Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3443933 vezes)

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7280 em: 2014-04-20 01:58:30 »
Muito da aposta nas renováveis veio disto:

http://ec.europa.eu/clima/policies/package/index_en.htm

...claro que houve alguns paises que avançaram com mais força que outros (caso de PT com as éolicas)...e não se avançou mais porque a condição económica/financeira e a pressão sobre a tarifa tornou impossível avançar da mesma forma para energia solar.

Citar
The targets were set by EU leaders in March 2007, when they committed Europe to become a highly energy-efficient, low carbon economy, and were enacted through the climate and energy package in 2009.


Citar
These targets, known as the "20-20-20" targets, set three key objectives for 2020:
A 20% reduction in EU greenhouse gas emissions from 1990 levels;
Raising the share of EU energy consumption produced from renewable resources to 20%;
A 20% improvement in the EU's energy efficiency.


"Sugestões" europeias que se transformaram em opções politicas e que as empresas aproveitaram...claro!

« Última modificação: 2014-04-20 02:16:53 por Johny »

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7281 em: 2014-04-20 02:44:57 »


Se os Alemães tivessem promovido a energia solar com a construção em Portugal, os consumidores portugueses poderiam beneficiar e  conseguir a redução do valor usurário que a factura da EDP comporta para os consumidores portugueses  - aliás, uma parte desse esforço dos consumidores lusos serviu para pagar o esforço nas renováveis mas, igualmente , para suportar os mais de 2mil mio USD que a rica EDP investiu nas renováveis dos US com todos os inconvenientes conhecidos.

De resto , creio que o auto-consumo (com base na solar e na eólica) deverá ser a prioridade da política energética portuguesa como forma de combater a pesada factura do carvão ( quase 5 mil milhões de € ) a onerosa amortização das centrais e determos uma das centrais mais poluidoras do mundo. Haja coragem do governo que sol e vento é coisa que não nos falta.
   

Por acaso a Siemens investiu em I&D cá:

https://www.swe.siemens.com/portugal/web_nwa/pt/PortalInternet/SalaImprensa/Noticias/Pages/Siemens_vai_construir_em_Portugal_prototipo_de_central_solar_termoelectrica.pdf.aspx

Óbvio que é uma migalha num oceano.

Queres solar e eólica e ao mesmo tempo queres redução da factura?...bom o que estás a pagar é a opção de ter tarifas bonificadas para quem produz esse género de energia. Isso vem tudo na factura nos CIEG (custos de interesse económico geral, que resultam de decisões políticas).
Mais...a energia eólica é gira e limpa (pegando na eólica...), mas ninguém sabe quando, durante quanto tempo e com que intensidade o vento vai soprar nas próximas semanas. Como garantirias o abastecimento da rede baseado numa geração de energia incerta?...estás disposto a ter apagões? vais importar energia a custos mais elevados? do ponto de vista de gestão, se gerisses uma empresa investirias centenas de milhões de euros numa central para estar parada?...só farias esse investimento com a perspectiva de retorno, certo? As energias "verdes" têm prioridade nos semáforos, o que significa que quando estão a produzir, se produzirem o suficiente, a restante produção não injecta energia na rede (não param por completo mas é quase...). Se não houvesse um mecanismo de compensação para as centrais que ficam paradas/meio gás (com custos que qualquer engenheiro dirá serem maiores que ter uma central em regime de produção "normal")...era um investimento ruinoso que ninguém faria.

As escolhas têm custos...pode-se discutir que uma escolha era melhor que o outra e argumentar para cada um dos lados, mas não podemos é querer o melhor dos dois mundos.

