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Autor Tópico: Comunismo  (Lida 61330 vezes)

Zenith

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Re: Comunismo
« Responder #160 em: 2016-12-06 11:05:40 »
Ha quem diga que nos manuais do comunismo, a regra mais basica é que o comunismo é só para os seguidores, aos liders do comunismo, nao se aplica o comunismo.

O Castro era um fdp, todos os cubanos sabiam isso. Tinham era medo de levar um balazio. Alias o gajo ja morreu e ainda ha quem tenha medo dele.

A forbes pelos voistos nao se enganou muito no valor da fortuna dele, já em 2003 ou 2006. Um comuna com 1 biliao de dollars, só visto.

Faz lembra o episódio (talvez seja anedota) que envolve o Almeida Garrett numa das sessões do parlamento no tempo da monarquia

Citar
Um
deputado, de nome Leonel Tavares, fizera algumas
observações a um discurso de Garrett e ele prometeu
vingar-se. Passados dias, entra na Câmara no momento
em que o Leonel dizia :

— Senhor presidente! Dizem todos os publicistas ...
Garrett que não sabia do que se tratava, observava

com veemência :

— «Não são todos!».

O deputado, em sobressalto, emendou :

— «Senhor presidente I Dizem muitos publicistas ...».

— «Também não são muitos», — dizia o interruptor
a caminho da sua cadeira.

A Câmara começara a rir, e o pobre deputado pre-
tendia emendar, dizendo:

— «Senhor presidente ! Dizem alguns publicistas ...».

— «Diga quais são ! — volvia inexorável o impiedoso
Garrett.

O deputado já não sabia o que diser e terminou:

— «Pois bem, Sr. presidente! Digo eu ...».

— «Ah ! Isso agora é outra coisa. O senhor pode
dizer o que quiser ...».

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #161 em: 2016-12-06 12:39:35 »
:))

Incognitus

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Re: Comunismo
« Responder #162 em: 2016-12-06 13:03:48 »
O que quiz dizer é precisamente o que os versos do Aleixo dizem.
Parte-se de uma verdade que hoje toda a gente conhece ou seja Castro traiu a revolução cancelando as eleições prometidas e implantando uma ditadura, para depois fazer uma campanha anti-Castro incidindo sobre uma faceta (pelo que diz o artigo já que não li o livro) à qual nunca ninguém consegue associar uma virtude que é a hipocrisia e dissimulação.
Quanto à comparação contabilista com Batista no nº de mortos ou campo económico, pelo artigo não me pareceu que o livro incida nesses aspectos.
Há uma frase (atribuída a vários) que diz "não há heróis para um criado de quarto". Pelo que li do artigo o livro deve tentar incutir no leitor a mentalidade do criado de quarto (neste caso já não se usa termo valet mas segurança pessoal) para o qual o contacto diário mostra que não existem grandes homens nem heróis. Há mais umas coisas como meter dinheiro no estrangeiro, associação ao tráfico de droga para que o Castro encaixe na perfeição no cliché do ditador latino-americano.

A propsito do dinheiro no estrangeiro, o titulo com milhões de dolares deixou-me perplexo. Então o Castro que devia ter um ego maior que a ilha e certamente devia ouvir falar dos bilioes dos outros ditadores, deixava-se equiparar a um general ou ministro secundários de um qq regime corrupto? :-)

Os mortos e a performance económica são de outras fontes.

Pelos vistos duvidas que o Castro vivia como um marajá (é o que o livro indica). O problema aí é que o livro em questão não é nem de longe o único a dizer isso.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Comunismo
« Responder #163 em: 2016-12-06 13:05:51 »
Zenith, na tua opinião para Cuba e para os cubanos teria sido melhor o Castro ou a continuação do Baptista? Isto com o benefício do conhecimento da performance do Castro (e com o desconhecimento da do Baptista, mas assumindo que continuaria a permitir mercados livres).
« Última modificação: 2016-12-06 13:06:58 por Incognitus »
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Re: Comunismo
« Responder #164 em: 2016-12-06 13:25:17 »
Vale sempre a pena ler a Helena Matos, sobretudo sobre o que é o comunismo por cá.
Do último artigo está aqui um bom resumo sobre o poder do pcp:

Citar
Porque o poder do PCP não está tanto na Assembleia da República mas sim nas portarias de extensão, no enquadramento legal que dá aos sindicatos o monopólio da representação nas negociações dos acordos de trabalho, no controlo dos organogramas das empresas públicas, nas comissões de utentes e representantes, onde os seus quadros, eleitos cada vez por menos pessoas, multiplicam a visibilidade e o poder dos comunistas através de um conglomerado de uniões, federações e confederações. E é desse mundo e de como o perpetuar para lá da vida deste Governo que o PCP trata sob a capa mediaticamente diáfana da luta, da linha, do novo PCP, da direita, dos trabalhadores, dos “faz de conta que são operários” e “intelectuais” (o que intelectualizarão essas almas?) eleitos para o comité central…

Todo o artigo:
Citar
Desta vez não dá
Helena Matos

4/12/2016

Fazer uma coisa e dizer o seu contrário é aquilo em que o PCP se especializou. Faz parte da sua História e explica o seu sucesso enquanto poderoso grupo de interesses. O resto é propaganda. E da boa.


