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Autor Tópico: Portugal Positivo  (Lida 143743 vezes)

vbm

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Re: Portugal Positivo
« Responder #580 em: 2017-10-15 10:46:36 »
-:)

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Re: Portugal Positivo
« Responder #581 em: 2017-10-24 19:37:28 »
Citar
“Todos falam da pequena nação marítima”: Portugal entre os países a visitar em 2018

Maior editora do mundo de guias de viagem coloca o nosso país como um destino que deve ser incluído na rota de qualquer viajante em 2018. Saiba os argumentos da Lonely Planet.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/todos-falam-da-pequena-nacao-maritima-portugal-entre-os-paises-a-visitar-em-2018-224974

Incognitus

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Re: Portugal Positivo
« Responder #582 em: 2017-11-07 14:52:00 »

"Maioria dos imóveis convertidos em alojamento local estava desocupada"
https://www.noticiasaominuto.com/economia/895082/maioria-dos-imoveis-convertidos-em-alojamento-local-estava-desocupada

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O contributo de Madonna é semelhante ao de uma campanha de promoção eficaz, que atinge um público à escala global
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

JoaoAP

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Re: Portugal Positivo
« Responder #583 em: 2017-11-12 14:44:51 »
Há muitos anos, muitos... de se começar a falar e a trabalhar na nevegabilidade do rio Douro.
A dar frutos.
A outra para mim... que também começou há muitos anos atrás... foi o Alqueva.

Estas sim, bons investimentos do estado.
Agora... as últimas do Sócrates e outras... enfim...

Citar
Via Navegável do Douro pode chegar ao milhão de turistas em 2017
No Douro, o ano de 2017 deverá terminar com um recorde de passageiros nas embarcações que cruzam o rio: um milhão. E os empresários da região estão a ganhar com isso.
...
Em 1990, com a inauguração dos 210 quilómetros da Via Navegável do Douro abriu-se uma porta ao turismo que foi, depois, consolidada em 2001 com a classificação do Douro como Património Mundial da UNESCO.

Resto aqui: sapo.pt
« Última modificação: 2017-11-12 14:45:22 por JoaoAP »

vbm

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Re: Portugal Positivo
« Responder #584 em: 2017-11-12 16:59:05 »
Jamais navegarei no Douro navegável!

O barco submete os passageiros
à música infernal do folclore
duriense! É um castigo
a que jamais me
sujeitarei!


Que parolice!

vbm

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Re: Portugal Positivo
« Responder #585 em: 2017-11-12 17:01:54 »
Evidentemente:

Nenhuma música deveria ouvir-se
para além do som ou silêncio
do rio e da natureza.

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Re: Portugal Positivo
« Responder #586 em: 2017-11-16 19:23:02 »
Citar
Portugal é assim tão pequeno? Estes mapas mostram o nosso verdadeiro tamanho

A projeção Mercator, com que os mapas foram desenhados, faz com que alguns países pareçam maiores ou mais pequenos do que realmente são. Mas há um site que mostra o seu verdadeiro tamanho.


http://observador.pt/2017/11/16/portugal-e-assim-tao-pequeno-estes-mapas-mostram-o-nosso-verdadeiro-tamanho/

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Re: Portugal Positivo
« Responder #587 em: 2017-11-23 16:01:11 »
Citar
Produção do T-Roc obriga Autoeuropa a contratar 2500 pessoas
 
A Autoeuropa vai contratar mais 400 trabalhadores no próximo ano se o novo horário de funcionamento ao fim de semana for aprovado na quarta-feira, adiantou a Comissão de Trabalhadores da empresa ao DN/Dinheiro Vivo, depois das reuniões mantidas com a administração.

Vão juntar-se aos 2120 funcionários já recrutados desde o início do ano. Ao todo, a produção do novo T-Roc irá levar a fábrica de Palmela a criar mais 2500 novos empregos, elevando o número de trabalhadores a um total de 5800. E o impacto do novo SUV não se esgota aqui: as fornecedoras da Autoeuropa também vão contratar mais pessoas se o novo acordo for aprovado.

https://www.msn.com/pt-pt/financas/emprego-e-carreira/produ%C3%A7%C3%A3o-do-t-roc-obriga-autoeuropa-a-contratar-2500-pessoas/ar-BBFw2o7?li=BBoPRml&ocid=mailsignout

jeab

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Re: Portugal Positivo
« Responder #588 em: 2017-11-24 15:48:06 »
Citar
Produção do T-Roc obriga Autoeuropa a contratar 2500 pessoas
 
A Autoeuropa vai contratar mais 400 trabalhadores no próximo ano se o novo horário de funcionamento ao fim de semana for aprovado na quarta-feira, adiantou a Comissão de Trabalhadores da empresa ao DN/Dinheiro Vivo, depois das reuniões mantidas com a administração.