Em relação aos 2MM, essa foi uma aquisição feita em 2007...e foi feito através de aumento da divida. O que se discute hoje em dia sobre o impacto das energias renováveis na factura não era falado na altura e é independente dessa expansão internacional. Foi uma aposta em direccionar a empresa para o sector renovável...não só em PT mas em termos internacionais também. De resto, o contributo de Portugal para o resultado do Grupo EDP (não estou só a falar de energias renováveis) tem se mantido estável em termos de valor à vários anos (não tenho presente os valores...) e actualmente, em termos de resultados operacionais, Portugal já só pesa cerca de 40% do total.
« Última modificação: 2014-04-20 03:58:30 por Johny »

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13736
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7282 em: 2014-04-20 10:14:02 »
[ ] Queres solar e eólica e ao mesmo tempo queres redução da factura? [ ]

Quero.
E hídrica também.
E menos nuclear e menos factura.

É um problema físico, tecnológico e económico.
Para os que sabem, resolverem. Afastando,
os monopolistas-"mamões".

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7283 em: 2014-04-20 14:15:05 »
[ ] Queres solar e eólica e ao mesmo tempo queres redução da factura? [ ]

Quero.
E hídrica também.
E menos nuclear e menos factura.

É um problema físico, tecnológico e económico.
Para os que sabem, resolverem. Afastando,
os monopolistas-"mamões".

Pois, queres o impossível (neste momento), graças a não saberes o envolvido. Mesmo sem mamões, seria impossível.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7284 em: 2014-04-20 15:35:19 »
Bem, a cadeia de negócio do sector eléctrico está dividido em quatro fases: Produção - Transport AT - Distribuição MT/BT - Comercialização.
O que se está aqui a falar é essencialmente a parte da Produção, e a Produção Renovável.
Sobre o Monopolismo:



Fonte: http://www.apren.pt/gca/?id=264

Não digo que a maior parte não seja a EDP, é um facto que é (algumas das empresas na lista podem ser parcialmente da EDP). Mas fica o registo que não é só a EDP que ganha com as Renováveis. Em última análise até eu lá em casa podia ganhar se tivesse um painel solar....
De resto volto a dizer, as empresas aproveitaram uma opção politica que acabou por se reflectir desfavoravelmente na tarifa.
O único sector em que há realmente monopólio é na Distribuição (por enquanto...à medida que forem terminando as concessões logo se vê!) e essa parte do negócio é regulada, e logo quem define a tarifa e todo um conjunto de regulamentos e obrigações é a ERSE.

Queres mais energia hidrica? queixa-te aos espanhois (Iberdrola e Endesa) e aos ambientalistas de não teres mais:

Do plano original:
http://www.a-nossa-energia.edp.pt/mais_melhor_energia/programa_nacional_barragens.php

O Tua da EDP está a caminho com os problemas conhecidos.
A segunda a cargo da EDP - Fridão, está em curso:
http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/info_tecnica.php?item_id=81&cp_type=&section_type=info_tecnica

Pelo meio a EDP completou reforços de potência em outras hídricas.
As espanholas (as noticias que encontrei):

Iberdrola:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/iberdrola_espera_ha_quatro_anos_por_750_milhoes_pa_ra_construir_barragens.html

Endesa:

http://www.mangualdeonline.com/index.php/k2-tags/noticias/item/1058-inicio-do-processo-de-expropriacoes-da-barragem-de-girabolhos

Resumindo:

EDP 2/2
Espanhóis 1/5 (não posso afirmar a 100% que assim seja...)

Claro que o estado português recebeu logo os direitos de concessão à cabeça no valor de cerca de 623M €.

Não estou a defender a EDP, estou apenas a clarificar alguns pontos (se calhar estou a dizer coisas óbvias que toda a gente sabe...mas corro esse risco).

« Última modificação: 2014-04-20 15:40:49 por Johny »

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13736
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7285 em: 2014-04-20 16:45:44 »
Pois, queres o impossível (neste momento), graças a não saberes o envolvido. Mesmo sem mamões, seria impossível.

Não é impossível. Sei o que está envolvido.
E só é obstaculizado pelos mamões do nuclear e das térmicas.