Isto devia ser um comentário ao Congresso do PCP. Eu sei que respondi afirmativamente ao email do Miguel Pinheiro que me perguntava se poderia fazer uma análise ao Congresso do PCP. Valha a verdade que respondi com um lacónico sim e já não foi lacónico por acaso. Qual moinha persistente, o assunto já me andava a incomodar. Mas eis que na sexta-feira dou com este título “António Filipe: “É simplista e errado qualificar Fidel como ditador” e depois seguiu-se a citação de João Oliveira “PCP não é força de suporte do Governo”. Perante o descaramento, nascido de quem goza de um estatuto de inimputabilidade e sabe que aquilo que nos outros é crime neles é graça, dei comigo a dizer para mim mesma: acabou. Não vou comentar congresso partidário algum porque não aconteceu congresso partidário algum. Ou, melhor dizendo, não vou fazer de conta que estamos perante um congresso partidário no sentido ideológico do termo e perder uma parte do meu tempo a ler textos e a ouvir discursos para no fim concluir algo de “bem bonito, moderno e original” sobre os destinos do PCP. Também não me apetece teorizar sobre a sucessão de Jerónimo de Sousa ou sobre a eficaz máquina dos comunistas na organização deste e de outros eventos. E muito menos acho graça ao faz de conta que o PCP é um partido vintage com aquele design estalinista do passado mas adequado aos tempos modernos. Olho para aquilo tudo e já não vejo os velhinhos do Couço que acreditavam que a URSS era uma sucessão de amanhãs cantantes. E os “intelectuais” já nem um sorriso condescendente me provocam.

É para mim claro que em Almada não está a ter lugar um congresso partidário mas sim um encontro de um dos mais eficazes e resistentes grupo de interesses existente em Portugal. Do seu sucesso faz parte a utilização de uma linguagem que os desliga dos resultados: apesar de tudo o que os comunistas defendem só ter gerado pobreza, os trabalhadores nunca vivem melhor por causa das empresas e da economia, mas sim porque o PCP lutou e reivindicou. Defensores das maiores tiranias da Terra, não só conseguem passar por defensores dos direitos humanos como são capazes de declarar, sem que daí lhes advenha qualquer consequência, que Fidel não era um ditador, que a Coreia do Norte quiçá é uma democracia…

Que o PCP use a retórica que lhe convém não me choca. O que não me parece normal é que tenhamos de fazer de conta que os comunistas o fazem porque, quais viajantes perdidos de uma qualquer máquina do tempo avariada, nada mais lhes resta. Os partidos têm programas para governar os países. Os congressistas de Almada, que estou certa jamais quereriam viver num país governado por comunistas (a não ser, claro, que fizessem parte dos quadros dirigentes, mas mesmo esses mandariam os filhos e os netos estudar no mundo capitalista) têm um objectivo bem diferente: que o país garanta ao PCP um estatuto imune ao número de votos que o partido obtiver nas eleições. (Tente-se traduzir este objectivo apontado por Jerónimo de Sousa no seu discurso de encerramento: “luta pelos direitos dos trabalhadores com alteração dos aspetos gravosos do Código Laboral” e é precisamente a esses privilégios da oligarquia sindical comunista que chegamos.) Porque o poder do PCP não está tanto na Assembleia da República mas sim nas portarias de extensão, no enquadramento legal que dá aos sindicatos o monopólio da representação nas negociações dos acordos de trabalho, no controlo dos organogramas das empresas públicas, nas comissões de utentes e representantes, onde os seus quadros, eleitos cada vez por menos pessoas, multiplicam a visibilidade e o poder dos comunistas através de um conglomerado de uniões, federações e confederações. E é desse mundo e de como o perpetuar para lá da vida deste Governo que o PCP trata sob a capa mediaticamente diáfana da luta, da linha, do novo PCP, da direita, dos trabalhadores, dos “faz de conta que são operários” e “intelectuais” (o que intelectualizarão essas almas?) eleitos para o comité central…

E é esse mundo que, em troca de ser primeiro-ministro Costa, tem alimentado e reforçado. Esse mundo que agora silenciosamente cresce nas suas prerrogativas vai explodir-nos em contestações, indignações e protestos quando qualquer uma das alíneas dos seus poderes for posta em causa. E mais uma vez vamos ver os mesmos rostos que passam das comissões para as direcções sindicais e das direcções sindicais para o núcleo de activistas… a bradar contra os atropelos, a miséria e todo o mais vocabulário neo-realista que os comunistas sacam do armário quando os seus privilégios são postos em causa.

