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Autor Tópico: Refugiados  (Lida 9456 vezes)

Incognitus

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Re: Refugiados
« Responder #40 em: 2015-11-30 14:43:27 »
O Estado (qualquer Estado, democrático ou não) tem o poder necessário para meter o nariz onde quiser, e já o provou no passado. Porém, o Estado e o próprio conceito de colectivismo são baseados na sobreposição do interesse colectivo ao interesse individual onde tal seja necessário para promover o bem comum da própria comunidade. Aqui, esse poder é usado para sobrepor o interesse colectivo sem ser claramente para promover o bem comum da própria comunidade, e sim para promover o bem comum de outra comunidade.

Assim, que o Estado tem o poder, não está em dúvida. Agora que isso extravasa as suas competências e até o próprio conceito de colectivismo, também não está. Pode ser ao mesmo tempo uma coisa moral, ética ... mas também é claramente abusiva do próprio conceito. É algo que será aplaudido por quem defender um internacionalismo qualquer, mas não um colectivismo propriamente dito. Mas mesmo aí é algo arbitrariamente defendido, pois se queremos ser altruístas para com outras comunidades, não deveríamos ficar-nos por uma situação arbitrária e deveríamos sim ajudar todas as comunidades que necessitam de ajuda. Caso em que, como são muitas, teríamos que ter critérios de ajudar quem está em pior situação -- o que geralmente também levaria a que esta onda presente de refugiados não fosse necessariamente quem seria ajudado (basta ver que até rejeitam Portugal -- outros existirão, certamente, que não o rejeitam).
« Última modificação: 2015-11-30 14:44:13 por Incognitus »
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Thunder

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Re: Refugiados
« Responder #41 em: 2015-11-30 15:44:10 »
U.S. working to keep up with surging weapons demand

The U.S. government is working hard to ensure quicker processing of U.S. foreign arms sales, which surged 36 percent to $46.6 billion in fiscal 2015 and look set to remain strong in coming years, a top Pentagon official said.
"Projections are still strong," Vice Admiral Joe Rixey, who heads the Pentagon's Defense Security Cooperation Agency (DSCA)


DSCA is handling a total of 13,500 cases with a total value of $461 billion. Last year's total was the biggest yet, outside of a spike caused by Saudi fighter jet sales in 2012.

He said requests from countries that were "well-behaved" and protected U.S. technology were generally processed quickly, but the U.S. government would take its time vetting sales to countries with weaker records on human rights and technology.

(esta parte é de ir às lágrimas) ....

Texto completo em:

http://www.reuters.com/article/2015/11/25/us-usa-arms-idUSKBN0TE0B920151125#bgvSEetebO8cPbXJ.97

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Re: Refugiados
« Responder #42 em: 2015-11-30 16:17:01 »
http://www.unhcr.org/559bdb0e6.html

More than 2.25 million now displaced in South Sudan and across its borders

As South Sudan prepares to mark its fourth anniversary of independence, the UN refugee agency said on Tuesday that continued conflict was pushing the numbers of refugee and internally displaced people ever higher.

UNHCR said most recent figures showed that more than 730,000 people have fled in to neighbouring countries and some 1.5 million people are internally displaced.

In addition, South Sudan has continued to receive refugees from neighbouring Sudan -- almost 250,000 people in total, mostly from Sudan's Blue Nile and South Kordofan states where a different conflict is creating insecurity.

South Sudan's civil war and violence started in mid-December 2013.

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Re: Refugiados
« Responder #43 em: 2015-11-30 16:20:34 »
uma coisa que ajudava era se a europa deixasse de ajudar os americanos a destruirem paises mulcumanos
isto que se passa na siria eh uma vergonha, tiveram de ir para la os russos combater o ISIS porque a prioridade
ocidental eh tirar de la o assad mesmo que tolerando o ISIS. os proprios talibans foram criados com ajuda
dos americanos. ja para nao falar da libia, iraque e o raio

vejam esta muito comica:
http://www.zerohedge.com/news/2015-11-29/former-cia-deputy-director-gives-stunning-reason-why-obama-has-not-attacked-isis-oil

We didn’t go after oil wells, actually hitting oil wells that ISIS controls, because we didn’t want to do environmental damage, and we didn’t want to destroy that infrastructure.


O problema é que a França e o UK estão envolvidos neste caos desde o início.
Basicamente desde Sykes-Picot ...
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D. Antunes

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Re: Refugiados
« Responder #44 em: 2015-11-30 20:21:25 »
É uma questão de criarem uma linha voluntária para quem queira contribuir fortemente mais. Se esse sentimento for espalhado certamente que irão ter montantes mais que suficientes para ajudar.

Não estás certamente a pensar em ajudar contra a vontade das pessoas, correcto? Portanto essa solução deve ser óptima, ficando todos contentes (quem quer ajudar mais, quem não quer ajudar mais, e os refugiados já que existe tanta gente que quer ajudar mais).

Até pode ser uma dedução automática do salário, para quem decida ajudar ter facilidade em não ter que se lembrar todos os meses.

Epá, como é que eu não me lembrei disto para aplicar no caso dos impostos sobre o rendimento, capital e consumo? Uma forma voluntária de pagar impostos. Quem quiser paga, quem não quiser, não paga. Não vamos é fazer as pessoas pagarem impostos contra vontade.

Mais a sério, Inc., não sei se existe muita gente que quer ajudar os refugiados (não faço a mais pequena ideia), mas se calhar esse também é um problema. E um problema que vai bater nos outros que apontei: falta de vontade política, falta de empenho conjunto, falta de sentido de solidariedade.

Se não existe muita gente que queira ajudar, então quem quiser ajudar mais que ajude.
Muitos não ajudam nada e ainda dizem que deveríamos ser mais solidários.

“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Jsebastião

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Re: Refugiados
« Responder #45 em: 2015-11-30 20:55:41 »
Incognitus e D. Antunes,

O meu ponto de vista, nesta situação, aproxima-se mais da de um ditador, reconheço-o, e vai mesmo no sentido de "obrigar democraticamente" toda a gente a contribuir. Algo que de resto não destoa muito das actuais ideologias políticas defendidas pelos dois partidos com maior representatividade em Portugal, creio. Há fundos do erário público que são destinados a essa ajuda. Eu (enquanto representante de Portugal) faria mais força "política" ainda para poder participar na ajuda e na procura de uma solução para o caso.

Inc. eu percebo a tua ideia da selectividade. A ajudar, então que se ajude quem mais necessita, mas penso que este caso dos refugiados é já de si tão grave e tão... dantesco... em todos os sentidos, não só do ponto de vista da catástrofe humanitária, a face mais visível e preocupante, como dos problemas directos e indirectos que podem advir para a própria Europa se não for encontrada uma solução conjunta (que passe pela cooperação entre todos os países da União, da Europa, e outros que eventualmente aceitem cooperar) que a escolha me parece evidente: tem de haver ajuda, e não é uma ajuda de "mínimos", tímida e voluntária, porque isso não chega. Este é um caso que para mim se coloca para além dos conceitos de comunidade e colectividade no que respeita a um país, ou a uma união de países. É algo maior do que isso. É uma catástrofe mundial. Temo que, preocupados com o nosso "bem estar" e nível de vida, um status quo a defender em primeiro lugar, não estejamos a prestar a atenção devida.

D. Antunes, não sei se há ou não muita gente disposta a ajudar voluntariamente. Admitindo que até há pouca, isso para mim seria mais uma razão para "obrigar democraticamente" todos a contribuírem. Com a caridade apenas não se pode contar, e estou a falar quer a nível do cidadão comum, quer a nível de um estado (dentro da União Europeia). Se todos contribuírem, por certo que a solução poderá ser muito mais eficaz e muito mais apropriada, enquanto que os seus custos seriam repartidos por todos.

Esses que não ajudam nada e ainda dizem que devemos ser mais solidários seriam então as primeiras "vítimas" dessa obrigação democrática, mas ao menos não se iam depois queixar da injustiça da obrigação.

« Última modificação: 2015-11-30 21:02:29 por Jsebastião »
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

Automek

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Re: Refugiados
« Responder #46 em: 2015-11-30 21:01:13 »
O mínimo dos mínimos que se exigia numa matéria destas era um referendo (era o mal menor).

Reg

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Re: Refugiados
« Responder #47 em: 2015-11-30 21:37:03 »
Kosovo  foi soluçao da Europa/USA

nos anos 1990

no fundo soluçao sempre foi dividir territorio ste em 2008

isto vai terminar da mesma forma, novas divisoes de territorio

so mudar regimes nao resulta  ainda ficam apoiar grupos malucos  dass

« Última modificação: 2015-11-30 22:00:33 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Incognitus

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Re: Refugiados
« Responder #48 em: 2015-11-30 23:40:30 »
Incognitus e D. Antunes,

O meu ponto de vista, nesta situação, aproxima-se mais da de um ditador, reconheço-o, e vai mesmo no sentido de "obrigar democraticamente" toda a gente a contribuir. Algo que de resto não destoa muito das actuais ideologias políticas defendidas pelos dois partidos com maior representatividade em Portugal, creio. Há fundos do erário público que são destinados a essa ajuda. Eu (enquanto representante de Portugal) faria mais força "política" ainda para poder participar na ajuda e na procura de uma solução para o caso.

Inc. eu percebo a tua ideia da selectividade. A ajudar, então que se ajude quem mais necessita, mas penso que este caso dos refugiados é já de si tão grave e tão... dantesco... em todos os sentidos, não só do ponto de vista da catástrofe humanitária, a face mais visível e preocupante, como dos problemas directos e indirectos que podem advir para a própria Europa se não for encontrada uma solução conjunta (que passe pela cooperação entre todos os países da União, da Europa, e outros que eventualmente aceitem cooperar) que a escolha me parece evidente: tem de haver ajuda, e não é uma ajuda de "mínimos", tímida e voluntária, porque isso não chega. Este é um caso que para mim se coloca para além dos conceitos de comunidade e colectividade no que respeita a um país, ou a uma união de países. É algo maior do que isso. É uma catástrofe mundial. Temo que, preocupados com o nosso "bem estar" e nível de vida, um status quo a defender em primeiro lugar, não estejamos a prestar a atenção devida.

D. Antunes, não sei se há ou não muita gente disposta a ajudar voluntariamente. Admitindo que até há pouca, isso para mim seria mais uma razão para "obrigar democraticamente" todos a contribuírem. Com a caridade apenas não se pode contar, e estou a falar quer a nível do cidadão comum, quer a nível de um estado (dentro da União Europeia). Se todos contribuírem, por certo que a solução poderá ser muito mais eficaz e muito mais apropriada, enquanto que os seus custos seriam repartidos por todos.

Esses que não ajudam nada e ainda dizem que devemos ser mais solidários seriam então as primeiras "vítimas" dessa obrigação democrática, mas ao menos não se iam depois queixar da injustiça da obrigação.

O caso dos refugiados é dantesco quando saem da Síria para um país vizinho.

É muito menos dantesco quando já estão num país seguro.

E é ainda menos dantesco quando rejeitam Portugal por não ter apoios bons o suficiente.

De resto, se esses apoios não são bons o suficiente, apoiar mais está fora de hipótese, pois implicaria apoiar mais estrangeiros do que cidadãos nacionais em dificuldades.
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Automek

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Re: Refugiados
« Responder #49 em: 2015-12-01 08:54:33 »
refugiados que não querem vir para Portugal mostram que o problema não é a guerra ou a fome. se fosse vinham a correr. é emigração económica e deve ser tratada como tal.

Incognitus

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Re: Refugiados
« Responder #50 em: 2015-12-05 21:51:32 »
Vou colocar isto aqui também, é um texto que vale a pena ler. Não sabia que até na Suécia já há uma reacção em que um partido anti-imigração está a crescer brutalmente.

IKEAmerica: Should the US really be more like Sweden? A Q&A with economist Tino Sanandaji
http://www.aei.org/publication/ikeamerica-should-the-us-really-be-more-like-sweden-a-qa-with-economist-tino-sanandaji/

Citar
The situation is indescribable. Never in my life have I seen anything like this; I call it a “disorderly retreat.” The biggest party in Sweden is an anti-immigration, with roots not in Nazism but in racism at least. This party, the Swedish Democrats, once had 3% of the votes; last year they had 9%. Now they have close to 30%.


(porém embora ainda não tenham existido eleições para confirmar isto, os números parecem para já exagerados --  a subida de que fala na frase acima é desde as eleições de 2014 ...)
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Kaspov

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Re: Refugiados
« Responder #51 em: 2015-12-07 01:56:24 »
Bom texto, sem dúvida.

E a Suécia já foi a grande potência do Báltico...

https://en.wikipedia.org/wiki/Swedish_Empire

Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there

Zel

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Re: Refugiados
« Responder #52 em: 2015-12-07 04:40:56 »
quem a extrema-direita tem de agradecer pelo seu crescimento eh aos partidos do centro-esquerda e centro-direita que absorveram a ideologia do multiculturalismo e a querem forcar a todos

jeab

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Re: Refugiados
« Responder #53 em: 2015-12-07 08:26:30 »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

jeab

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Re: Refugiados
« Responder #54 em: 2015-12-10 17:59:58 »
PORTUGAL tem 2 milhões de pobres, alguns sem casa e a passar fome.

Porque carga de água saíram uns tipos de Portugal e foram de carro até à Grécia, recolher uma família de refugiados ?!

Se tivessem ido à Quinta do Mocho ou ao Bairro Branco, poderiam ter trazido umas dezenas. Mas não apareciam na TV !!

THE SHOW MUST GO ON!
« Última modificação: 2015-12-10 18:01:21 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

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