Vê devagarinho: as energias renováveis, vento, sol, água,
obviamente quando estão a produzir energia, a mesma
tem de ser lançada em rede para consumo.

Claro, claríssimo, que isso pode obrigar as centrais térmicas movidas a petróleo
a interromper o débito à rede se não houver consumo suficiente
e ser impossível a armazenagem.

Mas, precisamente, é isso que interessa: consumir menos petróleo!

Por certo, diminuirá o lucro puro das térmicas e nucleares.
Mas é isso mesmo que se quer aconteça: ser mais
económico consumir energia de baixo custo
ecológico por ser mais caro o térmico
e o nuclear. Só os "mamóes"
monopolistas das térmicas
se opõem porque passam
a ganhar menos, como
convém à sociedade.
« Última modificação: 2014-04-20 16:46:29 por vbm »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7286 em: 2014-04-20 17:08:15 »
Não sabes do que falas, o custo dessas energias renováveis é superior ao das térmicas/nucleares e as energias renováveis já têm prioridade na produção. É por isso que o mercado grossista pode ter momentos em que os preços são negativos. É também por isso que as facturas de electricidade são tão altas.

Se retirares os lucros todos que existem no sector, os preços não seriam incrivelmente mais baixos, mas:
* Não terias tanta energia renovável, pois uma boa parte dos preços e dos lucros vem precisamente daí.

Enfim, tu tens desejos que são normais (mais energia renovável, preços mais baixos). Mas estás muito mal informado quanto à forma como todo o sistema funciona pelo que defendes coisas impossíveis e até contraditórias.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7287 em: 2014-04-20 17:17:16 »
No caso da EDP em Portugal, das 12 centrais termoeléctricas, apenas uma tem como combustível o gasóleo, é a de Tunes (entrada em serviço dos últimos grupos produtores em 1982, já não deve de durar muito mais). Depois tens a de Sines que é a carvão. Tudo o resto é a gás e biomassa. Podes confirmar tudo aqui:

http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/producao.php?cp_type=te&map_type=te

Desconheço a situação dos outros produtores, mas tenho a ideia que serão essencialmente biomassa e gás.

De resto não podes confiar cegamente nas energias renováveis pelo motivo que já expliquei. E se o vento pára? e se tens anos de seca? as energias renováveis podem ser óptimas, mas tem custos envolvidos...e isso que as pessoas não percebem...simplesmente querem o melhor dos dois mundos. Tens que assegurar a estabilidade e abastecimento da rede. Quem é que vai investir dezenas/centenas de milhões em centrais convencionais de gás, por exemplo, se depois correm o risco de não obter retorno?

Relativamente ao "armazenamento" de energia, isso já acontece. Através de bombagem de agua a jusante da barragem de novo para a albufeira, em períodos que as eólicas estão a produzir e não há necessidade dessa energia. Mas é limitado, claro.

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7288 em: 2014-04-20 17:23:01 »


Se retirares os lucros todos que existem no sector, os preços não seriam incrivelmente mais baixos, mas:
* Não terias tanta energia renovável, pois uma boa parte dos preços e dos lucros vem precisamente daí.


É isto...é uma questão de opção, podes ter mais barato e menos renovável, não podes ter é o melhor dos dois mundos.
Não só porque a bonificação da tarifa renovável impacta na factura, mas também porque as centrais convencionais de grande capacidade ficam a operar a meio gás...o investimento e o custo de operação/manutenção dessas centrais tem que ser remunerado senão ninguém investe e não garantes o abastecimento.
« Última modificação: 2014-04-20 17:24:12 por Johny »

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13736
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7289 em: 2014-04-20 18:53:26 »
[ ] Não só porque a bonificação da tarifa renovável impacta na factura, mas também porque as centrais convencionais de grande capacidade ficam a operar a meio gás...o investimento e o custo de operação/manutenção dessas centrais tem que ser remunerado senão ninguém investe e não garantes o abastecimento.

