Bucket shop

Da Thinkfn

Um Bucket shop é uma corretora que toma o lado contrário das ordens efectuadas pelos clientes, sem as enviar para um mercado organizado (bolsa)<ref>http://www.cftc.gov/opa/glossary/opaglossary_b.htm Glossário, website da Commodity Futures Trading Commission.</ref>

Nos finais do século XIX e início do século XX, as Bucket shops especializadas em acções e commodities floresceram. <ref>David Hochfelder | "Where the Common People Could Speculate": The Ticker, Bucket Shops, and the Origins of Popular Participation in Financial Markets, 1880–1920 | The Journal of American History, 93.2 | The History Cooperative</ref>. Edwin Lefèvre, que se pensa ter escrito a mando de Jesse Livermore, descreve o funcionar das bucket shops dos 1890s em detalhe no seu livro "Reminiscences of a stock operator".<ref>Edwin Lefèvre (1923). Reminiscences of a stock operator. </ref>.

Os clientes de Bucket shops funcionam com alavancagens extremas, e as bucket shops baseiam o seu negócio no facto de que nessas condições a forte maioria dos clientes rapidamente perde a sua conta. Porém, existem também instâncias em que uma bucket shop tentará influenciar o mercado real (ou criará a ilusão deste se ter movido) para alcançar os seus objectivos de sujeitar os clientes a perdas. Visto que as ordens dos clientes não são enviadas para o mercado, as perdas dos clientes são os ganhos da bucket shop.<ref>Edwin Lefèvre(1923) Reminiscences of a stock operator, reprinted 1968, New York: Simon & Schuster. (the book is regarded as a roman a clef of the life of actual stock operator Jesse Livermore).</ref>

Origens do termo

Existe 2 origens indicadas para o termo bucket shop. A primeira seria de que se aplicava a estabelecimentos de classe baixa em Londres, que vendiam os restos de outros bares - ao balde. A segunda descreve dealers de cereais londrinos que transaccionavam contratos de menor dimensão que o Board of Trade. Em qualquer caso, bucket shop passou a aplicar-se a pseudo-corretoras que não executavam os seus trades no mercado.<ref>Ann Fabian (1999) Card Sharps and Bucket Shops, New York: Routledge, p.189.</ref>

Presente

No presente, as bucket shops mais comuns transaccionam forex sendo usual acharem-se corretoras pouco conhecidas a oferecer a hipótese de transaccionar contas pequenas com margens elevadas (50:1, 100:1, 200:1). Muitas destas corretoras operam segundo o princípio das bucket shops, não enviando as ordens dos seus clientes para nenhum mercado, e esperando apenas que estes por via da alavancagem, entrem em falência.


Referências

<references />