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Autor Tópico: Portugal Positivo  (Lida 143764 vezes)

Gama

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Portugal Positivo
« em: 2012-08-04 00:53:12 »
Havia um tópico, que não me recordo bem do nome, ... Coisas positivas.... etc.. que se faz em POrtugal...
Se alguém se lembrar poderia o Inc. alterar o nome do tópico...

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Dez projectos inovadores que conquistaram o mercado global
António de Albuquerque   
30/07/12 14:45
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ActualSales está em 30 países
A ActualSales, criada em 2006, integra os conceitos de agência de meios, agência de ‘design' e agência de vendas em plataforma electrónica e desenvolve campanhas de webmarketing em mais de 30 países. A empresa tem escritórios em Lisboa, Madrid, São Paulo e Cidade do México. A aposta permanentemente na inovação para conquistar novos clientes é a estratégia dos gestores. Empresas financeiras, de distribuição, logística entre outras fazem parte do portfolio de clientes que para os seus gestores cada cliente necessita de um novo projecto de vendas. Os gestores assumem que perante um novo desafio o principal objectivo é ajudar a fidelizar e conquistar novos consumidores.

BERD inova e vende desde os EUA à Rússia
Tudo começou na da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) com o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora, a OPS. Depois houve o registo da patente e a criação da empresa BERD - Projecto, Investigação e Engenharia de Pontes que hoje marca presença em 65 países e que permitiu à empresa conquistar uma carteira de projectos dos Estados Unidos à Rússia. Inspirado no funcionamento do músculo humano, o sistema OPS é um sistema de pré-esforço adaptativo automático que tem a capacidade de aumentar e diminuir as forças de pré-esforço de acordo com a variação da carga, por exemplo em pontes.

Bluepharma aposta na internacionalização
Bluepharma é uma farmacêutica, de capitais portugueses, com sede em Coimbra. Iniciou a sua actividade com um volume de negócios de 3,1 milhões de euros, prevendo-se que em 2012 atinja uma facturação de 30 milhões de euros, graças à sua estratégia de inovação e internacionalização. Exporta para cerca de 30 países e mais de 70% da produção é destinada ao mercado internacional. No final do ano passado, assinou um acordo para o desenvolvimento de dez novos produtos com uma multinacional farmacêutica alemã, o que implica um investimento de 50 milhões de euros e a criação de 100 postos de trabalho no prazo de cinco anos. A Bluepharma venceu o Prémio INSEAD 2012.

Critical Software está no espaço
A Critical Software é uma empresa conhecida no seu sector, tanto em Portugal com no estrangeiro. Desenvolve soluções de engenharia informática para o sector aeroespacial, de defesa e segurança do território, para a indústria, telecomunicações, energia e o sector financeiro. Os seus principais clientes são as Forças Armadas Portuguesas e do Reino Unido, a AgustaWestland, a EADS e Thales Alenia Space, as agências espaciais norte-americana, europeia, chinesa e japonesa, entre outras. Tem escritórios em Coimbra, Lisboa e Porto (Portugal) e Chicago (EUA), Southampton (Reino Unido), de São Paulo (Brasil), Maputo (Moçambique), Luanda (Angola) e Singapura (Singapura).

Derovo revoluciona o mercado do ovo
A Derovo é uma referência internacional de sucesso na introdução de novas soluções e conceitos alimentares. A empresa dedica-se à produção e comercialização de produtos de ovo e revoluciona o mercado com a criação de produtos diferenciados como o ovo líquido pasteurizado - nas versões ovo inteiro, gema e clara -, o ovo em spray, e o ovo cozido. Produtos inovadores a que se juntam outros como a salsicha de ovo e a Fullprotein, uma bebida proteica de clara de ovo e fruta. A Derovo já conta com três unidades industrias na Península Ibérica, no Pombal, Mieres e em Madrid. Foi uma das empresas distinguida com Prémio PME Inovação COTEC 2011.

Calçado Lavoro aposta na inovação
Com 15 patentes, a Lavoro é a terceira empresa portuguesa com maior número de registos e a única não farmacêutica nas primeiras quatro posições do ‘ranking' luso das indústrias mais inovadoras. Cerca de 90% da sua produção destina-se ao estrangeiro e entre os seus clientes fixos encontra-se a Mercedes, Coca-Cola, IBM e a Ryanair. Foi distinguida na categoria de calçado técnico dos Prémios GAPI | Inovação Tecnológica 2011, tidos como os Óscares do sector do calçado. A empresa conta com um Centro de Estudos de Biomecânica (SPODOS), que visa o desenvolvimento e o aconselhamento técnico do calçado mais adequado a cada tipologia de ambiente de trabalho.

