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Autor Tópico: Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona  (Lida 127519 vezes)

Zenith

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #420 em: 2015-03-06 01:44:18 »
Só para dar um exemplo.
Pouco depois de acabar o curso passei uns meses numa univ inglesa mas sem estar matriculado nem ter qq ligação formal essa univ. Para requistar livros da biblioteca apenas me pediram nome acho que endereço, não tive de prencher nada. Isso porque acham precisamente que as pessoas não se estão a borrifar e vão devolver os livros nos prazos. Aqui era necessário levar declaração de matricula, preencher não sei que papelada se calhar deixar caução, precisamente porquem acham que a pessoa média é tipo PPC que se não lhe forem a casa buscar os livros, borrifa-se para as coisas e bem podem ficar à espera.

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #421 em: 2015-03-06 07:28:22 »
Acho que a resposta era tua a um post do Automek, "que bastava a SS ou finanças darem um berro para ele cumprir".

Mas no caso do Passos Coelho, nem sei como é que a SS ia adivinhar que ele tinha mudado de estatuto.
Deixava de receber contribuições em nome dele, ia adivinhar o quê: que ele tinha mudado de estatuto e coitadinho não fala com ninguém não sabia que tinha de contribuir? que tinha ficado desempregado? que tinha emigrado? que tinha falecido?

Se quando mudou de estatuto o PPC foi a uma repartição comunicar isso, então de certeza que lhe deram umas folhas para ele assinar e onde devia estar escrito (não na maneira mais simples) as obrigações.

De resto o que estás a a defender é que como as pessoas não são cumpridoras (ou eufemisticamente estao a borrifar-se), o estado tem de ser intrusivo e policial.

Tratava-se de calão para "bastava a SS ou o IRS dizerem qualquer coisa - está aqui uma conta para pagar". Como fazem a EDP, Águas, Gás, etc.

O "PPC ir a uma repartição "comunicar isso" ou é:
* Aberrante;
* Desnecessário (O Estado já tem a informação);
* Mostra o tal enviezamento que tens para achares que os cidadãos estão ao serviço do Estado e não o contrário (daí que os vejas a ir a repartições, a assinar folhas, a receber folhas, etc).

Assim que estruturares o pensamento de forma  a que o cidadão seja o que importa, e não deva ser incomodado com chatices, trabalhos, burocracias, etc, tudo se torna mais claro. O cidadão paga os impostos e contribuições. Confortavelmente. É tudo o que se lhe pode exigir. Tudo o que se peça para lá disso é aberrante, absurdo, um abuso e por aí adiante. Não é uma "obrigação", é uma retardadice que além do mais leva a incumprimento acrescido.

-----------

A SS iria saber que o Passos Coelho tinha mudado de Estatuto porque deixaria de receber contribuições do Parlamento e o Passos continuaria como profissional independente -- que é tudo o necessário para o estatuto mudar. E além do mais o Estado deve ser visto como uma coisa integrada, pelo que informação gerada noutras partes do Estado deve ser utilizada para facilitar a vida às pessoas (em vez daquela retardadice de pedirem declarações de uma parte do Estado para entregar noutra parte qualquer).

Adicionalmente, no momento actual (mas não em 1999-2004) existe a emissão de recibos em tempo real (mas que deviam ser 10x mais simples e fáceis de emitir) o que providencia mais informação em tempo real ao Estado, que mais uma vez deveria ser usada para facilitar a vida ao contribuinte (eliminando mais declarações como a do IVA ou rendimento, eliminando mais declarações à SS, etc). A ideia é tudo funcionar de forma integrada e até ao ponto em que o contribuinte é confrontado ou com deduções automãticas, ou com contas para pagar (junto com a possibilidade de as contestar imediatamente por via online -- porque o Estado mesmo funcionando bem pode enganar-se).

--------------------

Citar
De resto o que estás a a defender é que como as pessoas não são cumpridoras (ou eufemisticamente estao a borrifar-se), o estado tem de ser intrusivo e policial.

Não, não estou a defender nem uma coisa nem outra, porque:
1) As pessoas SÃO cumpridoras se o sistema for simples, não-intrusivo e fácil para a pessoa. Como o IVA, ISP, contas de água, luz, etc;
2) O Estado NÃO tem que ser intrusivo e policial - tem é que ser estruturado de forma a que a relação com o contribuinte seja incrivelmente agradável e fácil para o lado do contribuinte. Isenta de declarações, de passos, de ir a repartições, de assinar papéis, de receber papéis, de ler leis e regulamentos complicados. Essa simplicidade atinge-se via ou as deduções serem automáticas onde possível, ou em o Estado "apresentar a conta" nos restantes casos. Nada disto implica um Estado intrusivo e policial.

