Massa monetária

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Em economia, a massa monetária é a quantidade total de dinheiro disponível na economia num determinado momento.<ref>Paul M. Johnson. "Money stock:," A Glossary of Political Economy Terms</ref>

Os dados sobre a massa monetária são geralmente disponibilizados pelo banco central, e seguidos atentamente por economistas e outros analistas, devido aos seus possíveis efeitos sobre os níveis de preços (inflação). Essa relação está historicamente associada com a teoria quantitativa da moeda, e sinais de uma ligação directa entre a inflação a longo prazo, e o crescimento da massa monetária, o que reforça a ideia de que a [[política monetária pode ser uma ferramenta importante no controlo da inflação.<ref>Milton Friedman (1987). “quantity theory of money”, The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 4, pp. 15-19.</ref>


Agregados monetários, genericamente

A moeda é usada como forma de extinguir dívidas, e como uma reserva de valor. Consoante as suas funções e características, o dinheiro é hoje classificado numa de várias medidas, que vão desde uma definição estrita, mais directamente afectada pela política monetária, até uma definição lada. Estas medidas são chamadas "agregados monetários", tendo geralmente um prefixo M, e indo de M0 a M3, de um sentido mais estrito a mais lato.

M0

O M0 é a moeda física mais depósitos junto do banco central. É a medida mais líquida, apenas incluindo activos que podem ser movimentados imediatamente.

O M0 também é visto como sendo dinheiro do banco central, visto que apenas o banco central o pode criar. Todos os outros agregados são vistos como dinheiro da banca comercial, visto que podem ser criados na banca comercial.

M1

M1 = M0 + saldos de contas à ordem, também imediatamente movimentáveis.

M2

M2 = M1 + depósitos a prazo de baixos montantes (no caso dos EUA, até $100 000) e fundos de tesouraria não institucionais

M3

M3 = M2 + depósitos a prazo de grandes montantes + fundos de tesouraria institucionais + repos de curta duração + outros activos líquidos. È a forma mais lata de dinheiro.


Agregados monetários, União Europeia

O Banco Central Europeu define os agregados monetários da seguinte forma:<ref>dos agregados monetários na área Euro.</ref>:

  • M1: Moeda em circulação + depósitos overnight
  • M2: M1 + depósitos com uma maturidade até 2 anos + depósitos desmobilizãveis com um pré-aviso até 3 meses
  • M3: M2 + Repos + Fundos de tesouraria + Instrumentos de dívida com maturidade até 2 anos


Banca fraccional

Os diferentes agregados monetários derivam da prática da banca fraccional. Quando um banco faz um empréstimo, num sistema de banca fraccional, um novo tipo de dinheiro é criado. Este novo tipo de dinheiro é o que constitui os componentes M1 a M3. Ou seja, existem 2 tipos de dinheiro:

  • Dinheiro do banco central (moeda física)
  • Dinheiro da banca comercial (dinheiro criado através de empréstimos) - sendo que este último constitui a fatia esmagadora do dinheiro em circulação.

Exemplo: quando é concedido a alguém um empréstimo de 100000 Euros para comprar uma casa, passa imediatamente a existir um depósito de 100000 Euros, que será entregue ao vendedor da casa, sem que nenhuma outra pessoa se veja privada do uso de 100000 Euros, pelo que efectivamente passaram a existir mais 100000 Euros.


Ligação à inflação

Equação monetária

A massa monetária é importante porque está ligada à inclação via a equação monetária:

MV = PQ
Com:
M - massa monetária do país
V - velocidade da moeda (número de vezes que cada unidade monetária é gasta num ano)
P - preço médio de todos os bens e serviços vendidos no ano
Q - quantidade de bens e serviços vendido durante o ano

A massa monetária pode ser mais ou menos que a procura de dinheiro na economia. Se a massa monetária crescer mais rápido que o crescimento real do PIB, é provável que se assista a inflação (desde que a velocidade de circulação se mantenha).


Ver também


Referências

<references />


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