Vão juntar-se aos 2120 funcionários já recrutados desde o início do ano. Ao todo, a produção do novo T-Roc irá levar a fábrica de Palmela a criar mais 2500 novos empregos, elevando o número de trabalhadores a um total de 5800. E o impacto do novo SUV não se esgota aqui: as fornecedoras da Autoeuropa também vão contratar mais pessoas se o novo acordo for aprovado.

https://www.msn.com/pt-pt/financas/emprego-e-carreira/produ%C3%A7%C3%A3o-do-t-roc-obriga-autoeuropa-a-contratar-2500-pessoas/ar-BBFw2o7?li=BBoPRml&ocid=mailsignout

Aparentemente boas noticias, mas a pagar ordenados brutos de 660 euros, vão se f***** e explorar a mãezinha deles  >:(
a outra comissão de trabalhadores vieram com 170 euros/mês para trabalhar sábados e estes marmelos da nova comissão vêm com 150 euros para sábados e domingos .  São loucos, não vai ser aceite.

à dois anos para a categoria de MP ( manutenção) entrava-se a ganhar 1100 euros agora entra-se igual aos operadores e a toda a gente dos 2100 que entraram este ano  - os 660 euros brutos

Está instituída uma nova classe operária na Tugolândia - a classe dos trabalhadores pobres
« Última modificação: 2017-11-24 15:53:54 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re: Portugal Positivo
« Responder #589 em: 2017-11-24 17:13:33 »
Empregos de baixos salários: nas estatísticas isso é denotado pelo salário mínimo ser quase igual ao salário médio e ao salário mediano! Se alguém tiver esses dados à mão, bem gostava de os ver. O emprego torna-se rígido e o desemprego uma chaga social. Só falta aparecer um  novo karl marx que desenhe como o sistema há-de rebentar.

Vanilla-Swap

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Re: Portugal Positivo
« Responder #590 em: 2017-11-27 15:24:17 »
Já está a vir algum investimento privado para o interior.

Empresa que fabrica fios para a Bugatti investe 25 milhões na Guarda

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/empresa-que-fabrica-fios-para-a-bugatti-investe-25-milhoes-na-guarda?ref=HP_UltimasNoticias

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Re: Portugal Positivo
« Responder #591 em: 2018-01-24 16:37:08 »
Citar
Empresas - Google abre centro de serviços em Portugal

Nova operação permitirá articulação com fornecedores e criará 500 empregos.

https://www.publico.pt/2018/01/24/tecnologia/noticia/google-abre-centro-de-servicos-em-portugal-1800584

Kin2010

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Re: Portugal Positivo
« Responder #592 em: 2018-02-26 21:24:12 »

"Maioria dos imóveis convertidos em alojamento local estava desocupada"
https://www.noticiasaominuto.com/economia/895082/maioria-dos-imoveis-convertidos-em-alojamento-local-estava-desocupada

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O contributo de Madonna é semelhante ao de uma campanha de promoção eficaz, que atinge um público à escala global

Foi esse exactamente o meu caso. Não tive confiança no aluguer tradicional e continuo a não ter. Fiquei muitos anos com aquilo vazio.


Kin2010

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Re: Portugal Positivo
« Responder #593 em: 2018-02-26 21:26:52 »
Citar
Produção do T-Roc obriga Autoeuropa a contratar 2500 pessoas
 
A Autoeuropa vai contratar mais 400 trabalhadores no próximo ano se o novo horário de funcionamento ao fim de semana for aprovado na quarta-feira, adiantou a Comissão de Trabalhadores da empresa ao DN/Dinheiro Vivo, depois das reuniões mantidas com a administração.

Vão juntar-se aos 2120 funcionários já recrutados desde o início do ano. Ao todo, a produção do novo T-Roc irá levar a fábrica de Palmela a criar mais 2500 novos empregos, elevando o número de trabalhadores a um total de 5800. E o impacto do novo SUV não se esgota aqui: as fornecedoras da Autoeuropa também vão contratar mais pessoas se o novo acordo for aprovado.

https://www.msn.com/pt-pt/financas/emprego-e-carreira/produ%C3%A7%C3%A3o-do-t-roc-obriga-autoeuropa-a-contratar-2500-pessoas/ar-BBFw2o7?li=BBoPRml&ocid=mailsignout