O ‘vinho científico' da Dão Sul
O grupo empresarial do ramo vinícola produz todos os anos vinhos de alta qualidade, premiados e publicamente reconhecidos. Só este ano, arrecadou 40 galardões em concursos nacionais e internacionais. A Global Wines/Dão Sul possui um departamento de investigação e desenvolvimento responsável pela gestão dos projectos de investigação dentro da empresa. Este departamento é constituído por um administrador, um responsável do departamento e por quadros técnicos da empresa. Actualmente estão a decorrer vários projectos de investigação, nomeadamente o desenvolvimento de um kit para testar a estabilidade dos vinhos em adega, o desenvolvimento de um modelo matemático para a previsão da data de vindima.

Porta-bebés da Polisport é líder europeu
A Polisport produz acessórios para veículos de duas rodas, sendo uma marca mundialmente conhecida de kits plásticos para motos e equipamentos de segurança. É responsável pela criação da tecnologia IPD, que permite a decoração de peças plásticas através de um processo de moldagem por injecção e dispensa a utilização de autocolantes decorativos. Exporta 97% da sua produção para cerca de 70 países situados nos cinco continentes. A Polisport é líder europeu na venda de porta-bebés de bicicleta. No sector das motos a empresa produz peças plásticas para primeiro equipamento e também para o ‘after-market' através de peças de substituição e partes de marca própria, produzindo ainda cadeiras de bebé para automóvel para um único cliente do Norte da Europa.

SISCOG foi a primeira a exportar software
Com recurso à inteligência artificial, a SISCOG desenvolve soluções de software para o planeamento e gestão de recursos de empresas de transportes. Cerca de 85% do volume de facturação resulta de vendas no mercado internacional. Aliás, o projecto de internacionalização da SISCOG teve também início com a fundação da empresa, tendo sido a primeira empresa a exportar software. Entre os seus clientes encontram-se a quase totalidade dos operadores de caminhos-de-ferro da Escandinávia, como na Finlândia e Holanda, a CP, o Metropolitano de Londres e a Brisa. A inovação está na base do sucesso da empresa, que foi galardoada em 1997 e em 2003 com o prémio de inovação atribuído pela American Association for Artificial Intelligence.

Vipex vende 95% para o exterior
A Vipex produz componentes de plástico em parceria com o cliente gerou uma facturação de oito milhões de euros em 2011, mais 10,5% do que em 2010, e obteve um lucro de 154 mil euros. Da produção total, cerca de 95% é destinado à exportação. França, Alemanha e Tunísia são os principais mercados externos, mas os gestores já estão de olhos postos em Espanha, Suíça e no Benelux, países onde antecipa boas oportunidades. A empresa, que integra a rede PME Inovação Cotec desde Dezembro, desenvolve componentes de plástico em parceria com os seus clientes, fabricando por ano 400 mil máquinas de café para a Krups e Rowenta. A Vipex foi criada em 1970, é presidida pelo português Olímpio Caseiro.

Trabalho publicado na edição de 25 de Julho de 2012 do Diário Económico
Impossível
Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.
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Re:Sucesso Empresarial na Exportação
« Responder #1 em: 2012-08-06 17:53:45 »
 Douro Azul encomenda 2 navios-hotel aos Estaleiros de Aveiro
2012-08-06 15:10:30

A empresa Douro Azul deverá encomendar aos Estaleiros da Navalria, em Aveiro, a construção de mais dois navios-hotel, projeto global superior a 37,3 milhões de euros, alvo de incentivos financeiros do Estado.

Este apoio será assegurado pela Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e, segundo o despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República, prevê a construção de três novos navios-hotel e dois barcos rabelos «para cruzeiros turísticos e circuitos ao longo do rio Douro e nas margens das cidades do Porto e Vila Nova de Gaia».

Atualmente, a Douro Azul já tem em construção nos estaleiros da Navalria dois navios-hotel, um investimento global de 22 milhões de euros, sendo que um destes integra o contrato de apoio agora aprovado.