A tarifa renovável não tem nada que continuar a ser bonificada. O equipamento das eólicas e das solares é cada vez mais eficiente, a indústria alemã progredirá, a energia hídrica é armazenável e precisamente as térmicas, a carvão, a gáz e a gasóleo é que estão a deixar de ser competitivas porque têm de estar a operar e a poluir 24 horas sobre 24 horas, quando justamente são  dispensáveis de tanto produzir sem nenhuma utilidade; logo, devem substituir-se por tecnologia de renováveis, mais eficiente e ecológica, capaz de diminuir a factura do custo de produção eléctrica. As térmicas, se não podem reintegrar o equipamento em vinte anos, reintegrem-no em quarenta, e em novas centrais mais modernas, eficientes e de menor preço. Os lucros também podem baixar, pela inactividade oriunda das renováveis, porque é isso que se pretende: que deixem de ganhar tanto quanto imerecidamente ganham sem qualquer contrapartida de valor produzido e vantagem para o consumidor.

post-scriptum:- E já agora, que façam bem as contas, prolongando a vida das centrais termoeléctricas para o dobro ou para o triplo, pagando à mão-de-obra industrial de manutenção, que isto não é só fazer máquinas, e receber o respectivo "balúrdio", mas manter os equipamentos com a vida útil tão prolongada quanto para tal estejam capacitadas ainda que tal signifique ter pessoal que perceba do assunto; não é só "ganhá-lo" e pô-lo no banco a render!
« Última modificação: 2014-04-20 19:04:16 por vbm »

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7290 em: 2014-04-20 21:56:41 »
- Não podes depender das renováveis sem comprometer a segurança do abastecimento, portanto as térmicas não são dispensáveis;
- A bonificação da tarifa renovável para novos projectos já não é o que era;
- A manutenção que pedes é óbvio que já existe, nem sei onde é que está a dúvida;

 O que tu queres é investimento em renovável, que o renovável tenha a mesma segurança de abastecimento que as centrais convencionais e com a mesma tarifa que a tecnologia convencional.

Esse compromisso, presentemente, não existe porque não podes ficar dependente da chuva e do vento, e depois, se gerisses uma empresa e tivesses que decidir entre dois projectos não decidirias sobre o que acrescentasse mais valor à empresa? A bonificação da tarifa é uma medida politica que definiu a orientação energética. Optou-se por ter um mix energético com um maior peso renovável e isso tem custos...as empresas não iriam investir nas renováveis se essa realidade não fosse compensatória.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13736
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7291 em: 2014-04-20 22:40:39 »
Bem, eu concordo que não tenho conhecimento técnico da produção e distribuição da electricidade. O meu raciocínio era, é, - a menos que me expliquem como isso não é como o imagino e porquê - de que a energia intermitente de origem natural, prioritária, é lançada na rede e a electricidade das centrais, produzida na quantidade suficiente para, somada à primeira, solver o que flui da rede para o consumo exterior, é, o caso em que tudo está como deve, na perfeição . O custo deste sistema é o da reintegração do investimento fixo total em centrais termoeléctricas e equipamentos de geração de energia renovável, e o custo do pessoal da produção e distribuição.

E a pergunta é: qual é o problema? Querem os accionistas das termoeléctricas reintegrar o equipamento  das centrais em 5 anos? em 10, em 20 anos? Não conseguem? Reintegrem-no em 40 ou 60 anos. Querem ganhar 8% ao ano de lucro depois de impostos, todos os custos pagos e reintegrado o investimento no ritmo da  vida útil? Não conseguem 8%? Contentem-se com 6 ou 4 ou 2%; ou vendam as suas acções ao desbarato e mudem de vida. Os estados nacionais, os contribuintes que tomem conta de todo o sistema electroprodutor, subordinando o subsistema poluente ao da energia limpa, e a factura totalizará um preço claramente mais justo por equacionado ao valor da electricidade realmente produzida e distribuída aos consumidores.
« Última modificação: 2014-04-20 22:44:13 por vbm »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7292 em: 2014-04-20 23:32:19 »
Bem, eu concordo que não tenho conhecimento técnico da produção e distribuição da electricidade. O meu raciocínio era, é, - a menos que me expliquem como isso não é como o imagino e porquê - de que a energia intermitente de origem natural, prioritária, é lançada na rede e a electricidade das centrais, produzida na quantidade suficiente para, somada à primeira, solver o que flui da rede para o consumo exterior, é, o caso em que tudo está como deve, na perfeição . O custo deste sistema é o da reintegração do investimento fixo total em centrais termoeléctricas e equipamentos de geração de energia renovável, e o custo do pessoal da produção e distribuição.