Ora, por aqui ficamos a saber que os sindicalistas defendem os interesses dos trabalhadores instalados, mas não querem saber dos interesses daqueles que seriam contratados se um certo acordo fosse avante.


jeab

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Re: Portugal Positivo
« Responder #594 em: 2018-02-27 18:42:14 »
Parece que o maná do Lítio não vai acontecer

Morgan Stanley: Preço do lítio vai cair 45% em três anos

http://www.jornaldenegocios.pt/trading//detalhe/morgan-stanley-preco-do-litio-vai-cair-45-em-tres-anos?ref=DET_Recomendadas_pb
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Odontobovespa

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Re: Portugal Positivo
« Responder #595 em: 2018-04-01 17:09:55 »
'O crescimento aconteceu por termos alterado a política de austeridade'

Para ministro, desempenho de 2,7% do PIB em 2017 é reflexo de uma economia que avança de forma sustentável; indústria se recuperou apostando no luxo

Entrevista com Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia de Portugal

Andrei Netto, enviado especial

01 Abril 2018 | 05h00






LISBOA - O crescimento de Portugal não só é sustentável, como também atesta para a transformação e qualificação da indústria e para a afirmação da economia digital no país. Quem garante é o ministro português da Economia, Manuel Caldeira Cabral. À reportagem, o ministro evocou as razões pelas quais crê que o desempenho do PIB em 2017 não é um acaso. Para ele, a transformação da indústria, que a exemplo da calçadista vem refinando seus produtos para escapar da concorrência de baixo custo da China ou do Vietnã, é uma prova de adaptação.

Da mesma forma, sustenta Caldeira Cabral, a qualidade dos engenheiros e programadores portugueses, somando ao baixo custo da mão de obra e do custo de vida, vem atraindo empresas de tecnologia de fora do país. “Elas encontraram no país uma porta de entrada para a União Europeia, em que tudo funciona tão bem como em qualquer país da UE, mas onde os custos do espaço, da mão de obra e das operações são consideravelmente menores do que na Suíça, Inglaterra ou Alemanha”, afirma. "É um país muito competitivo, com qualidade europeia, segurança jurídica, fiscal e pública, sem os custos dos países mais caros do mundo.”

Andrei Netto, enviado especial

A seguir, a síntese da entrevista concedida ao Estado.







Portugal registrou um crescimento surpreendente em 2017, o maior em 17 anos. O senhor diria que isso aconteceu devido às medidas de austeridade tomadas pelos governos precedentes ou apesar delas?

Eu diria que esse crescimento aconteceu por termos alterado a política de austeridade, que estava reprimindo o crescimento, por uma política fiscal responsável que deu ao mesmo tempo espaço ao crescimento. Não adotamos uma política contracionista por uma expansionista, mas por uma política fiscal e por despesas públicas que deram espaço ao crescimento, que repuseram o rendimento dos funcionários públicos, dos pensionistas. O aumento do salário mínimo, com uma política responsável,  permitiu baixar o déficit público e a dívida pública em 4,7% do PIB, que foi uma baixa importante no nível de endividamento de Portugal.

Mas o nível de dívida pública continuar alarmante.

O nível da dívida pública portuguesa é elevado, mas está diminuindo. É isso que temos programado nos próximos 10 anos: continuar o programa de redução do nível de endividamento. Isso será conseguido de duas maneiras: primeiro conseguindo um saldo primário positivo. O déficit português em 2017 foi 1,3% do PIB. Mas sem juros já é positivo. Portanto estamos a gastar menos do que o que arrecadamos em impostos, e com isso estamos conseguindo reduzir o nível de endividamento. Por outro lado, registramos em 2017 um crescimento acima da média da União Europeia, e especialmente interessante porque foi puxado pelo aumento das exportações. Nesse sentido é sustentável, por ser baseado no crescimento do investimento privado, de 3%, o que significa que as empresas estão confiantes no crescimento no futuro e no aumento das exportações, que estão crescendo acima da média dos mercados internacionais.


Muitos economistas têm dúvida se é um crescimento sustentável. Portugal descobriu um novo modelo de economia?

Sim, é um crescimento sustentável e de longo prazo no sentido de que foi puxado principalmente pelo investimento. Quando há um aumento do investimento hoje, há um aumento do PIB hoje. O investimento cria um aumento da produção nos anos seguintes, com mais capacidade produtiva no país. O crescimento privado de 3% que registramos é muito interessante. Além disso, foi um crescimento muito voltado para o exterior, através das exportações em setores muito diferentes, como o de automóveis -- com aumento de 14% --, de máquinas, 10%, produtos alimentares, com crescimento de 14%, 15%, até 20%, de calçados, de turismo, que cresceu 19,5%, que se assemelha mais ao crescimento de um país asiático. O crescimento das exportações vai continuar ao longo de 2018.

