesma finalidade, sendo processo um conjunto de actividades estruturadas.

Tem-se ouvido constantemente de alguns “arrivistas adeptos da era da modernização” que a área pública carece e necessita urgentemente da implantação de inteligência. Falam em inteligência como se esta fosse um produto acabado, disposto em prateleiras de lojas, à disposição de um ávido administrador bem-intencionado que queira propiciar uma verdadeira reforma no sector público! A inteligência está lá! Sempre esteve nas pessoas que conduzem os processos, que gerem o sector público!

Os sintomas de disfunção são visíveis no interior do sector público, ao longo do seu relacionamento e até com a sociedade. A perspectiva de processos do BSC aplicada ao sector público implica uma visão organizada e interativa que afeta ao negócio de todos os serviços públicos fazendo cair à lógica de autogestão, independência funcional destes serviços e a carência de inteligência.

Tal visão leva ainda a inclusão da voz do cidadão no desenho do processo, de modo que o resultado conduza a sua satisfação. Tudo é uma questão de estratégia. De identificar quais as aspirações públicas: aonde queremos chegar e o que pretendemos ser?

Embora não seja um padrão único e universal para a formulação de estratégias, faz-se necessário à criação de um esboço para que se possa prosseguir com a definição do processo estratégico, que viabilize a sociedade.

De forma mais específica é formular, desenvolver, planear, implantar e controlar o processo estratégico, além de se prevenir dos comportamentos sazonais futuros nas séries temporais, que está liga a macroeconomia (crescimento económico, taxas de inflação, etc), às finanças (previsão de evoluções de mercados financeiros, investimentos, etc), a gestão empresarial (procura de produtos, consumo, etc), a gestão pública (previsões de tráfego em pontos ou estradas, etc) e as áreas científicas (meteorologia, etc).

Muitas análises preditivas podem ajudar os administradores na gestão de seus municípios, estados e outros orgãos públicos, nas mais diversas áreas. Estas análises auxiliam na prevenção a eventos futuros, fazendo com que diversas acções possam ser tomadas antes que os eventos ocorram.

Essas análises devem estar presentes no planeamento estratégico. Isso auxiliará a gestão pública nas questões concernentes à arrecadação dos impostos, ao atendimento das demandas sociais em relação à saúde e a educação.<ref>Resumo elaborado com base na conceituação de Danilo Mozeli Dumont, José Araújo Ribeiro e Luiz Alberto Rodrigues, conforme encontrada na obra "Inteligência Pública na Era do Conhecimento" (Ed. Revan, 2006).</ref>

Referências

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Ver também


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