Credit scoring

Da Thinkfn

O credit scoring consiste numa análise estatística à qualidade de crédito (Risco de crédito) de um grande número de empréstimos, correlacionando os incumprimentos desses empréstimos com as suas características e as características dos seus contraentes, permitindo à construção de um modelo onde cada característica contribui para estimar a probabilidade final de incumprimento.

Desta forma, torna-se possível a um banco, seguradora, emissor de cartões de crédito ou qualquer outra empresa de concessão de crédito, estimar a probabilidade de um determinado proponente cumprir integralmente a dívida que se propõe a contrair, formatando o seu perfil e as condições do crédito que propõe, numa expressão, normalmente numérica, que serve para avaliar a sua capacidade de cumprimento face à tabela de credit score construída com base na análise estatística acima referida.

De acordo com o risco dessa forma atribuído ao proponente e ao crédito que propõe, o decisor de crédito aprova ou não a operação de financiamento e, se aprovar, pode adequar o pricing do crédito ao risco que comporta.

Geralmente o credit scoring produz um indicador final, o score, do devedor/crédito. O mais famoso desses scores, amplamente usado nos EUA, é o chamado FICO.

Características do devedor que podem ser levadas em conta

Lista não-exaustiva de características do devedor que podem ser levadas em conta no apuramento de um credit score:

  • Serviço dívida/rendimento (taxa de esforço)
  • Finalidade
  • Rendimento
  • Estabilidade profissional (há quanto tempo está no emprego presente, tipo de contrato, etc)
  • Estado civil
  • Profissão
  • Localização
  • Etc.

Características da dívida que podem ser levadas em conta

Lista não-exaustiva de características da dívida que podem ser levadas em conta num sistema de credit scoring:

  • LTV (Loan to value)
  • Prazo;
  • Montante;
  • Valor da prestação;
  • Tipo de indexante;
  • Período de carência;
  • Choque de pagamento (no caso de reindexações, períodos de carência, períodos de opção, etc);

Estes factores podem valer por si próprios, ou em agregados, no chamado "risk layering", que trata da combinação de uma série de factores de risco.

Ver também