Posições curtas - o Buy in

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Algumas consequências pouco conhecidas da tomada de posições curtas já foram abordadas no artigo Posições curtas - Implicações.

Hoje, vou comentar brevemente uma outra possibilidade pouco conhecida: o Buy In.

Como já se viu, uma posição curta é possível por via de um pedido de empréstimo das acções que são vendidas curtas. Ora, o que por vezes pode acontecer é quem emprestou essas acções já não desejar que elas continuem a ser emprestadas, ou que decida por exemplo vende-las, deixando o corretor que tinha organizado o empréstimo de a elas ter acesso.

Nesses casos, e não conseguindo o corretor localizar novas acções para pedir emprestadas, quem detém a posição curta é obrigado involuntariamente a fecha-la. Dá-se o “Buy In”.

Isto tende a acontecer em acções onde as posições curtas já são bastante relevantes (daí a dificuldade em localizar mais papel). Pode também acontecer de forma organizada, se grandes detentores de papel que antes estava disponível para ser emprestado, transmitirem ao seus depositários instruções para que esse papel deixe de estar disponível para esse efeito.

Visto que esta situação acontece normalmente em papéis já difíceis de localizar para empréstimo, a sua ocorrência pode implicar a perda de uma posição especulativa de forma irreversível. Nesse caso para tentar repor a posição especulativa, o especulador pode – se estiverem disponíveis opções – vender Calls ou comprar Puts sobre o mesmo activo.

Aqui fica um exemplo da ocorrência deste fenómeno em FED (FirstFed Financial Corp), discutido num fórum do Yahoo Finance:

http://tinyurl.com/26b494


Autor

Incognitus, em 29/3/2007

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