As pessoas são MENOS cumpridoras se cumprir, além do pagamento, envolver mil e uma chatices, trabalhos e perdas de tempo. Sendo que até uma declaração do IRS é uma chatice e um trabalho. E declarações mensais seja do que for são chatices e trabalhos. E saber que agora se tem ou não que pagar à SS é uma chatice e trabalho. E por aí em diante. São menos cumpridoras porque isso envolve esforço da sua parte que ocorre sem obter nada de adicional em troca por esse esforço (pois o pagar já o têm que fazer de qualquer forma). As pessoas portam-se de uma forma inteiramente previsível nesse aspecto.
« Última modificação: 2015-03-06 07:40:14 por Incognitus »
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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #422 em: 2015-03-06 07:44:51 »
Só para dar um exemplo.
Pouco depois de acabar o curso passei uns meses numa univ inglesa mas sem estar matriculado nem ter qq ligação formal essa univ. Para requistar livros da biblioteca apenas me pediram nome acho que endereço, não tive de prencher nada. Isso porque acham precisamente que as pessoas não se estão a borrifar e vão devolver os livros nos prazos. Aqui era necessário levar declaração de matricula, preencher não sei que papelada se calhar deixar caução, precisamente porquem acham que a pessoa média é tipo PPC que se não lhe forem a casa buscar os livros, borrifa-se para as coisas e bem podem ficar à espera.

Há sempre formas de estruturar as coisas mesmo que as pessoas sejam assim. Basicamente nesse caso o simples seria uma caução do valor do livro (ou mais simples ainda, uma caução única, que em média fosse ligeiramente superior ao valor do livro médio). Sem papeladas. E existindo essa modalidade, eventualmente papeladas para quem não a quisesse usar (podes sempre ter uma alternativa COM chatices, desde que exista uma transparente SEM elas).

De resto qualquer sistema que exija devoluções em prazos tem uma chatice intrínseca e está sempre pronto para ser tornado obsoleto por outro sistema menos chato. Vide lojas de aluguer de video. Foram "à vida" à primeira oportunidade devido a isso. Isso não ocorreu só em Portugal -- ocorreu em todo o lado. Essas lojas teriam sido mais resistentes (mas ainda assim teriam sido obsoletas de qualquer forma -- porque as alternativas eram mais cómodas mesmo eliminando essa chatice) sem esse pequeno pormenor.

-------------

Os negócios privados geralmente são bons a eliminar chatices para os seus clientes. Simplesmente porque entre uma alternativa com chatices e uma sem, ao mesmo preço, o cliente tenderá a optar pela alternativa sem.
« Última modificação: 2015-03-06 07:49:38 por Incognitus »
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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #423 em: 2015-03-06 10:12:09 »
Eu há coisas que acho estranho, como é que ainda não se criou um débito direto para o pagamento de impostos. Por exemplo o caso do IUC é uma autentica fraude, o contribuinte tem que se lembrar que tem que pagar o imposto no mês X e se esquecer leva logo com multa sem antes ser alertado para o pagamento.

A seg social tem o debito direto e eu já cheguei a pagar juros por uma falha deles no debito direto. O funcionário disse que teria que verificar se o dinheiro foi descontado no dia 20 (ultimo dia do prazo). Paguei os juros e anulei o debito direto.

A seg social é uma coisa ridicula.

Zenith

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #424 em: 2015-03-06 10:13:27 »
Citar
Tratava-se de calão para "bastava a SS ou o IRS dizerem qualquer coisa - está aqui uma conta para pagar". Como fazem a EDP, Águas, Gás, etc.