O senhor fala na indústria como se ela estivesse vivendo um renascimento, mas muitos economistas alertam para a fragilidade do setor. Quem está certo?

Eu penso que os números falam por si; quando se vê um aumento de 8% dos investimentos estrangeiros, de 13%-14% do investimento privado de empresas não financeiras, que incluem muitas empresas não industriais, quando se tem um aumento das exportações, penso que a nossa indústria demonstra bem que está muito competitiva. O que aconteceu com a indústria de Portugal foi que, quando começou o processo de maior abertura da União Europeia à globalização e à emergência da China e dos países asiáticos, nos anos 1990 e 2000, seguido do alargamento da UE a novos países, isso criou alguma concorrência à nossa indústria. Nossa indústria e nossas exportações tiveram um momento muito difícil, mas nesses setores houve uma grande reestruturação. Muitos produtos tiveram de evoluir em tecnologia para se tornar competitivos pela inovação.

A importância da economia digital é crescente. Eventos como o Websummit tem afirmado a imagem de Portugal como hub tecnológico na Europa, não?

Portugal evoluiu muito em muitas áreas. Há 20 anos praticamente não exportávamos serviços tecnológicos. Hoje temos muitas empresas de software que fazem produtos para a Nasa, que fazem serviços para as maiores empresas mundiais, ou empresas de nicho que desenvolvem soluções de cybersegurança, de fintech, de informática para plataformas de consumo. Temos hoje um conjunto muito diversificado de empresas de software. Várias dessas empresas estão trabalhando no mercado brasileiro, da América do Sul, dos Estados Unidos e da União Europeia. E há ainda muitas empresas multinacionais que estão abrindo escritórios em Portugal, onde desenvolvem atividades específicas. Uma das últimas a anunciar isso foi a Google, mas a Cisco já está aqui fazendo, Microsoft e várias outras de tecnologia e de engenharia aumentaram sua presença em Portugal.


http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-crescimento-aconteceu-por-termos-alterado-a-politica-de-austeridade,70002249302



Odontobovespa

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Re: Portugal Positivo
« Responder #596 em: 2018-04-01 17:19:50 »
Milagre econômico ressuscita Portugal

Após socorro econômico de € 78 bilhões e da consequente intervenção do FMI, país cresce hoje 2,7%, acima da média da UE, e vira principal destino de startups

Andrei Netto, enviado especial

31 Março 2018 | 19h00




LISBOA - Prontos a aplaudir o jovem Miguel Santo Amaro, fundador da empresa, uma centena de funcionários se espalham todas as quartas-feiras pelo chão, por sofás, bancos, degraus de escadas e até por uma rede que decora o ambiente de trabalho da startup portuguesa Uniplaces. Conectados via web a colegas distribuídos por várias capitais europeias, eles recebem de seu “guru” os dados positivos sobre a performance e as diretrizes para as próximas semanas da companhia, uma das que simboliza a recente retomada econômica em Portugal.

Há seis anos, a empresa, espécie de Airbnb da habitação estudantil, desenvolveu uma plataforma digital que conecta proprietários de imóveis e universitários em busca de alojamento de aluguel durante o ano letivo. A ideia deu certo e atraiu aportes externos, um primeiro de € 3,2 milhões e um segundo de € 24 milhões em 2015. Hoje a companhia já soma 140 funcionários e se tornou referência em seu setor na Europa, atuando em seis países e movimentando € 100 milhões só em transações entre estudantes e proprietários.

O caso de sucesso no universo digital é apenas um em meio a uma economia que, após anos de recessão, reencontrou o caminho da prosperidade. Depois de virar a página do socorro econômico de € 78 bilhões e da consequente intervenção da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Portugal vive hoje seu melhor desempenho econômico em 17 anos. Com o “crescimento do século”, de 2,7% em 2017 – acima da média da UE –, e o desemprego em forte baixa, em 7,8%, o país não só vem saneando suas finanças públicas como já voltou a aumentar o salário mínimo. Antes moribunda, sua indústria cresce e se qualifica, ao mesmo tempo em que o país se transforma em um celeiro europeu de tecnologia, design e economia digital.