E a pergunta é: qual é o problema? Querem os accionistas das termoeléctricas reintegrar o equipamento  das centrais em 5 anos? em 10, em 20 anos? Não conseguem? Reintegrem-no em 40 ou 60 anos. Querem ganhar 8% ao ano de lucro depois de impostos, todos os custos pagos e reintegrado o investimento no ritmo da  vida útil? Não conseguem 8%? Contentem-se com 6 ou 4 ou 2%; ou vendam as suas acções ao desbarato e mudem de vida. Os estados nacionais, os contribuintes que tomem conta de todo o sistema electroprodutor, subordinando o subsistema poluente ao da energia limpa, e a factura totalizará um preço claramente mais justo por equacionado ao valor da electricidade realmente produzida e distribuída aos consumidores.

O sistema já é como gostarias que ele fosse.
 
E quanto aos retornos, se for tudo do Estado não é necessariamente muito mais barato. Aliás, facilmente acabas a pagar mais no total, quer via preços quer via orçamento de Estado, como se vê em coisas como a TAP, RTP, etc.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Johny

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 341
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7293 em: 2014-04-21 00:01:25 »

O sistema já é como gostarias que ele fosse.


Não é inteiramente porque o que o vbm queria era o sistema actual mas com as renováveis sem impacto na tarifa...era preciso era arranjar quem investisse. Tirando essa parte, ele descreveu o sistema.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13736
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7294 em: 2014-04-21 08:28:23 »
Há um aspecto que vos escapa, Johnny e Incognitus: o sistema electroprodutor na forma clássica está antiquado e tenta sobreviver não obstante estar pressionado para que inove e se modernize. Não faz sentido não dar prioridade à energia renovável. O facto de ser condicionada à intermitência de acesso, significa que é a isso que a  tecnologia anterior tem  de adaptar-se, resolver como adequar-se. Não pode é ficar subsidiada ad eternum! Isso era bom, é o sonho de todos  os rentistas, mas as populações não deixam. E, imagino, estar o sistema electroprodutor todo ligado em rede, para a distribuição continental de energia aos consumidores, menoriza o problema e diminui a necessidade do nuclear.

as

  • Ordem dos Especialistas
  • Full Member
  • *****
  • Mensagens: 229
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7295 em: 2014-04-21 09:37:54 »
Vamos a factos em vez de opiniões?

Relatório de contas da EDP Renováveis referente a 2013

Preço MW Europa 88,7€
Preço MW EUA 48,6$
Preço MW Espanha 80,0€
Preço MW Portugal 99,3€
Preço MW França 90,2€
Preço MW Bélgica 112,0€
Preço MW Polónia 95,6€
Preço MW Roménia 121,1€
Preço MW Itália 137,6€

Alguém quer comentar o preço dos EUA??? :) Farta vilanagem pela Europa fora!

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7296 em: 2014-04-21 10:40:19 »
Deve ser menos subsidiado do que na Europa, não seria grande surpresa.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7297 em: 2014-04-21 10:41:49 »
Há um aspecto que vos escapa, Johnny e Incognitus: o sistema electroprodutor na forma clássica está antiquado e tenta sobreviver não obstante estar pressionado para que inove e se modernize. Não faz sentido não dar prioridade à energia renovável. O facto de ser condicionada à intermitência de acesso, significa que é a isso que a  tecnologia anterior tem  de adaptar-se, resolver como adequar-se. Não pode é ficar subsidiada ad eternum! Isso era bom, é o sonho de todos  os rentistas, mas as populações não deixam. E, imagino, estar o sistema electroprodutor todo ligado em rede, para a distribuição continental de energia aos consumidores, menoriza o problema e diminui a necessidade do nuclear.

Bem, a energia renovável já tem prioridade, mas se queres ter a certeza que tens electricidade, infelizmente tens que pagar a alguém para ter capacidade para gerar quando a renovável não estiver presente. "Subsidiada", "subsidiada" é a renovável. Aos outros só pagam a disponibilidade.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Luso11

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1300
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7298 em: 2014-04-21 12:42:36 »

O sistema já é como gostarias que ele fosse.


Não é inteiramente porque o que o vbm queria era o sistema actual mas com as renováveis sem impacto na tarifa...era preciso era arranjar quem investisse. Tirando essa parte, ele descreveu o sistema.

Voltando à questão inicial....

À luz dos princípios da UE e da competitividade e racionalidade dos mercados,  porque é que as grandes eléctricas europeias não investiram construindo parques solares nos países do sul da Europa que lhes garantiriam um retorno infinitamente superior ao obtido nos seus países de origem.

Porque é que os alemães ( e não só ) , como já referi com o objectivo  de subsidiarem a sua própria indústria de painéis solares , em vez de terem mais de 5% do seu território coberto pelos painéis fotovoltaicos , não optaram pela construção em Portugal ou em Espanha, assegurando taxas de eficiência e eficácia infinitamente superiores de que beneficiariam a sua pp indústria e  os seus pp consumidores.

Porque é que a UE iniciou um litígio com a China sobre os dir. de importação da indústria solar que só penalizou fiscalmente os países da Europa dos Sul ?

Porque é que não estarão a ser aplicados os princípios política energética comum ? Porque é que Portugal não devera estar na liderança da captação de investimento em centrais solares assegurando a produção de electricidade limpa e muito mais competitiva?  Porque é que o investimento neste sector não há-de ter a mesma racionalidade que a de todos os outros mercados ? Porque é que os princípios da UE não hão-de ser aplicados ?

Quanto ao custo mais oneroso das energias renováveis importa ter presente que a produção da energia limpa confere o direito ao certificados de carbono cujo valor de mercado será tendencialmente crescente ( conforme os compromissos já assumidos pela UE - prot. de Quioto ) e minimizará os custo superior de produção.

Porque é que teremos que manter uma central a carvão que é uma das maiores poluidoras da Europa e que por si só é responsável por um défice crónico da nossa balança comercial de quase 5 mil milhões de € e que decorre da importação de carvão em circunstâncias nem sempre transparentes.

Porque é que temos de assumir défices tarifários crónicos cuja racionalidade é difícil de justificar ? porque é que o mercado não há-de funcionar ?

Portugal , país de turismo, tem que assumir como prioridade estratégica a produção de energia limpa beneficiando das suas condições naturais ...  Vento, sol e o hídríco . o futuro estará do nosso lado com o crescente e irreversível desenvolvimento desta indústria e da tecnologia que a suporta.   

PS : recomendo a quem tiver interesse neste tema a ler o relatório do anterior Sec. de Estado da Energia sobre este sector e que quando enfrentou ente poderoso lobbie de ex-políticos e negociantes/intermediários não teve alternativa senão demitir-- se. 


 



Happy_TheOne

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6653
  • I have a problem.I'm getting better at everything
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #7299 em: 2014-04-21 13:17:01 »
Alem de ser os que mais ganham ainda por cima são os que mais lugares tem ....desta não sabia .... :-X

http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-portuguesas-sao-das-que-tem-mais-administradores-na-europa_191552.html