«Neste momento, o mais lógico é que sejam os estaleiros da Navalria a fazer os próximos [dois] por uma razão de economia de escala. Também pelo excelente trabalho que estão a fazer», explicou à agência Lusa o administrador da Douro Azul.

O primeiro destes dois novos navios-hotel deverá ser encomendado já em setembro, e a entrega dos dois em construção em Aveiro em março de 2013, acrescentou Mário Ferreira.

Recorde-se que até fevereiro de 2012 a Douro Azul negociou a construção do primeiro par destes navios nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, mas que acabou por não se concretizar.

Com este investimento, que será apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, o grupo Douro Azul prevê a criação de 165 postos de trabalho diretos, para além da manutenção dos atuais 147, além do alcance, «no termo da vigência do contrato, de um valor acumulado de prestação de serviços de cerca de 394,3 milhões de euros».

«Este projeto visa a consolidação de um segmento de mercado considerado de alto valor acrescentado, através de uma oferta de serviços totalmente inovadora», lê-se ainda no despacho hoje publicado.

No documento, sublinha-se tratar-se de um investimento contribuirá para a «projeção nacional e internacional da região do Douro e para o aumento das receitas e das exportações no setor do turismo».

Além disso, prevê «um impacto significativo» na criação de valor «a montante e a jusante da empresa», nomeadamente «no que respeita às atividades turísticas complementares da oferta de cruzeiros fluviais e ao setor da construção naval».

Contempla ainda a construção de dois barcos rabelos, cujo projeto de execução foi encomendado pela Douro Azul ao Arsenal do Alfeite.

«Poderão ser construídos noutro estaleiro português, se forem competitivos».

Segundo a Douro Azul, uma das condições deste contrato de apoio agora aprovado é um apoio de 45% do total do investimento, «reembolsável a uma taxa de 0 por cento por um prazo de 10 anos».

«Todos os navios são para operar em Portugal, para aumentar e responder à muita procura internacional, alemã, inglesa, norte-americana, holandesa, suíça, austríaca e muitos australianos», acrescentou Mário Ferreira.

O administrador da Douro Azul compara ainda o potencial do rio Douro com o do rio Nilo (Egito), para justificar este investimento.

«Operam 290 cruzeiros deste género em 300 quilómetros navegáveis do rio Nilo, aqui no Douro temos 215 quilómetros navegáveis e só oito navios-hotel em operação. Com mais quatro passarão a ser 12».

Diário Digital com Lusa
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Portugal Positivo
« Responder #2 em: 2012-11-13 13:22:48 »
Mesmo um país pequeno como Portugal por vezes tem muito mais coisas a acontecer do que imaginamos. Ainda há quem investa.
 
Por exemplo, com tanta conversa de carros eléctricos, quem diria que existia um Português que estava efectivamente a ser comercializado em vez de ser apenas um sonho de alguém...
 
Futi - primeiro carro eléctrico Português
http://www.veiculoselectricospt.com/futi-primeiro-carro-electrico-portugues/
 
(a decoração não é das melhores ...  :D )
 
 
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Re:Portugal Positivo
« Responder #3 em: 2012-11-13 13:29:28 »
De notar que uma iniciativa destas (Futi) tem bastante probabilidade de falhar. É no entanto louvável que alguém ainda tente.
 
(a menos que tenha sido feito para arrecadar uns subsídios ...  :D )
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Re:Portugal Positivo
« Responder #4 em: 2012-11-13 13:30:41 »
O site deles não funciona. E faz falta um porta bagagens.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Portugal Positivo
« Responder #5 em: 2012-11-13 14:40:22 »
Uma boa notícia (pareceria impensável há 2 ou 3 anos atrás)

Citar
Défice externo será anulado neste ano e passará a excedente de 4% em 2013

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=589955
« Última modificação: 2012-11-13 15:04:26 por itg00022289 »

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Re:Portugal Positivo
« Responder #6 em: 2012-11-13 14:43:14 »
Uma boa notícia (parceria impensável há 2 ou 3 anos atrás)

Citar
Défice externo será anulado neste ano e passará a excedente de 4% em 2013

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=589955



É pá, eu já só vou ao negocios, para ler os comentários ás noticias.
É um fartote de rir.
« Última modificação: 2012-11-13 14:44:43 por tatankov »
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camisa

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Re:Portugal Positivo
« Responder #7 em: 2012-11-13 14:50:31 »
Por exemplo, com tanta conversa de carros eléctricos, quem diria que existia um Português que estava efectivamente a ser comercializado em vez de ser apenas um sonho de alguém...