Virada. O “milagre português”, como vem sendo chamado por alguns analistas econômicos mais eufóricos, reflete a virada de expectativas em torno do país. Atingido em cheio pela crise financeira global, Portugal enfrentou entre 2010 e 2014 o risco concreto da falência. Com um déficit público de 9,4% do PIB em 2009, o país acabou arrastado pela crise das dívidas da zona do euro, tornando-se, ao lado da Grécia e da Irlanda, um dos primeiros a serem socorridos pelo FMI na história da Europa. De grau de investimento com dívida classificada A+ pela agência Standard & Poor’s, acabou rebaixado a grau especulativo, nível que indica mais risco para investidores.

Nesse período, mais de 500 mil pessoas, a maioria jovens, buscou postos de trabalho no exterior, em países como Brasil, Angola, Moçambique e na Europa.


Hoje a política de austeridade ficou para trás e a situação se inverteu. Em Lisboa, o comércio prospera em bairros como o Alfama, recheado de turistas e também de restaurantes típicos e casas de fado. Na capital e em Porto, as duas maiores cidades do país, prosperam pequenos e médios negócios que vão da cosmética natural e da alimentação orgânica à realidade virtual e à inteligência artificial. Não raro, essas áreas se fundem, como no caso da The Green Beauty Concept, uma loja de cosmética natural via e-commerce criada em 2017 por Joana Parente, 30 anos, na cidade de Estoril. “Havia uma lacuna que podíamos preencher”, conta Joana, referindo-se ao mercado nacional.

Antes fora do mapa da inovação digital, Lisboa tornou-se um dos hubs mais promissores para novas empresas de toda a Europa. Atraídos pela qualidade de vida, pela qualificação da mão de obra jovem e, sobretudo, pelo seu custo baixo, startups têm se mudado para Lisboa. A capital agora atrai grandes eventos do setor de tecnologia, como o WebSummit, espécie de Fórum de Davos do universo digital. De acordo com dados da incubadora público-privada Startup Portugal, 46% dos empregos criados no país estão ligados ao universo das startups. Mais de 2,3 mil estão em incubação nesse momento, e nelas mulheres ocupam postos de liderança em 35% dos casos. “Houve uma oportunidade muito específica durante a crise”, diz Miguel Santo Amaro.

A busca pelo dinamismo também é seguida por multinacionais europeias. Este mês, parte do setor de informática do banco francês Crédit Agricole será transferido para Lisboa, aproveitando uma economia da ordem de 30% nos gastos. Desde 2016, BNP Paribas e Natixis fizeram o mesmo, um movimento também seguido por empresas da Alemanha e do Reino Unido.

A nova fase de Portugal beneficia ainda a “velha indústria”, que também se recupera. Devastado pela concorrência com os países do Leste da Europa e da Ásia, o setor têxtil e de vestuário, um dos mais tradicionais do país, viu quase 50% de suas empresas fecharem entre 2001 e 2009. Hoje reorganizado, bateu seu recorde nas exportações do país – € 5,23 bilhões em 2017.



Ainda há dúvidas se expansão é sustentável



Embora satisfeitos com os números do PIB e do desemprego registrados em 2017, economistas portugueses manifestam dúvidas sobre se o crescimento verificado no ano passado é sustentável. José Reis, diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), elogia a recuperação, mas entende que a economia portuguesa ainda enfrenta desequilíbrios preocupantes e que o tamanho da dívida pública vai continuar a absorver grande parte do crescimento ao longo das próximas décadas.




http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,milagre-economico-ressuscita-portugal,70002249623

Kin2010

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Re: Portugal Positivo
« Responder #597 em: 2018-05-04 02:56:12 »
Bom artigo do Nuno Crato. Não sabia que a performance de Portugal na matemática e outras disciplinas tinha melhorado tanto entre 2000 e 2015. Ele até diz que numa certa medida até ultrapassámos a Finlândia.

https://observador.pt/opiniao/contra-argumentos-nao-ha-factos/

Portanto não havia nada escrito nos genes que nos obrigasse a estar sempre mal.




Reg

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Re: Portugal Positivo
« Responder #598 em: 2018-05-04 03:02:03 »
esses paises norte europa cairam muito nos anos 2000  ate 2012 em especial Sueçia

ha quem diga foi por causa genes dos migrantes...

prioridades sao outras  http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160122_aulas_trato_mulheres_tg

tambem somos o terceiro onde ha mais paz e pouco  mudaram nos ultimos anos  os outros ficaram piores
Países mais pacíficos do mundo: Portugal sobe ao top 3 mundial

em primeiro lugar na UE
« Última modificação: 2018-05-04 03:29:03 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Incognitus

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Re: Portugal Positivo
« Responder #599 em: 2018-05-04 13:10:21 »
A luta que foi contra as medidas desgraçadas que produziram esses resultados.
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