O Fim das Páginas Amarelas

Da Thinkfn
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No fundo, trata-se de mais uma consequência de um fenómeno descrito no artigo A Entrega digital.

A ideia aqui é que à medida que as famílias e empresas vão possuindo o seu acesso à internet, elas passam a fazer as suas pesquisas por contactos e localizações de empresas com quem desejam transaccionar usando motores de pesquisa da Internet, consultando sites especializados no produto/serviço que desejam ou acedendo aos sites das empresas distribuidoras e produtoras desse produto/serviço.

O que essas pessoas NÃO farão é abrir uma lista de empresas gigantesca em papel para descobrir o seu contacto. As Páginas Amarelas vão extinguir-se. E as empresas que nelas anunciam vão cada vez mais dar-se conta da sua menor relevância, reduzindo o investimento nesse tipo de publicidade. Este pode ser um fenómeno lento e gradual, mas é praticamente inevitável.

Podemos retirar três conclusões importantes:

  1. Existem empresas cotadas cujo principal negócio é a exploração de páginas amarelas, e essas empresas nem sequer transaccionam a desconto tendo em conta esta realidade. Logo, são de evitar (PagesJaunes – PAG, 19.90; RH Donnelley – 53.45; TPI – 8.40; Yell Group – 467p);
  2. Algumas telecoms ainda não venderam as suas participações nas páginas amarelas (por exemplo, a France Telecom ou a Verizon). A venda destas participadas tem que ser vista como um fenómeno positivo quando acontecer (a Verizon planeia faze-lo).
  3. Por vezes especula-se que algumas telecoms possam comprar participações em páginas amarelas. Isso será um erro, pois a prazo compram um negócio morto, que não transacciona a um desconto que leve em conta esse destino.

Autor

Incognitus, em 22/5/2006

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