conheço o empresário, tem todo um passado ligado à indústria de moldes, é aqui da minha terra, o projecto é interessante mas realmente não sei qual será a viabilidade económica

sei que o carro já foi homologado e já me cruzei com 2 ou 3 por aqui na estrada (de funcionários da empresa) e já está à venda ao público

realmente parece faltar-lhe promoção, não se encontra um site nem nada...
« Última modificação: 2012-11-13 14:53:05 por camisa »

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Re:Portugal Positivo
« Responder #8 em: 2012-11-13 15:02:54 »
Uma coisa que se nota é que o empreendorismo por vezes parece estar concentrado nas mesmas pessoas.
 
Uma hipótese que Portugal (o Estado Português) poderia usar para alimentar o empreendorismo, seria escolher empresas já exportadoras e lucrativas, e perguntar-lhes se existiam linhas de negócio em que estivessem dispostas a investir, sendo que no caso de o fazerem o Estado ficaria com 49% da venture e a empresa com 51% (sem colocar nenhum capital). Isto seria estruturalmente diferente do que existe hoje, em que são as empresas a candidatar-se, não são necessariamente lucrativas à partida nem são necessariamente exportadoras.
 
A possibilidade de fraude e corrupção em programas em que o Estado dá subsídios está sempre presente mas seria mitigada pela necessidade de se apoiar só quem já tinha provas concretas dadas devido aos lucros (acompanhados de impostos). Claro que idealmente um programa destes deveria ser dirigido por alguém de grande integridade. Não seria necessária uma estrutura de grande porte porque a ideia não seriam as empresas submeterem projectos para serem avaliados, e toda a implementação e controlo ficaria por conta das empresas que aceitassem avançar.
 
No fundo seria uma variante de algo que eu já disse no passado - os únicos subsídios que faz sentido atribuir (no caso de empresas) são a empresas que tenham lucro na sua actividade. Atribuir subsídios para manter actividades falhadas é pagar para ser pobre.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #9 em: 2012-11-13 15:07:29 »
Uma coisa que se nota é que o empreendorismo por vezes parece estar concentrado nas mesmas pessoas.
 
Uma hipótese que Portugal (o Estado Português) poderia usar para alimentar o empreendorismo, seria escolher empresas já exportadoras e lucrativas, e perguntar-lhes se existiam linhas de negócio em que estivessem dispostas a investir, sendo que no caso de o fazerem o Estado ficaria com 49% da venture e a empresa com 51% (sem colocar nenhum capital). Isto seria estruturalmente diferente do que existe hoje, em que são as empresas a candidatar-se, não são necessariamente lucrativas à partida nem são necessariamente exportadoras.
 
A possibilidade de fraude e corrupção em programas em que o Estado dá subsídios está sempre presente mas seria mitigada pela necessidade de se apoiar só quem já tinha provas concretas dadas devido aos lucros (acompanhados de impostos). Claro que idealmente um programa destes deveria ser dirigido por alguém de grande integridade. Não seria necessária uma estrutura de grande porte porque a ideia não seriam as empresas submeterem projectos para serem avaliados, e toda a implementação e controlo ficaria por conta das empresas que aceitassem avançar.
 
No fundo seria uma variante de algo que eu já disse no passado - os únicos subsídios que faz sentido atribuir (no caso de empresas) são a empresas que tenham lucro na sua actividade. Atribuir subsídios para manter actividades falhadas é pagar para ser pobre.

Uma iniciative dessas esbarrava na gorda alemã, não?
« Última modificação: 2012-11-13 15:07:41 por tatankov »
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Re:Portugal Positivo
« Responder #10 em: 2012-11-13 15:11:20 »
É difícil dizer, não seria um subsídio directo a uma actividade produtiva. Seria sim e apenas uma entrada de capital em várias actividades, em que o Estado entraria com 100% do capital mas ficaria com apenas 49% do dito e inclusive com a intenção de mais tarde abandonar a posição via venda, assim que a actividade estivesse estabelecida.
 
A grande vantagem é que isto reduziria muito (a zero ...) o risco de investimento a quem já tivesse antes dado provas da capacidade de produzir e vender lucrativamente.
 
Mais difícil seria convencer as pessoas de que isto não era dar dinheiro aos porcos capitalistas dos patrões, porque efectivamente seria mesmo isso, apenas com a diferença que se daria apenas a porcos capitalistas lucrativos, produtivos, exportadores e que estivessem disponíveis para tentar produzir mais de algo para o qual existisse mercado.
« Última modificação: 2012-11-13 15:12:56 por Incognitus »
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Re:Portugal Positivo
« Responder #11 em: 2012-11-13 16:09:28 »
É difícil dizer, não seria um subsídio directo a uma actividade produtiva. Seria sim e apenas uma entrada de capital em várias actividades, em que o Estado entraria com 100% do capital mas ficaria com apenas 49% do dito e inclusive com a intenção de mais tarde abandonar a posição via venda, assim que a actividade estivesse estabelecida.
 
A grande vantagem é que isto reduziria muito (a zero ...) o risco de investimento a quem já tivesse antes dado provas da capacidade de produzir e vender lucrativamente.
 
Mais difícil seria convencer as pessoas de que isto não era dar dinheiro aos porcos capitalistas dos patrões, porque efectivamente seria mesmo isso, apenas com a diferença que se daria apenas a porcos capitalistas lucrativos, produtivos, exportadores e que estivessem disponíveis para tentar produzir mais de algo para o qual existisse mercado.

mas ... mas ... queres matar o Jeronimo de Sousa e o Arménio Carlos de ataque cardiaco
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Re:Portugal Positivo
« Responder #12 em: 2012-11-13 16:12:50 »
eu não concordo Inc., tudo o que é subsídios são formas de distorcer a concorrência, os subsídios deviam acabar imediatamente

O que o Estado poderia fazer para ajudar as empresas seria baixar os impostos, cortar na burocracia e agilizar a justiça, o resto têm de ser as empresas a fazer

Automek

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Re:Portugal Positivo
« Responder #13 em: 2012-11-13 16:22:01 »
É difícil dizer, não seria um subsídio directo a uma actividade produtiva. Seria sim e apenas uma entrada de capital em várias actividades, em que o Estado entraria com 100% do capital mas ficaria com apenas 49% do dito e inclusive com a intenção de mais tarde abandonar a posição via venda, assim que a actividade estivesse estabelecida.
 
A grande vantagem é que isto reduziria muito (a zero ...) o risco de investimento a quem já tivesse antes dado provas da capacidade de produzir e vender lucrativamente.

Eu não gosto de subsídios, mas a fazer uma coisa destas talvez modificasse ligeiramente a tua ideia Inc, pedindo uma contribuição por parte da empresa de 30% ou algo assim. Isto porque, se for assim, a empresa tem mais interesse em acompanhar o projecto e que o mesmo resulte uma vez que tem dinheiro lá enterrado. Se a contribuição for zero poderá incentivar projectos nos quais a empresa nunca iria meter dinheiro, mesmo que o tivesse, por serem de rentabilidade dificil de atingir e / ou muito arriscados.

hermes

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Re:Portugal Positivo
« Responder #14 em: 2012-11-13 16:40:44 »
É difícil dizer, não seria um subsídio directo a uma actividade produtiva. Seria sim e apenas uma entrada de capital em várias actividades, em que o Estado entraria com 100% do capital mas ficaria com apenas 49% do dito e inclusive com a intenção de mais tarde abandonar a posição via venda, assim que a actividade estivesse estabelecida.
 
A grande vantagem é que isto reduziria muito (a zero ...) o risco de investimento a quem já tivesse antes dado provas da capacidade de produzir e vender lucrativamente.

Eu não gosto de subsídios, mas a fazer uma coisa destas talvez modificasse ligeiramente a tua ideia Inc, pedindo uma contribuição por parte da empresa de 30% ou algo assim. Isto porque, se for assim, a empresa tem mais interesse em acompanhar o projecto e que o mesmo resulte uma vez que tem dinheiro lá enterrado. Se a contribuição for zero poderá incentivar projectos nos quais a empresa nunca iria meter dinheiro, mesmo que o tivesse, por serem de rentabilidade dificil de atingir e / ou muito arriscados.

Concordo, assim deixa de ser tão atraente submeter projectos faz de conta.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #15 em: 2012-11-13 16:57:46 »
É difícil dizer, não seria um subsídio directo a uma actividade produtiva. Seria sim e apenas uma entrada de capital em várias actividades, em que o Estado entraria com 100% do capital mas ficaria com apenas 49% do dito e inclusive com a intenção de mais tarde abandonar a posição via venda, assim que a actividade estivesse estabelecida.
 
A grande vantagem é que isto reduziria muito (a zero ...) o risco de investimento a quem já tivesse antes dado provas da capacidade de produzir e vender lucrativamente.

Eu não gosto de subsídios, mas a fazer uma coisa destas talvez modificasse ligeiramente a tua ideia Inc, pedindo uma contribuição por parte da empresa de 30% ou algo assim. Isto porque, se for assim, a empresa tem mais interesse em acompanhar o projecto e que o mesmo resulte uma vez que tem dinheiro lá enterrado. Se a contribuição for zero poderá incentivar projectos nos quais a empresa nunca iria meter dinheiro, mesmo que o tivesse, por serem de rentabilidade dificil de atingir e / ou muito arriscados.

Concordo, assim deixa de ser tão atraente submeter projectos faz de conta.

 
Não seriam as empresas a submeter projectos, seriam aproximadas pelo Estado. Apenas empresas lucrativas, exportadoras. E o controlo deveria ser mínimo, grande autonomia e ausência de burocracias. Sim, existiriam uma série de projectos que não dariam em nada.
 
E sim, provavelmente era melhor terem uma contribuição simbólica.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #16 em: 2012-11-13 16:59:27 »
O melhor seria criar essas beneces para todos e os melhores projectos conseguiriam vingar.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #17 em: 2012-11-13 17:03:30 »
O melhor seria criar essas beneces para todos e os melhores projectos conseguiriam vingar.

Nem por isso, só seria possível ter uma coisa razoavelmente livre, sem burocracias e sem controlos, e também com menor corrupção, se à partida limitasses bastante quem teria acesso a empresas e pessoas com probabilidade de fazer algo de jeito, pelo facto de já o estarem a fazer (ao já estarem a produzir, a ter lucros e a pagar impostos).
 
Os "melhores projectos" é uma coisa subjectiva e razoavelmente impossível de determinar à priori. E ter as empresas a candidatar-se também é meio caminho andado para a corrupção, fraude e aproveitamento. De resto isso dos melhores projectos é algo que já existe hoje em QREN's e afins e quase só dá porcaria.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #18 em: 2012-11-13 17:10:14 »
Citar
Apenas empresas lucrativas, exportadoras. E o controlo deveria ser mínimo, grande autonomia e ausência de burocracias
Isso seria descriminar umas empresas em relação a outras, que não é um bom princípio. Penso que apoiar as empresas com baixa burocracia e impostos baixos já são uma ajuda importante.

Citar
Os "melhores projectos" é uma coisa subjectiva e razoavelmente impossível de determinar à priori
Os melhores projectos são determinados à posteriori, pois são aqueles que se mantêm lucrativos.
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Re:Portugal Positivo
« Responder #19 em: 2012-11-13 17:23:47 »
Uma coisa que se nota é que o empreendorismo por vezes parece estar concentrado nas mesmas pessoas.
 
Uma hipótese que Portugal (o Estado Português) poderia usar para alimentar o empreendorismo, seria escolher empresas já exportadoras e lucrativas, e perguntar-lhes se existiam linhas de negócio em que estivessem dispostas a investir, sendo que no caso de o fazerem o Estado ficaria com 49% da venture e a empresa com 51% (sem colocar nenhum capital). Isto seria estruturalmente diferente do que existe hoje, em que são as empresas a candidatar-se, não são necessariamente lucrativas à partida nem são necessariamente exportadoras.
 
A possibilidade de fraude e corrupção em programas em que o Estado dá subsídios está sempre presente mas seria mitigada pela necessidade de se apoiar só quem já tinha provas concretas dadas devido aos lucros (acompanhados de impostos). Claro que idealmente um programa destes deveria ser dirigido por alguém de grande integridade. Não seria necessária uma estrutura de grande porte porque a ideia não seriam as empresas submeterem projectos para serem avaliados, e toda a implementação e controlo ficaria por conta das empresas que aceitassem avançar.
 
No fundo seria uma variante de algo que eu já disse no passado - os únicos subsídios que faz sentido atribuir (no caso de empresas) são a empresas que tenham lucro na sua actividade. Atribuir subsídios para manter actividades falhadas é pagar para ser pobre.

não me parece que empresas "exportadoras e lucrativas" queiram ter projectos em parceria com o Estado.
A fool with a tool is still a fool.