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Autor Tópico: Politicamente correcto  (Lida 126874 vezes)

jeab

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Re: Politicamente correcto
« Responder #240 em: 2017-11-13 18:41:59 »
DEFINIÇÃO DO … POLITICAMENTE CORRECTO...

Na Universidade de Griffith, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo.
Este ano, o termo escolhido foi “politicamente correcto”.
O estudante vencedor escreveu :
“Politicamente correcto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação (também iludidos e sem lógica) e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo.”
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #241 em: 2017-11-13 23:05:53 »
Boa! -:))

D. Antunes

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Re: Politicamente correcto
« Responder #242 em: 2017-11-19 11:22:01 »
Não sei se é politicamente correto. Mas este texto do António Barreto parece-me quase consensual:

Estado a mais, Estado a menos
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A luta entre liberais e dirigistas é antiga. Em Portugal, a tradição é a de Estado a mais: nos Descobrimentos, na colonização, na industrialização, na República, no corporativismo, na revolução e na democracia.

Há, em geral, Estado a mais nas leis e nas regras. Mas há Estado a menos na prática e na acção.

Há Estado a mais na administração central, nos privilégios da função pública, nos regulamentos urbanísticos, nas condições de investimento, na lei laboral, na concertação social, na burocracia e nos procedimentos judiciários.

Há Estado a menos na segurança, na defesa, na protecção pessoal, nas emergências, nas cirurgias, na luta contra os desastres, na protecção do património e na fiscalização de actividades financeiras.

Mas esta polémica esconde um aspecto crucial. Muitas vezes, o Estado, a mais ou a menos, é ignorante. O desenvolvimento do capitalismo, da indústria e dos serviços, assim como do comércio internacional e da integração europeia, não foi acompanhado pelo reforço das capacidades científicas e técnicas do Estado. Este prefere recorrer aos privados, a escritórios, a agências e a consultores. Subcontratação é a palavra-chave. Hoje, a administração pública não tem capacidade de planear ou seguir a maior parte das coisas que faz ou deixa fazer. Episódios como o dos aeroportos de Lisboa, da Ota, do Montijo ou de Alcochete nunca teriam ocorrido se a administração não estivesse esvaziada de conhecimento. As hesitações, a falta de clareza em temas como o comboio de grande velocidade, os terminais marítimos, a rede ferroviária, o Campus de Justiça, a construção das grandes pontes, os parques industriais e grande parte das auto-estradas construídas em sistema de parceria (PPP) não dariam tanto desperdício se o Estado não estivesse refém dos interesses económicos ou partidários. E talvez a eficiência e a segurança fossem superiores se o Estado, ao autorizar ou investir, estivesse dotado de capacidade técnica tão independente quanto possível, mas sobretudo conhecida, o que é uma notável fonte de independência.

Os recentes fogos servem para demonstrar esta aparente dualidade. Houve Estado a mais na fixação de um calendário de incêndios, na tentativa de dirigir a informação, na inexistência de entidades civis ou locais, no monopólio de funções, na inércia dos grandes dispositivos reféns de empresas e interesses e no esvaziamento de competências das autarquias.

Houve Estado a menos na previsão, na informação, na acção de emergência e na disponibilidade de sapadores profissionais; na falta de divulgação dos dados conhecidos e que definiam a ameaça; na incompetência técnica de tantos serviços, na falta de formação profissional dos bombeiros e na ausência de dispositivos céleres de emergência humana.

Haverá Estado a mais se as Forças Armadas forem enviadas para os incêndios sem missão legal, sem meios, sem equipamento, sem aprendizagem e sem formação adequada. Mas há seguramente Estado a menos, com a impossibilidade de intervenção por parte das Forças Armadas, que não estão devidamente preparadas, treinadas e equipadas.

Este governo portou-se mal em todas as frentes, até às mais simples tarefas de distribuição de água, pão e agasalho a quem precisava no dia seguinte. Foi incapaz na previsão e incompetente na coordenação. A desorganização, a ignorância, a falta de interesse e a insuficiência de conhecimentos são deste governo. Mas também são, em boa parte, do governo anterior e do governo de antes do anterior. E dos de antes desses. Isto é, do Estado, que perde em tudo o que importa a todos e que cresce em tudo o que interessa a alguns.

