Benjamin Graham

Da Thinkfn

thumbBenjamin Graham (8 de Maio de 1894 – 21 de Setembro de 1976) foi um economista influente e investidor profissional que é hoje chamado o "Pai da Análise Financeira Moderna" pelas frequentes referências que lhe são feitas por Warren Buffett, que foi um estudante de Graham na Universidade de Columbia, sendo o único aluno que recebeu um A+ de Graham. Benjamin Graham também é chamado o "Reitor de Wall Street" e é considerado o primeiro proponente de investir pelo valor.

Graham era um homem culto ao estilo clássico. Estudava latim e grego e traduzia poesias espanholas. Investia utilizando um método puramente quantitativo ao alcance de qualquer um, empregando informações de domínio público. Focava-se em comprar "pechinchas", companhias vendidas por menos que o seu capital circulante líquido. Desenvolveu uma forma muito interessante de alocação de activos, uma divisão entre acções e obrigações que deveria ser seguida pelos investidores defensivos e ser preservada fixa (ex: 50% acções e 50% obrigações, em todas ocasiões). Graham, devido à crise de 29 preocupava-se muito com o posicionamento psicológico do investidor tendo criado várias histórias para exemplificar a sua visão. A mais conhecida delas é a do "Mr. Market".

Estratégia

"Comprar uma nota de um dólar por cinquenta cêntimos"

  • Filtros quantitativos sem se preocupar com coisas como aspectos sociais, perspectivas futuras da companhia e produtos.
  • Diversificação. "Todos nós cometemos erros: a única forma de estar seguro é dividir as suas apostas de maneira a permitir que as leis das médias possam funcionar”.

A Graham-Newman empregava seis técnicas para compras de acções desde 1936:

  1. Comprar acções a 2/3 ou menos do que o seu capital circulante líquido – normalmente mais de 100 acções de uma só vez.
  2. Comprar companhias que estejam a ser liquidadas.
  3. Arbitragem de risco.
  4. Títulos convertíveis ou arbitragens.
  5. Comprar controle para forçar a realização do valor.
  6. Compras com long e short (hedging). (somente até 1939)

Graham era contra a aquisição de companhias públicas novas (IPO) e outras formas de investimentos exóticas como convertíveis e "warrants" (excepto em arbitragem).

De acordo com Graham, existiam seis coisas a serem observadas no processo de avaliação de uma acção:

  1. Os lucros estimados futuros;
  2. As perspectivas de crescimento a longo-prazo;
  3. A administração;
  4. A saúde financeira e estrutura de capital;
  5. O histórico de dividendos;
  6. O Dividend yield.

Também poderá ter interesse considerar quantas vezes os juros da dívida são cobertos pelo lucro da empresa.

Graham dividia os investidores em agressivos e defensivos. Para o investidor defensivo Graham apresenta dez critérios para selecção de ações:

  1. Tamanho adequado (empresa com, pelo menos, $100 milhões em vendas ou $50 milhões em activos no caso de uma empresa de utilidade pública)
  2. Uma posição financeira suficientemente forte.
  3. Um histórico de dividendos contínuos por pelo menos 20 anos.
  4. Nenhum prejuízo nos últimos 10 anos.
  5. 10 anos de crescimento nos lucros por acção de, pelo menos, um terço (33%).
  6. O preço da acção inferior a 1.5x o valor dos activos líquidos.
  7. O preço da acção inferior a 15x o lucro dos últimos três anos.
  8. O produto do PER pelo PBV deve ser inferior a 22.5.
  9. Um índice Lucro/Preço (earnings yield)– o inverso do PER – de, pelo menos, o mesmo valor que a taxa de um título de dívida com rating elevado (AAA)
  10. Para aqueles investidores que se querem preocupar o mínimo possível com a sua carteira, Graham recomenda a diversificação.

Resultados a longo prazo

Graham atingiu cerca de 21% ao ano em 20 anos. <ref>"se alguém tivesse investido $10.000 em 1936, poderia ter retirado uma média de $2.100 por ano pelos próximos vinte e um anos e, ainda assim, teria recuperado os seus $10.000 originais no final", Trainm J. "The Money Masters", pág. 98 </ref>

Ler também

  • Graham, Benjamin e Dodd, David; "Security Analysis", 1934
  • Graham, Benjamin; “The intelligent Investor”
  • Thomas P. Au, "A Modern Approach to Graham and Dodd Investing", (Wiley, 2004).

Referências

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