Na falta de argumentos já estás a tentar confundir as coisas. EStamos a discutir o problema foi com a SS. O do IRS vai ser  para os próximos dias.
Como é que a SS ia adivinhar que estava conta por pagar e que montante?
A SS não recebia contribuições em nome do PPC provenientes do parlamento. Nada de anormal tinha havido eleições os deputados mudam. A partir daí como é que iria adivinhar que há divida por pagar?
Como trabalhador independente rendimentos podiam não alcançar mínimo: não há conta para pagar
PPC podia estar desempregado (ou seja trab independente mas sem rendimentos) : não há conta para pagar
PPC podia ter emigrado: não há conta para pagar
PPC podia ter morrido: não há conta para pagar

Citar
A SS iria saber que o Passos Coelho tinha mudado de Estatuto porque deixaria de receber contribuições do Parlamento e o Passos continuaria como profissional independente -- que é tudo o necessário para o estatuto mudar.
DEixava de receber contas do parlamento, mas não podia advinhar o que tinha acontecido a seguir. Ia enviar notificação a pedir pagamento de um valor escolhido ao acaso?

Citar
Adicionalmente, no momento actual (mas não em 1999-2004) existe a emissão de recibos em tempo real (mas que deviam ser 10x mais simples e fáceis de emitir) o que providencia mais informação em tempo real ao Estado, que mais uma vez deveria ser usada para facilitar a vida ao contribuinte (eliminando mais declarações como a do IVA ou rendimento, eliminando mais declarações à SS, etc). A ideia é tudo funcionar de forma integrada e até ao ponto em que o contribuinte é confrontado ou com deduções automãticas, ou com contas para pagar (junto com a possibilidade de as contestar imediatamente por via online -- porque o Estado mesmo funcionando bem pode enganar-se).

Mais uma vez não tens argumentos e procuras passar para o geral para diluir o caso PPC. O caso PPC deu-se entre 99 e 04 e o estado tinha a informatização que era possível na altura. Daqui a pouco dizes que o PPC não tem responsbilidades porque se tivesse nascido em 95 este problema nunca lhe ia acontecer, mas como nasceu antes  não apanhou um sistema totalmente informatizado e como não foi ele que escolheu a data de nascimento não lhe podem ser imputadas culpas.

Citar
1) As pessoas SÃO cumpridoras se o sistema for simples, não-intrusivo e fácil para a pessoa. Como o IVA, ISP, contas de água, luz, etc;
Portanto qq incumprimento pode ser justificado porque o sistema não foi feito á minha medida.
SE Provoco um acidente também posso invocar que o piso da estarda não estava nas melhores condições e que portanto a junta autonoma de estardas é que deve assumir as responsabilidades.

Citar
As pessoas são MENOS cumpridoras se cumprir, além do pagamento, envolver mil e uma chatices, trabalhos e perdas de tempo. Sendo que até uma declaração do IRS é uma chatice e um trabalho. E declarações mensais seja do que for são chatices e trabalhos. E saber que agora se tem ou não que pagar à SS é uma chatice e trabalho. E por aí em diante. São menos cumpridoras porque isso envolve esforço da sua parte que ocorre sem obter nada de adicional em troca por esse esforço (pois o pagar já o têm que fazer de qualquer forma). As pessoas portam-se de uma forma inteiramente previsível nesse aspecto.
Eu também não gosto de chatices. O ideal era o estado destacar uma contabilista (de preferência boa) para me tratar de tudo  ;D

vbm

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #425 em: 2015-03-06 10:16:52 »
O Woody Allen só tem três empregados:

- um contabilista;
- um motorista;
- um cozinheiro.

:)

Zenith

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #426 em: 2015-03-06 10:17:59 »
Eu há coisas que acho estranho, como é que ainda não se criou um débito direto para o pagamento de impostos. Por exemplo o caso do IUC é uma autentica fraude, o contribuinte tem que se lembrar que tem que pagar o imposto no mês X e se esquecer leva logo com multa sem antes ser alertado para o pagamento.

A seg social tem o debito direto e eu já cheguei a pagar juros por uma falha deles no debito direto. O funcionário disse que teria que verificar se o dinheiro foi descontado no dia 20 (ultimo dia do prazo). Paguei os juros e anulei o debito direto.

A seg social é uma coisa ridicula.

Este ano mandam email. Pelo menos ontem um colega meu disse-me que tinha de ir pagar que já lhe tinham enviado email.
Mas isso tem a ver com informatização dos sistemas. Vai-se melhorando  e acrescentando funcionalidades. Excel ou Word de 99 não tinha todas as funcionalidades do de 2010

Automek

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #427 em: 2015-03-06 10:24:08 »
Como é que a SS ia adivinhar que estava conta por pagar e que montante?
A SS não recebia contribuições em nome do PPC provenientes do parlamento. Nada de anormal tinha havido eleições os deputados mudam. A partir daí como é que iria adivinhar que há divida por pagar?
Como trabalhador independente rendimentos podiam não alcançar mínimo: não há conta para pagar
PPC podia estar desempregado (ou seja trab independente mas sem rendimentos) : não há conta para pagar
PPC podia ter emigrado: não há conta para pagar
PPC podia ter morrido: não há conta para pagar
Não era preciso grande coisa para adivinhar. Cinco anos a declarar rendimentos B no IRS sem contribuições para a SS, por conta própria ou por conta de outrém, é motivo mais do que suficiente.