Por fim, só mais uma coisa: parem com a conversa do novo PCP e o facto de pela primeira vez o PCP apoiar um governo. Este é o PCP de sempre. É o mesmo que deixou a extrema-esquerda na rua em Novembro de 1975 e se manteve de pedra e cal no VI Governo, o mesmo que por palavras combatia porque era de direita mas de cujo elenco o PCP fazia parte.

O PCP apoia e apoiará este ou qualquer outro Governo enquanto daí retirar vantagens para se blindar no aparelho de Estado. Fazer uma coisa e dizer o seu contrário é aquilo em que o PCP se especializou. Que o PCP o faça faz parte da sua História e explica o seu sucesso. O resto é propaganda. E da boa. O que não entendo e me cansa é que todos tenhamos de viver isso com o abandono de quem escuta um fado.


vv

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Re: Comunismo
« Responder #165 em: 2016-12-06 14:03:31 »
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3977050/100-million-bed-hopping-hypocrite-claimed-lived-20-month-Fidel-Castro-20-luxury-homes-private-island-88ft-yacht-mistresses-galore.html

http://www.therealcuba.com/?p=540

o yacht do menino

Com a morte dele, começa-se a falar no Lula, na Dilma, nos bilioes que o Hugo Chavez deu a Cuba e que o Fidel se amanhou, especula-se sobre o aviao privado do filho do Lula, das herdades no sul da argentina, herdades maiores que Lisboa, tambem do Lula, etc.


Zenith

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Re: Comunismo
« Responder #166 em: 2016-12-06 15:25:35 »
O que quiz dizer é precisamente o que os versos do Aleixo dizem.
Parte-se de uma verdade que hoje toda a gente conhece ou seja Castro traiu a revolução cancelando as eleições prometidas e implantando uma ditadura, para depois fazer uma campanha anti-Castro incidindo sobre uma faceta (pelo que diz o artigo já que não li o livro) à qual nunca ninguém consegue associar uma virtude que é a hipocrisia e dissimulação.
Quanto à comparação contabilista com Batista no nº de mortos ou campo económico, pelo artigo não me pareceu que o livro incida nesses aspectos.
Há uma frase (atribuída a vários) que diz "não há heróis para um criado de quarto". Pelo que li do artigo o livro deve tentar incutir no leitor a mentalidade do criado de quarto (neste caso já não se usa termo valet mas segurança pessoal) para o qual o contacto diário mostra que não existem grandes homens nem heróis. Há mais umas coisas como meter dinheiro no estrangeiro, associação ao tráfico de droga para que o Castro encaixe na perfeição no cliché do ditador latino-americano.

A propsito do dinheiro no estrangeiro, o titulo com milhões de dolares deixou-me perplexo. Então o Castro que devia ter um ego maior que a ilha e certamente devia ouvir falar dos bilioes dos outros ditadores, deixava-se equiparar a um general ou ministro secundários de um qq regime corrupto? :-)

Os mortos e a performance económica são de outras fontes.

Pelos vistos duvidas que o Castro vivia como um marajá (é o que o livro indica). O problema aí é que o livro em questão não é nem de longe o único a dizer isso.

Encontrei isto do livro

Citar
Bebia principalmente vinhos argelinos, pois o presidente Houari Boumédiène (1965-78) tinha o costume de abastecer o homólogo cubano com caixas e mais caixas. (…)

Um marajá bem pobrezinho que nem um Chateau Margaux ou Cheval Blanc conseguia adquirir e tinha de viver da generosidade do líder de um país muçulmano, que não conseguia escoar os vinhos que os agricultores franceses tinham deixado depois da independência e aproveitava para se armar em generoso com o marajá pobre chamado Fidel  ;D

Mas humor à parte é natural que o estilo de vida de Fidel fosse tudo menos espartana, mas tipo luxo asiático obsceno não acredito. Não devia ser muito diferente dos outros ditadores "frugais" que usavam os bens do estado sem cair em luxúrias indecentes como  as casas de banho dourados dos Ceausescu ou os palacios mandados construir por Saddam. Talvez tipo Franco que vivia no El Pardo e usava coutados do estado (e respectivas residencias) para satisfazer paixão pela caça.

De resto Castro vem de um meio abastado e a não ser que tenha tido crise de meia idade que lhe provocasse fascinio infantil pelo luxo, é pouco crível que alguém proveniente de um meio como o dele iniciasse revolução contra Batista movido por impulsos de saque e riqueza.

Já Batista esse era de origens humildes (e mestiço), mas parece ter sido realmente um pé descalço deslumbrado pelo cores espampanantes da riqueza. Tivesse morrido pouco tempo depois de iniciar o primeiro mandato e seria hoje um ícone da esquerda: o mestiço vindo dos oprimidos e prova viva de uma Cuba que se preparava para deixar para trás castas e aristocracia. Viveu tempo a mais, apodreceu e mesmo sem alcançar estatuto de ícone já é quase um "gajo porreiro" para alguns.  ;D

Zenith

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Re: Comunismo
« Responder #167 em: 2016-12-06 15:38:34 »
Zenith, na tua opinião para Cuba e para os cubanos teria sido melhor o Castro ou a continuação do Baptista? Isto com o benefício do conhecimento da performance do Castro (e com o desconhecimento da do Baptista, mas assumindo que continuaria a permitir mercados livres).

Já disse que fosse Castro fosse outro o revolucionário, o Batista ia ter de sair (por revolução ou por movimento interno apoiado pelos USA).

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #168 em: 2016-12-06 15:43:13 »
ou apoiado pela URSS...  esquecem sempre   estes....

o fidel foi traidor fez  revoluçao pregar democracia depois juntou trapos a URSS e implantou ditadura socialista

quem nao concordou mesmo sendo  companheiro da guerrilha contra batista  foi fuzilado

como um ditador destes e carismatico fora cuba e florida.....
« Última modificação: 2016-12-06 16:04:08 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Incognitus

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Re: Comunismo
« Responder #169 em: 2016-12-06 16:00:34 »
O que quiz dizer é precisamente o que os versos do Aleixo dizem.
Parte-se de uma verdade que hoje toda a gente conhece ou seja Castro traiu a revolução cancelando as eleições prometidas e implantando uma ditadura, para depois fazer uma campanha anti-Castro incidindo sobre uma faceta (pelo que diz o artigo já que não li o livro) à qual nunca ninguém consegue associar uma virtude que é a hipocrisia e dissimulação.
Quanto à comparação contabilista com Batista no nº de mortos ou campo económico, pelo artigo não me pareceu que o livro incida nesses aspectos.
Há uma frase (atribuída a vários) que diz "não há heróis para um criado de quarto". Pelo que li do artigo o livro deve tentar incutir no leitor a mentalidade do criado de quarto (neste caso já não se usa termo valet mas segurança pessoal) para o qual o contacto diário mostra que não existem grandes homens nem heróis. Há mais umas coisas como meter dinheiro no estrangeiro, associação ao tráfico de droga para que o Castro encaixe na perfeição no cliché do ditador latino-americano.

A propsito do dinheiro no estrangeiro, o titulo com milhões de dolares deixou-me perplexo. Então o Castro que devia ter um ego maior que a ilha e certamente devia ouvir falar dos bilioes dos outros ditadores, deixava-se equiparar a um general ou ministro secundários de um qq regime corrupto? :-)

Os mortos e a performance económica são de outras fontes.

Pelos vistos duvidas que o Castro vivia como um marajá (é o que o livro indica). O problema aí é que o livro em questão não é nem de longe o único a dizer isso.

Encontrei isto do livro

Citar
Bebia principalmente vinhos argelinos, pois o presidente Houari Boumédiène (1965-78) tinha o costume de abastecer o homólogo cubano com caixas e mais caixas. (…)

Um marajá bem pobrezinho que nem um Chateau Margaux ou Cheval Blanc conseguia adquirir e tinha de viver da generosidade do líder de um país muçulmano, que não conseguia escoar os vinhos que os agricultores franceses tinham deixado depois da independência e aproveitava para se armar em generoso com o marajá pobre chamado Fidel  ;D

Mas humor à parte é natural que o estilo de vida de Fidel fosse tudo menos espartana, mas tipo luxo asiático obsceno não acredito. Não devia ser muito diferente dos outros ditadores "frugais" que usavam os bens do estado sem cair em luxúrias indecentes como  as casas de banho dourados dos Ceausescu ou os palacios mandados construir por Saddam. Talvez tipo Franco que vivia no El Pardo e usava coutados do estado (e respectivas residencias) para satisfazer paixão pela caça.

De resto Castro vem de um meio abastado e a não ser que tenha tido crise de meia idade que lhe provocasse fascinio infantil pelo luxo, é pouco crível que alguém proveniente de um meio como o dele iniciasse revolução contra Batista movido por impulsos de saque e riqueza.

Já Batista esse era de origens humildes (e mestiço), mas parece ter sido realmente um pé descalço deslumbrado pelo cores espampanantes da riqueza. Tivesse morrido pouco tempo depois de iniciar o primeiro mandato e seria hoje um ícone da esquerda: o mestiço vindo dos oprimidos e prova viva de uma Cuba que se preparava para deixar para trás castas e aristocracia. Viveu tempo a mais, apodreceu e mesmo sem alcançar estatuto de ícone já é quase um "gajo porreiro" para alguns.  ;D

Não se trata de o Baptista ser um gajo porreiro, mas sim de o Fidel para muitos ser um gajo porreiro, quando tudo indica que o Baptista -- detestado -- teria levado a um resultado melhor para o povo, por muito mau que o tipo fosse.

Isso também só é possível porque o Castro conseguiu um resultado tão mau, claro. Mas esses resultados extraordinariamente maus são apanágio essencialmente dos ditadores comunistas (que não permitem mercados livres -- sendo que os que permitem já só são comunistas de nome, como na China, porque o que é necessário são esses mercados e não a ideologia de um lado ou outro).
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Re: Comunismo
« Responder #170 em: 2016-12-06 23:42:00 »
Usando os versos do Aleixo
Citar
P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
 uma ponta de verdade

Zenith, por acaso já viste os documentários (que na realidade são entrevistas) que o Oliver Stone gravou com o Fidel --- Comandante, Looking for Fidel e Castro in Winter?

És capaz de apreciar pelo menos o primeiro. (E também de encontrar bastantes ressonâncias e ecos para o Aleixo que citas.) EDIT - o terceiro, aparentemente, não foi sequer comercializado, e não há cópias a circular...

O Stone bem o espicaça, mas o comandante segura bem o leme do barco, apesar de se notarem já os efeitos do envelhecimento.
Não conhecia e vi uns excertos, mas não estou a ver a relação.
Pelo que vi pareceu-me que o O. Stone sentia admiração pelo Castro mas apesar disso não queria passar por ignorante ou ingénuo e colocou algumas questões para as quais as pessoas (fora dos extremos anti ou pro-castristas) gostariam de ouvir um resposta do próprio Castro.
A algumas o Castro respondeu com frontalidade invocando os imperativos revolucionários e inimigos externos, outras negou como qq político.

A relação [com as mentiras que necessitam de assentar sobre verdades] é que ambos são "master manipulators" de renome mundial ( ;D) , cada um no seu meio. Moldam a realidade de acordo com o que lhes convém, e acabam por mentir, delibereda e descaradamente para uma plateia que é mundial, e sobre a qual sabem que uma boa parte dos ouvintes está propensa a engolir o que lhes for transmitido. Também por estas razões, estes documentários são um must. É priceless a parte em que o Stone pergunta ao Castro com que impressões ficou do Nixon; resposta: fiquei com ideia de que era um indivíduo hipócrita.  :P

Não me parece que o Stone tivesse colocado questões para ficar bem visto na fotografia (gostei em geral da lista colocada). Mas já me parece que ele ficou de facto embevecido pelo Castro. A montagem do documentário no final parece quase um melodrama em algumas partes, com o Don't Cry for Me Argentina de fundo, a fazer puxar pelo lencinho. É ver para crer.

Outro ponto de interesse é a tal intérprete que o guarda costas refere que é amante do ditador - a Juanita Vera - extremamente compentente no seu trabalho (está presente ao longo do filme todo), e a indiciar uma ligação "romântica" ao Castro, a ponto do Stone se ver compelido a perguntar explicitamente se havia algo entre os dois...

Mas a parte de que gostei mais foi mesmo o início do Looking for Castro, os primeiros 15/20 minutos. Em que o Stone coloca uma série de acusados pelo regime (com uma pena a pender para os 30 anos na cadeia) em frente ao Castro, e começa a mediar uma conversa sobre o crimes...
« Última modificação: 2016-12-06 23:43:33 por Jsebastião »
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

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Re: Comunismo
« Responder #171 em: 2016-12-06 23:55:12 »
And now, for something completely different... algo que não se vê/ouve todos os dias, e que é quase motivo para celebração especial.

O Jerónimo de Sousa sujeitou-se a falar sobre a situação actual do país no Fórum TSF de hoje, um programa de rádio para onde as pessoas ligam a dar a opinião e a colocar perguntas.  Está aqui a gravação da emissão: http://www.tsf.pt/programa/forum-tsf/emissao/forum-tsf-jeronimo-de-sousa-5537340.html

Ouçam só o que sucedeu logo no primeiro telefonema (minuto 12), que transcrevo abaixo, e à pergunta que foi colocada:

Citar
(...)
Manuel Acácio: Vamos ao encontro do Engº Civil Manuel Couto, que nos liga de Coimbra. Bom dia.

Manuel Couto: Muito bom dia, Dr. Manuel Acácio, e muito bom dia ao Fórum e ao mui ilustre convidado, o Sr. Jerónimo de Sousa. Num passado não muito distante, assistimos à generalidade dos países do chamado leste europeu a fugirem em debandada ao jugo comunista, e por conseguinte à pobreza extrema e à falta de qualquer futuro risonho nesse regime. Os casos da Polónia, Hungria, República Checa, Eslováquia, Bulgária, Roménia, Albânia, entre outros. Veja também os casos mais exemplares da Estónia, Letónia e Lituania, e das repúblicas do cáucaso, que depois do comunismo vivem prosperamente em economias de mercado fora do jugo comunista, e por fim talvez o caso parigmático da Républica Democrática Alemã, que no final da Segunda Guerra foi ocupada pela Rússia, que aí instalou um regime comunista, e avalie-se o resultado em apenas 40 anos, ao que chegaram as duas alemanhas: uma comunista e a outra social democrata, com uma economia de mercado. De um lado um dos países mais ricos do mundo, e do outro lado nem riqueza, nem bem estar, nem economia, nem quase nada, apenas muita pobreza e um estado de corrupção galopante, que originou a já muito desejada reunião dos alemães, mas longe do comunismo. Eu peço-lhe por fim que olhe para o que se passa ainda hoje na Venezuela, e sobretudo em Angola, que logo a seguir ao 25 de Abril também optou por um regime comunista totalitário, que levou José Eduardo do Santos e a sua família para o topo da riqueza em toda a África, mas arrastou o resto do país para a extrema pobreza, que não existia antes da tal libertação do 25 de Abril...

Manuel Acácio: Peço desculpa, Manuel Couto, e com essa análise histórica, qual era a pergunta que gostava de colocar a Jerónimo de Sousa?

Manuel Couto: De todas estas experiências de regime comunista que falharam redondamente, será que podemos olhar para o funcionamento da nossa geringonça e para esta renovação pragmática do PCP no seu comando como uma maneira de driva do comunismo para um socialismo mais moderado, e quiçá para um ideal económico menos tenso, e com menos greves? Será que esta geringonça e este PCP são para ficar? Ou será que isto é apenas "sol de pouca dura"? E se assim for, tanto pior.

Mas indique-nos, por favor, a mim, e ao auditório do Fórum TSF, um só exemplo no mundo em que, na sua opinião, o comunismo tenha dado, ou esteja a dar bons resultados para as pessoas, para o bem estar social, e para a economia desse hipotético e certamente muito solitário país.

Manuel Acácio: A pergunta que nos deixa Manuel Couto. Jerónimo de Sousa?

Jerónimo de Sousa: Bom, em primeiro lugar, bom dia, Sr. Engº Manuel Couto, estava a ouví-lo e a pensar, só a intervenção do Sr. Engº mereceia aqui um fórum dedicado, portanto, enfim, a essas concepções da história, portanto, do seu desenvolvimento, que aqui colocou. Imprecisões, portanto, considerando, portanto, em Angola, portanto, Venezuela, portanto, como regimes comunistas, mas de qualquer forma, portanto, aquilo que gostaria de lhe dizer é que, só por cegueira ideológica não se verifica hoje que, verifica perante a realidade, o mundo está pior. Que hoje os flagelos sociais do desemprego, da pobreza, da falta de tratamento no plano da saúde, de milhões de seres humanos que hoje fogem da guerra, que fogem, enfim, da morte, de considerar, portanto, este capitalismo em crise como paraíso dos paraísos, como dizia, portanto, merecia quase, portanto, uma hora do nosso, aqui do nosso fórum. Mas de qualquer forma, portanto, dizer-lhe que a partir desta análise real, portanto, e voltando a situar o nosso país em relação a essa expressão, enfim, inventada pela direita, portanto, em relação à nova situação política que foi encontrada, quero dizer-lhe que valeu a pena. Valeu a pena neste sentido, em primeiro lugar acabou-se com o pesadelo que a maioria do povo português sentia nas suas vidas com a execução do governo PSD/CDS. Em segundo lugar essa nova solução política, com o papel e a contribuição decisiva do Partido Comunista Portugês, permitiu que muitos e muitos portugueses, mais do que o Sr. Eng. pensa, sentirem de novo retomada a esperança, ao verem repostos os seus salários, os seus direitos, ao verem, enfim, o abono de família, portanto, devolvido, portanto, aos jovens casais, a verem, portanto, enfim, questões como o direito à contratação colectiva, olhando para a recuperação dos quatro feriados que tinham sido roubados, olhando às vezes para coisas pequenas, portanto, em relação às..., portanto, em relação aos trabalhadores da banca e dos casinos, que se viram sem dinheiro, portanto...

Manuel Acácio: Mas consegue, peço desculpa, Jerónimo de Sousa, mas consegue apontar um exemplo... é uma pergunta que lhe é feita muitas vezes e que é feita ao Partido Comunista Português: indique-nos um país, onde o PC esteja no poder e as pessoas estejam contentes... Foi basicamente essa a pergunta do ouvinte.

Jerónimo de Sousa: Enfim, bom, eu podia, enfim, em primeiro lugar dizer... naturalmente nós não temos um modelo, portanto, não temos uma referência, em relação a este ou àquele país, ou em relação àquele processo, mas de qualquer forma, em relação a um país, ou países, portanto, que... que... que coloca... dizer-lhe o seguinte, existem povos e países, e partidos, que lutam pela felicidade do seu povo. O exemplo de Cuba... vida difícil, é verdade, esquecendo por exemplo que aquele povo esteve sujeito ao mais brutal bloqueio da história da humanidade... em que, devido ao posicionamento dos Estados Unidos, impediram aquele povo de se desenvolver, de criar mais riqueza, de conseguir, portanto, viver, portanto, em liberdade, sem esse jugo, essa pressão. É um exemplo concreto. Mas mesmo em relação a outros... a questão da defesa da sua própria soberania, diferenças, divergências em relação a caminhos tomados, teremos com certeza, mas ter aqui uma ponta de saudosismo, como a que se verificou na pergunta deste ouvinte, em relação, portanto, a essa ideia do 25 de Abril, que foi profundamente negativo, uma revolução que libertou o nosso povo, e que permitiu a libertação de outros povos, designadamente alguns que aqui referiu, designadamente a Angola, em que os sectores mais reacionários nunca perdoaram que aqueles povos fossem independentes, com todas as dificuldades económicas, com descontentamentos, é verdade tudo isso, mas este direito à liberdade de escolher, este direito inalienável que os povos têm de construir o seu próprio futuro, de ser eles as resolverem o seu problema, mas isto é de valorizar, e não com esta carga pejorativa, portanto, saudosista, como aqui ouvimos...


 :D :D :D

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Re: Comunismo
« Responder #172 em: 2016-12-07 00:40:42 »
Perpassei os olhos por alto... mas jerónimo de sousa
repetiu assim tantos «portantos»!?

Incrível, e não percebi o que respondeu ou comentou.

Jsebastião

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Re: Comunismo
« Responder #173 em: 2016-12-07 01:14:40 »
Perpassei os olhos por alto... mas jerónimo de sousa
repetiu assim tantos «portantos»!?

Incrível, e não percebi o que respondeu ou comentou.

Sim. Os "portantos" é mais um detalhe no patinanço geral da abordagem, talvez para ganhar tempo enquanto pensava numa saída. O facto é que ele começa por dar uma resposta genérica (tipo K7 comunista que já o ouço repetir desde há uns tempos para cá) que nada tinha a ver com a pergunta, e já depois de ter sido interpelado pelo entrevistador para responder, acabou também por não conseguir produzir um exemplo feliz.

É sintomático de duas ou três coisas: uma, ele já tem idade a mais para estar naquele lugar, apesar da popularidade que ostenta (dentro e fora do partido) e dos noventa e picos porcento dos votos de re-eleição para Secretário Geral; duas, os comunistas em geral estão habituados a assobiar para o ar quando lhes fazem este tipo de perguntas mais directas e embaraçosas, e a responderem com um discurso formatado que acaba por não responder a nada, e foi isso que ele começou por fazer, pelo menos até não conseguir fugir mais; três,  cada vez se torna mais complicado fazer passar a mensagem comunista da sociedade feliz que prima pela igualdade e pela liberdade. Os exemplos históricos concretos e as denúncias de "inconformidade" sucedem-se a cada ditador/país que vai ao tapete, e eis aqui um líder a enterrar-se até aos cabelos perante talvez a questão mais essencial que se coloca: "casos práticos, onde estão?" Nos tempos do Estaline, uma bala na nuca e uma vala comum aguardariam o Jerónimo depois desta performance.
« Última modificação: 2016-12-07 01:15:52 por Jsebastião »
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vbm

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Re: Comunismo
« Responder #174 em: 2016-12-07 11:06:18 »
Lol.

Realmente, montam-se, erguem-se ideologias de acção política na base de observações pertinentes do processo histórico da actividade humana, produtiva, e depois é uma ordem titânica e esclavagista que recai sobre as populações subjugadas. E isso tem sido assim ao longo da história.

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Re: Comunismo
« Responder #175 em: 2016-12-07 11:17:04 »
É  engraçado , o Jeronimo e o Carvalhas que ouvi novamente na Radio continuam no mesmo discurso , mas a malta mais nova no partido nao debita a mesma k7 , penso.

Fiquei sem perceber se a malta mais nova do PCP quer e concorda com a saida do Euro, e prepar o pagamento da divida em escudos

Europeu

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Re: Comunismo
« Responder #176 em: 2016-12-07 17:21:18 »
Todos os comunistas são invejosos, por isso é possivel que vivam felizes no comunismo mesmo em condições miseraveis.
E porque?
Porque  os comunistas ao verem que os seus vizinhos tambem vivem em condições miseraveis,  ficam satisfeitos por verem que os outros não tem mais do que ele, só isso já é suficiente para que sejam felizes, mesmo vivendo mal.
Não convem que deixem os comunistas do campo irem ver a capital, senao veem que os da capital vivem melhor e lá se vai a felicidade.
Por isso na urss quem fosse estudar para moscovo ou sao petersburgo já não podia regressar novamente à provincia.
« Última modificação: 2016-12-07 17:22:43 por Europeu »
Há dois grupos de eleitores socialistas, um grupo é o dos funcionarios publicos, o outro grupo é o dos retardados.

Jsebastião

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Re: Comunismo
« Responder #177 em: 2016-12-08 00:43:35 »
Lol.

Realmente, montam-se, erguem-se ideologias de acção política na base de observações pertinentes do processo histórico da actividade humana, produtiva, e depois é uma ordem titânica e esclavagista que recai sobre as populações subjugadas. E isso tem sido assim ao longo da história.

Séc. XX.

1. Ascenção e queda do Comunismo em termos de força política por esse mundo fora.

2. Choque fracturante entre teoria e prática. Não só os governantes comunistas não ligaram nenhuma às teorias expressas por Marx e Engels (ou melhor, serviram-se delas como pretexto para implementar situações de poder absoluto e tirania aplicada com mão de ferro), como o Comunismo como estádio final do projecto Socialista nunca foi alcançado (aliás, nem se chegou remotamente perto).

3. Os resultados práticos de tais "experiências" ditam-nos todos, sem excepção, que as políticas económicas fracassaram de forma gritante, a pobreza foi generalizada, a infelicidade foi generalizada, a liberdade inexistente e os processos de "inversão" deveras complicados e tortuosos.

4. Milhões de mortos directos. Milhões de mortos "acidentais". Milhões de pessoas que viram as suas vidas destruídas por efeitos dos estados comunistas.
« Última modificação: 2016-12-08 00:49:27 por Jsebastião »
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Jsebastião

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Re: Comunismo
« Responder #178 em: 2016-12-08 00:46:08 »
É  engraçado , o Jeronimo e o Carvalhas que ouvi novamente na Radio continuam no mesmo discurso , mas a malta mais nova no partido nao debita a mesma k7 , penso.

Fiquei sem perceber se a malta mais nova do PCP quer e concorda com a saida do Euro, e prepar o pagamento da divida em escudos


O "Sangue Novo" do PCP: http://www.noticiasmagazine.pt/2016/o-sangue-novo-do-pcp/

A este artigo faltam algumas perguntas estruturais essenciais, daquelas "incómodas", parece-me. O mundo em que vivemos não tem nada a ver com o mundo de há dois séculos atrás. Como se encara hoje uma "revolução comunista"? Os propósitos são os mesmos (eliminar a estrutura de classes, nacionalizar todas as empresas, erradicar a propriedade e iniciativa privada, criar a "ditadura do proletariado", deixar que a estrutura estatal se dissolva lentamente, popular o "interior")?
« Última modificação: 2016-12-08 00:54:00 por Jsebastião »
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tommy

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Re: Comunismo
« Responder #179 em: 2016-12-08 09:03:22 »
Todos os comunistas são invejosos, por isso é possivel que vivam felizes no comunismo mesmo em condições miseraveis.
E porque?
Porque  os comunistas ao verem que os seus vizinhos tambem vivem em condições miseraveis,  ficam satisfeitos por verem que os outros não tem mais do que ele, só isso já é suficiente para que sejam felizes, mesmo vivendo mal.
Não convem que deixem os comunistas do campo irem ver a capital, senao veem que os da capital vivem melhor e lá se vai a felicidade.
Por isso na urss quem fosse estudar para moscovo ou sao petersburgo já não podia regressar novamente à provincia.

O comunismo e o socialismo vivem disso mesmo, da ignorância e da inveja.
Só é possível defender outra coisa que não o capitalismo por má fé, ou porque tem algum tipo de problema mental.