O problema parece ser mais do Estado do que do governo. É verdade. Mas isso não desculpa o actual governo. Pelo contrário, só o responsabiliza. E revela com mais nitidez a sua incompetência.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #243 em: 2017-11-20 13:02:32 »
O metro de NY também a seguir a cartilha

Citar
Conductors on subway trains have been told to stop addressing passengers as "ladies and gentlemen" when making announcements about delays, detours or other things, and instead use the gender-neutral terms "passengers," ''riders," and "everyone."
http://abcnews.go.com/US/wireStory/nyc-subway-gender-neutral-terms-announcements-51244868


Eu, por sinal, também sou a favor da neutralidade de género. A minha primeira proposta é passar a haver balneários mistos. Na piscina é bastante aborrecido estar a tomar duche e só ver gajos nus à volta.

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #244 em: 2017-11-20 15:14:17 »
Acho mal, porque «Senhoras e Senhores», «Ladies and Gentlemen» são formas de expressão social educadas que mostram claramente quanto o sexo feminino é mais apreciável do que o masculino, o que aplaudo. Já o «Portuguesas e Portugueses», «Cidadãs e Cidadãos», «Obrigada e Obrigado», «Presidenta e Presidente» detesto, é politicamente piroso, abomino. Deve dizer-se exclusivamente o termo masculino.

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #245 em: 2017-11-20 15:24:36 »
Quanto a balneários de gajos, eis uma grande chatice. Mas de 'gajas', também não me atrairia, teriam um comportamento multitudinário, que não é nada sensual. Já em matéria de vestuário, aprecio os homens vestidos até ao pescoço, as mulheres, porém, melhoram muito exibindo alguma nudez. Assim tipo, «Vasco da Gama e o Samorim de Calecute», mulher pró-Samorim. Contudo, uma mulher de classe, sabe adornar-se com a toilette apropriada a cada ocasião e nisso manifesta o seu superior bom gosto, decoro e elegância de traje!

hermes

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Re: Politicamente correcto
« Responder #246 em: 2017-11-20 18:38:24 »
Acho mal, porque «Senhoras e Senhores», «Ladies and Gentlemen» são formas de expressão social educadas que mostram claramente quanto o sexo feminino é mais apreciável do que o masculino, o que aplaudo. Já o «Portuguesas e Portugueses», «Cidadãs e Cidadãos», «Obrigada e Obrigado», «Presidenta e Presidente» detesto, é politicamente piroso, abomino. Deve dizer-se exclusivamente o termo masculino.
Já agora, presidente já é igual para ambos os géneros como a maioria das palavras terminadas em "e", pelo que sempre foi politicamente correta.

Quanto a «Obrigada e Obrigado» só fará sentido para hermafróditas, pois obrigado/a concorda com o sujeito e não com o complemento indireto. Em duas palavras, os homens dizem obrigado e as mulheres dizem obrigada.
« Última modificação: 2017-11-20 18:46:00 por hermes »
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #247 em: 2017-11-20 19:40:14 »
Acho  «obrigada» piroso. Uma mulher não deve ser obrigada, deve agradecer «obrigado». No Porto, «obrigada» é parolice citadina.

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Re: Politicamente correcto
« Responder #248 em: 2017-11-21 08:59:43 »
utilizar o "obrigada" é uma regra do português.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re: Politicamente correcto
« Responder #249 em: 2017-11-21 14:52:41 »
utilizar o "obrigada" é uma regra do português.

Há portuguesas no Porto,
mas são pirosas.

Zenith

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Re: Politicamente correcto
« Responder #250 em: 2017-11-21 15:06:20 »
As formas de agradecimento nas diferentes línguas são em geral contracções de frases formais mais ou menos longas a expressar agradecimento que depois com o tempo ficaram redusidas a uma palavra.
Em português suponho que a frase original deveria ser qq coisa do tipo "estou-vos muito obrigado" e com tempo ficou apenas "obrigado" ou "obrigada". Na fórmula original para ser dita correctamente seria necessário por o "a" para feminino.
Essa expressão embora não tenha derivado para a palavra única de agradecimento existe em francês onde não no dia a dia mas na literatura mais antiga se vê com alguma frequência "Je vous suis très obligé" e em inglês " I am much obliged to you".
Em inglês não foi o "obliged" que vingou mas a contracção de outra frase formal a expressar agradecimanto que era "I will think of you in may prayers".
Ficou só "Thank you" possivelmente porque no inglês antigo "think" ainda soasse com "thank".

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Re: Politicamente correcto
« Responder #251 em: 2017-11-21 15:28:43 »
E eu a pensar que vinha do japonês Arigatô... sempre a aprender.

Por que dizemos ‘obrigado’ quando agradecemos?

Palavras japonesas de origem portuguesa
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Politicamente correcto
« Responder #252 em: 2017-11-21 19:40:00 »
As formas de agradecimento nas diferentes línguas são em geral contracções de frases formais mais ou menos longas a expressar agradecimento que depois com o tempo ficaram redusidas a uma palavra.
Em português suponho que a frase original deveria ser qq coisa do tipo "estou-vos muito obrigado" e com tempo ficou apenas "obrigado" ou "obrigada". Na fórmula original para ser dita correctamente seria necessário por o "a" para feminino.
Essa expressão embora não tenha derivado para a palavra única de agradecimento existe em francês onde não no dia a dia mas na literatura mais antiga se vê com alguma frequência "Je vous suis très obligé" e em inglês " I am much obliged to you".
Em inglês não foi o "obliged" que vingou mas a contracção de outra frase formal a expressar agradecimanto que era "I will think of you in may prayers".
Ficou só "Thank you" possivelmente porque no inglês antigo "think" ainda soasse com "thank".


Já uma vez li ou ouvi uma explicação como a do "estou-vos muito obrigado", mas era mais comprida! Talvez por esse tido de troca de grandes favores se operasse vulgarmente entre homens, é natural que apenas imperasse o «obrigado» masculino. Soa-me bem, uma mulher dizer «obrigado» em vez de «obrigada»; associo autenticidade e seriedade ao primeiro agradecimento, e quanto ao segundo, não o compreendo sequer, «obrigada»? mas 'obrigada' a quê!? Não gosto de ouvir, mas claro se todas o usarem só me restará a saudade da emoção de um «obrigado» de mulher!

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Re: Politicamente correcto
« Responder #253 em: 2017-11-22 09:02:48 »
Uma mulher a dizer obrigado está gramaticalmente errado. É a mesma coisa que dizer "presidenta".
Nem a minha avó dizia "obrigado", por isso não sei de onde vem essa teoria.
« Última modificação: 2017-11-22 09:03:30 por Local »
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Politicamente correcto
« Responder #254 em: 2017-11-22 12:07:45 »
Não é uma 'ideia inata' na minha cabeça.
Vem-me do Porto, de certeza.

Lá ouvia «obrigada» e «obrigado» por parte de mulheres.
Apreciava mais e soava-me mais dignamente quando diziam «obrigado».

Zenith

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Re: Politicamente correcto
« Responder #255 em: 2017-11-22 15:00:58 »
Na verdade acho que o vbm tem alguma razão.
A origem da palavra obrigado (a) tem origem numa frase formal tipo "estou-vos muito obrigado" ou qq de mais pomposo como o vbm se recorda de ler.
Dessa frase pomposa o que passou para a população em geral foi o som da palavra "obrigado" e como a maioria das pessoas era analfabeta não havia capacidade crítica para distinguir se isso era um substantivo ou se é adjectivo e tem de existir concordância nominal.
Na minha infância as mulheres mais velhas analfabetas diziam "obrigado" e penso que gerações que já frequentaram escola  deveriam ser corrigidas pelos professores para dizer "obrigada" e com massificação da educação as mulheres passaram a dizer "obrigada".
Na verdade de se em quando ainda se ouve "o meu obrigado" em que palavra é considerada explicitamente como substantivo e não adjectivo e se for mulher a dizer não muda.
A ser assim a palavra "obrigado" já tinha passado a substantivo e a passagem a "obrigada" foi uma reacção educacional.
Acho que mulheres devem poder usar o que quiserem (povo é que faz a lingua) sem correrem risco de serem chamadas de analfabetas  ;D

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Re: Politicamente correcto
« Responder #256 em: 2017-11-22 15:11:01 »
e as mulheres não poderiam dizer "estou-vos muito obrigada"?

Acho que o link que coloquei explica bem essa variação
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Zel

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Re: Politicamente correcto
« Responder #259 em: 2017-11-25 21:40:26 »