Automek

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #428 em: 2015-03-06 10:26:57 »
No IUC as finanças já mandam um email de aviso no mês anterior aquele em que é devido o pagamento. Penso que tem de se registar o email no portal e activar uma funcionalidade qualquer. Este foi o que recebi no ano passado:

Citar
NOME
NIF XXXXXX

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pretende prestar um serviço de Qualidade aos contribuintes, apoiando-os no cumprimento das suas obrigações fiscais.

Nesse propósito verificamos que da base de dados do registo automóvel consta que é proprietário de viatura(s) automóvel(eis) sujeita(s) a Imposto Único de Circulação (IUC).

O pagamento do IUC deve ser efectuado no corrente mês, por ser aquele em que o(s) veículo(s) foi(ram) matriculado(s).

Assim, recomendamos-lhe o pagamento do imposto dentro do prazo (até ao final do mês), evitando custos adicionais.

Informamos que pode emitir a respetiva nota de cobrança (documento para pagamento), no sitio da AT, em www.portaldasfinancas.gov.pt, na opção Serviços» Pagar» Imposto Único de Circulação, que depois poderá pagar em qualquer caixa Multibanco, home-banking da Internet, CTT ou em qualquer Serviço de Finanças.

Para consultar o documento de pagamento e imprimir a certidão deverá aceder a Consultar» Veículos» Imposto Único de Circulação» Documentos.

Mais informamos que pode a qualquer altura consultar a identificação dos veículos que estão registados em seu nome, no sitio da AT, em www.portaldasfinancas.gov.pt, na opção Consultar» Veículos» Veículos Actuais.

No caso de já não ser proprietário de algum dos veículos que constam como registados em seu nome deverá proceder à alteração de titularidade na Conservatória de Registo Automóvel (para mais informações, pode consultar o Instituto de Registos e Notariados em www.irn.mj.pt).

Se tiver procedido ao abate do veículo comunique o facto ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (para mais informações aceda a www.imtt.pt).

Caso já tenha procedido ao pagamento do IUC, solicitamos que considere este e-mail sem efeito.

Para esclarecer qualquer dúvida contacte o Centro de Atendimento Telefónico através do número 707 206 707.

Por favor não responda para esta caixa postal destinada exclusivamente ao envio de mensagens informativas.

Com os melhores cumprimentos,
O Chefe de Finanças


Zakk

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #429 em: 2015-03-06 10:28:42 »
Eu há coisas que acho estranho, como é que ainda não se criou um débito direto para o pagamento de impostos. Por exemplo o caso do IUC é uma autentica fraude, o contribuinte tem que se lembrar que tem que pagar o imposto no mês X e se esquecer leva logo com multa sem antes ser alertado para o pagamento.

A seg social tem o debito direto e eu já cheguei a pagar juros por uma falha deles no debito direto. O funcionário disse que teria que verificar se o dinheiro foi descontado no dia 20 (ultimo dia do prazo). Paguei os juros e anulei o debito direto.

A seg social é uma coisa ridicula.

Este ano mandam email. Pelo menos ontem um colega meu disse-me que tinha de ir pagar que já lhe tinham enviado email.
Mas isso tem a ver com informatização dos sistemas. Vai-se melhorando  e acrescentando funcionalidades. Excel ou Word de 99 não tinha todas as funcionalidades do de 2010

Sim, e quem não tem mail?
Que se fod....

Não pode ser assim. Nem sei se é legal cobrar algo sem emitir uma fatura
Mas pronto, há quem defenda este procedimento

Automek

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #430 em: 2015-03-06 10:31:25 »
No IMI apenas mandam a carta mas se a pessoa se esquece leva logo com coima.
Não custava nada disparar um email lembrete, caso a uma semana do prazo ainda não tivesse sido recebido o pagamento. É fácil cruzar as notas de liquidação (ou lá como é que se chama) com aquilo que foi pago, seja no MB, correios, tesourarias das finanças, etc.
Hoje em dia com os sistemas informáticos as soluções para facilitar a vida aos contribuintes e evitar coimas desnecessária parecem bastante simples de implementar.

Automek

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #431 em: 2015-03-06 10:34:00 »
Sim, e quem não tem mail?
Que se fod....

Não pode ser assim. Nem sei se é legal cobrar algo sem emitir uma fatura
Mas pronto, há quem defenda este procedimento
Sim, cobrar a porra de um imposto sem emitir um documento é uma aberração.
O email de aviso deve ser um complemento ao qual a pessoa adere caso queira ver a vida facilitada.

Zakk

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #432 em: 2015-03-06 10:36:42 »
No IMI apenas mandam a carta mas se a pessoa se esquece leva logo com coima.
Não custava nada disparar um email lembrete, caso a uma semana do prazo ainda não tivesse sido recebido o pagamento. É fácil cruzar as notas de liquidação (ou lá como é que se chama) com aquilo que foi pago, seja no MB, correios, tesourarias das finanças, etc.
Hoje em dia com os sistemas informáticos as soluções para facilitar a vida aos contribuintes e evitar coimas desnecessária parecem bastante simples de implementar.

Nem sei como é que ainda não acabaram com as cartas no IMI. Se o objectivo é a multa era uma boa tatica.

O debito direto é que era. Depois o contribuinte escolhia se quer ou não.

kitano

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #433 em: 2015-03-06 10:40:53 »
Sendo que a opção de não pagar acaba em cobrança coerciva, mais valia implementarem o débito directo.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #434 em: 2015-03-06 10:41:31 »
No caso dos impostos é enviado uma nota de cobrança, que equivale à factura.
A factura é utilizada para pagamento de bens ou serviços.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #435 em: 2015-03-06 10:44:49 »
No IUC não é enviado nada Local.
E mesmo mandando não custava nada mandar um email, a quem aderir, a avisar que ainda não foi pago a uma semana do prazo.
E, claro, débito directo resolvia alguns problemas de atrasos.
Há milhentas formas de ajudar o contribuinte. Se uma empresa fosse gerida como as finanças já tinha sido comida pela concorrência.

Zakk

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #436 em: 2015-03-06 10:51:51 »
No caso dos impostos é enviado uma nota de cobrança, que equivale à factura.
A factura é utilizada para pagamento de bens ou serviços.

O IUC não é um imposto?

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #437 em: 2015-03-06 10:54:31 »
Eu referia-me ao caso do IMI.

No caso do IUC, as finanças servem apenas para receber o dinheiro, quem tem a obrigação de informar o contribuinte é o IMTT.

Concordo com o envio de um e-mail a avisar quando estivesse a chegar o fim do prazo e com o débito directo.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #438 em: 2015-03-06 10:54:46 »
Citar
Tratava-se de calão para "bastava a SS ou o IRS dizerem qualquer coisa - está aqui uma conta para pagar". Como fazem a EDP, Águas, Gás, etc.

Na falta de argumentos já estás a tentar confundir as coisas. EStamos a discutir o problema foi com a SS. O do IRS vai ser  para os próximos dias.
Como é que a SS ia adivinhar que estava conta por pagar e que montante?
A SS não recebia contribuições em nome do PPC provenientes do parlamento. Nada de anormal tinha havido eleições os deputados mudam. A partir daí como é que iria adivinhar que há divida por pagar?
Como trabalhador independente rendimentos podiam não alcançar mínimo: não há conta para pagar
PPC podia estar desempregado (ou seja trab independente mas sem rendimentos) : não há conta para pagar
PPC podia ter emigrado: não há conta para pagar
PPC podia ter morrido: não há conta para pagar

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A SS iria saber que o Passos Coelho tinha mudado de Estatuto porque deixaria de receber contribuições do Parlamento e o Passos continuaria como profissional independente -- que é tudo o necessário para o estatuto mudar.
DEixava de receber contas do parlamento, mas não podia advinhar o que tinha acontecido a seguir. Ia enviar notificação a pedir pagamento de um valor escolhido ao acaso?

Citar
Adicionalmente, no momento actual (mas não em 1999-2004) existe a emissão de recibos em tempo real (mas que deviam ser 10x mais simples e fáceis de emitir) o que providencia mais informação em tempo real ao Estado, que mais uma vez deveria ser usada para facilitar a vida ao contribuinte (eliminando mais declarações como a do IVA ou rendimento, eliminando mais declarações à SS, etc). A ideia é tudo funcionar de forma integrada e até ao ponto em que o contribuinte é confrontado ou com deduções automãticas, ou com contas para pagar (junto com a possibilidade de as contestar imediatamente por via online -- porque o Estado mesmo funcionando bem pode enganar-se).

Mais uma vez não tens argumentos e procuras passar para o geral para diluir o caso PPC. O caso PPC deu-se entre 99 e 04 e o estado tinha a informatização que era possível na altura. Daqui a pouco dizes que o PPC não tem responsbilidades porque se tivesse nascido em 95 este problema nunca lhe ia acontecer, mas como nasceu antes  não apanhou um sistema totalmente informatizado e como não foi ele que escolheu a data de nascimento não lhe podem ser imputadas culpas.

Citar
1) As pessoas SÃO cumpridoras se o sistema for simples, não-intrusivo e fácil para a pessoa. Como o IVA, ISP, contas de água, luz, etc;
Portanto qq incumprimento pode ser justificado porque o sistema não foi feito á minha medida.
SE Provoco um acidente também posso invocar que o piso da estarda não estava nas melhores condições e que portanto a junta autonoma de estardas é que deve assumir as responsabilidades.

Citar
As pessoas são MENOS cumpridoras se cumprir, além do pagamento, envolver mil e uma chatices, trabalhos e perdas de tempo. Sendo que até uma declaração do IRS é uma chatice e um trabalho. E declarações mensais seja do que for são chatices e trabalhos. E saber que agora se tem ou não que pagar à SS é uma chatice e trabalho. E por aí em diante. São menos cumpridoras porque isso envolve esforço da sua parte que ocorre sem obter nada de adicional em troca por esse esforço (pois o pagar já o têm que fazer de qualquer forma). As pessoas portam-se de uma forma inteiramente previsível nesse aspecto.
Eu também não gosto de chatices. O ideal era o estado destacar uma contabilista (de preferência boa) para me tratar de tudo  ;D

O "Estado" não tem que ser compartimentos. A CGA recebia os dados. A CGA que comunicasse com a SS. A ideia é as coisas serem os mais simples possíveis para o contribuinte. Não o mais simples possíveis para os organismos Estatais.

(e já agora, o Passos ter emigrado ou estar desempregado MANTINHA a necessidade de fazer descontos para a SS até se descolectar -- coisa que se a SS tivesse dados para determinar que estivesse desempregado, TAMBÉM lhe deveria perguntar. E mais ainda, existirem excepções fantásticas não é razão para o sistema não funcionar na esmagadora maioria das vezes).

--------

Sobre o sistema informatizado, em 1999/2000 já existia tecnologia mais que suficiente. E isto nem se prende verdadeiramente com tecnologia e sim com o paradigma de as pessoas servirem o Estado e não o contrário. E eu não estou a desculpar o Passos formalmente, estou apenas a dizer que o sistema está errado ao colocar o ónus das chatices e burocracias no cidadão e não em si próprio.

----------

Tal como tu não gostas de chatices, ninguém gosta. E o incumprimento é maior no caso de existirem chatices. Basta ver o que se passa com IVAs, ISPs e afins onde da parte do consumidor (e desde que o vendedor aja correctamente) não existe virtualmente incumprimento nenhum.

É nesse sentido, no sentido da facilidade e ausência de chatices, que o sistema tem que ser construído. Antes que lá chegue, é o sistema que está imperfeito, não as pessoas -- a quem é pedido que empreendam trabalho sem retorno nenhum (repara que não estou a falar dos impostos/contribuições em si e sim do trabalho inerente a cumprí-los). É absurdo que a quem contribui para o sistema ainda sejam exigidas obrigações em EXCESSO das que são exigidas a quem recebe líquido do sistema.

---------

Resumindo, isto transcende o Passos Coelho.
« Última modificação: 2015-03-06 10:55:10 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Passos Coelho - A Verdade a vir à Tona
« Responder #439 em: 2015-03-06 10:55:47 »
No caso dos impostos é enviado uma nota de cobrança, que equivale à factura.
A factura é utilizada para pagamento de bens ou serviços.

O IUC não é um imposto?
O IUC é uma receita municipal, cuja base de dados é gerida pelo IMTT e cobrada pelas finanças.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu