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Autor Tópico: Demissão do Governador do Banco de Portugal  (Lida 28103 vezes)

Lucky Luke

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #160 em: 2014-08-25 22:07:58 »
Com a história de ser inocente até transitar em julgado, o RS pode bem morrer inocente. Tem 70 anos e um caso destes leva facilmente 10 ou 15 anos em tribunal, de recurso em recurso.
gajos como o RS morrerem de podres é um sinal da podridão do mundo  :D

tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #161 em: 2014-09-01 14:38:53 »
Ninguém a critica o Governador?  :D :D :D
Ai se fosse o Constâncio!!  ;D ;D


A KPMG, responsável por auditar as contas do antigo Banco Espírito Santo (BES), rejeitou dar parecer aos resultados do primeiro semestre, alegando que a administração anterior à de Vítor Bento não assumiu a responsabilidade pela informação financeira que desembocou num prejuízo histórico de 3577 milhões de euros.

A auditora diz que só a anterior administração tem de responder pelo relatório e contas, argumentando que lhe foram ocultadas “informações relevantes” e que, por isso, o seu trabalho como revisor oficial ficou limitado. Esta “escusa de parecer”, assinada a 29 de Agosto por Sílvia Gomes em representação da KPMG & Associados, foi anexada ao relatório e contas do primeiro semestre do BES que nesta segunda-feira foi publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em causa, diz, está ainda o facto de o resultado do “saneamento” do BES Angola ainda ser desconhecido e o facto de a exposição do BES às empresas do Grupo Espírito Santo conter riscos, não “havendo confirmação de todas as informações relevantes” para as demonstrações financeiras do banco. E refere ainda o facto de ser incerto o impacto financeiro da transferência de activos que resulta da divisão do BES num “banco mau” e num “banco bom” (Novo Banco), a 3 de Agosto.

“Considerando o significativo impacto das medidas de resolução aplicadas pelo Banco de Portugal na actividade corrente do BES e na sua condição financeira, a classificação, recuperabilidade e realização dos activos bem como o reembolso dos seus passivos, registados nas demonstrações financeiras do BES em 30 de Junho de 2014, é incerta, uma vez que na presente data não são conhecidos os critérios e bases de avaliação dos mesmos para efeitos da sua transferência para o Novo Banco”, refere ainda.

A KPMG lembra que “as quantias das demonstrações financeiras [referentes ao primeiro semestre], bem com as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos”. E argumenta que é ao conselho de administração do ex-BES, e não à auditora, que cabe adoptar “políticas e critérios contabilísticos adequados”, manter “um sistema de controlo interno apropriado” e dar conhecimento “de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados”.

Para a KPMG, a administração falhou neste dever de prestação de informação. Nos seis primeiros meses do ano, o BES apresentou um prejuízo de próximo de 3600 milhões de euros, agravados em 1500 milhões de euros face ao esperado, o que o Banco de Portugal atribui a actos de gestão quando já estava anunciada a saída da administração que restara da equipa de Ricardo Salgado.

Mas quando o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, apareceu na noite de 3 de Agosto a anunciar uma injecção de 4900 milhões de euros no BES, responsabilizou a administração anterior pelos prejuízos históricos e reforçou que o resultado ultrapassava “largamente os valores previsíveis à luz da informação até então disponibilizada pelo Banco Espírito Santo e pelo seu auditor externo”.

A auditora, porém, diz não ter conseguido “obter prova suficiente e apropriada” de um conjunto de informação. Em curso está uma auditoria forense, por parte do Banco de Portugal e da consultora PwC, às contas semestrais que a KPMG agora recusa validar.

A KPMG rejeita colocar a assinatura nas contas sustentando que não recebeu do conselho de administração do BES uma “carta de representações” onde os gestores assumissem a responsabilidade pelas contas até ao dia 30 de Junho (final do primeiro semestre), pela “informação financeira histórica” do banco, pelo controlo interno das contas e pela informação “de qualquer facto que tenha influenciado a actividade, posição financeira ou resultados do BES”.

Quanto ao seu papel como entidade de revisão oficial de contas, descreve-o assim: “A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos [registos contabilísticos], designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade como o exigido pelo CVM [Código dos Valores Mobiliários], competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso trabalho”.

http://www.publico.pt/economia/noticia/kpmg-recusa-validar-contas-semestrais-do-antigo-bes-1668300

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #162 em: 2014-09-01 14:41:07 »
Onde é que nesse artigo vês razões para o criticar?
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #163 em: 2014-09-01 14:48:44 »
Onde é que nesse artigo vês razões para o criticar?

Supervisão do BdP = ZERO

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #164 em: 2014-09-01 14:53:01 »
Não foi zero, mas foi deficiente em depois te terem tomado medidas, não terem estado em cima a verificar o seu cumprimento. Isso e o papel comercial (zelo a mais) foram talvez os maiores erros.

Mas a resolução no geral parece boa, melhor do que a do BPN, que era um caso muito menor e conhecido há muito mais tempo.
« Última modificação: 2014-09-01 14:53:20 por Incognitus »
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #165 em: 2014-09-01 21:24:04 »
Não foi zero, mas foi deficiente em depois te terem tomado medidas, não terem estado em cima a verificar o seu cumprimento. Isso e o papel comercial (zelo a mais) foram talvez os maiores erros.

Mas a resolução no geral parece boa, melhor do que a do BPN, que era um caso muito menor e conhecido há muito mais tempo.

Adoro "paninhos quentes". Pareces o enfermeiro de emergêcia do BdP   :D :D
Quero ver quando o buraco aumentar..... ;)

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #166 em: 2014-09-01 21:33:28 »
Não foi zero, mas foi deficiente em depois te terem tomado medidas, não terem estado em cima a verificar o seu cumprimento. Isso e o papel comercial (zelo a mais) foram talvez os maiores erros.

Mas a resolução no geral parece boa, melhor do que a do BPN, que era um caso muito menor e conhecido há muito mais tempo.

Adoro "paninhos quentes". Pareces o enfermeiro de emergêcia do BdP   :D :D
Quero ver quando o buraco aumentar..... ;)

SE o buraco aumentar e provocar perdas efectivas e gigantes, aí será pior ... mas é difícil, para ser relativamente pior o buraco teria que ser o dobro ou o triplo do BPN, dada a dimensão dos bancos.
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #167 em: 2014-09-02 00:20:54 »
Não foi zero, mas foi deficiente em depois te terem tomado medidas, não terem estado em cima a verificar o seu cumprimento. Isso e o papel comercial (zelo a mais) foram talvez os maiores erros.

Mas a resolução no geral parece boa, melhor do que a do BPN, que era um caso muito menor e conhecido há muito mais tempo.

Adoro "paninhos quentes". Pareces o enfermeiro de emergêcia do BdP   :D :D
Quero ver quando o buraco aumentar..... ;)

SE o buraco aumentar e provocar perdas efectivas e gigantes, aí será pior ... mas é difícil, para ser relativamente pior o buraco teria que ser o dobro ou o triplo do BPN, dada a dimensão dos bancos.

Já há quem diga que o Novo Banco não valerá os 4.900 milhões, e ainda não descobriram o buraco todo (depois veremos se vai para o Banco Bom ou Mau).
Quem vai ficar a "arder"? Quem é?  :D :D Está-se mesmo a ver....
« Última modificação: 2014-09-02 00:22:07 por tote »

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #168 em: 2014-09-10 13:35:58 »
AFINAL o parece que o Passos Coelho sabia há um ano de um buraco de 7 mil milhões no BES  :D
...e claro, o vosso Governador do BdP também.
OU SEJA, vou começar a mudar ligeiramente a minha opinião acerca da atuação do Governo aqui - para começar mentiu. Passos Coelho mentiu, e já tinha conhecimento desta situação há um ano (e aparentemente continua a negá-lo, e o Público re-confirma que é verdade).


Mas gostaria de saber a opinião do Incognitus, pois afirmou que "Uma parte grande do problema do BES estava fora do sector bancário, o que pode ter iludido o BdP." - Parece que há PELO MENOS um ano o Carlos Costa já sabia do buracão. Afirmou que era de 2,5, depois 3,5 e afinal sabia que era de 7 mil milhões. E se as reuniões com Passos Coelho começaram em Outubro de 2013, e tendo em conta o ritmo de trabalho nestas coisas, provavelmente, se colocarmos mais 6 meses/12 meses em cima não seria de admirar (é uma mera presunção minha, pois ng vai chatear o PM com base em rumores, teve de investigar a SÉRIO a coisa).

E para quem diz que este caso não é "política"...  :D

---------
Passos Coelho deu “indicação” ao GES para afastar Ricardo Salgado em 2013

Reuniões entre Carlos Costa e o primeiro-ministro sobre a contaminação do GES ao BES começaram em Outubro de 2013, depois de o Banco de Portugal tomar conhecimento do buraco de sete mil milhões de euros.

As idas a São Bento do governador do Banco de Portugal (BdP) para falar com Pedro Passos Coelho a propósito da deterioração da situação financeira nas holdings de controlo do Grupo Espírito Santo (GES) e dos riscos de contaminação ao BES começaram no final de 2013. Nessa altura, Carlos Costa sugeriu ao primeiro-ministro que Ricardo Salgado deveria deixar as funções de liderança executiva do banco, uma mensagem que foi então enviada pelo chefe do Governo ao Conselho Superior do GES.

Estes dados surgem numa altura em que se discute a criação de uma comissão de inquérito à falência do BES e depois de o Presidente da República ter vindo este domingo levantar dúvidas sobre se recebeu do Governo “atempadamente” toda a informação relevante sobre o tema. A 21 de Julho, dez dias antes de o BES colapsar, Cavaco Silva veio dizer que o BdP actuou “muito bem” para assegurar a solidez do sistema e que “os portugueses podiam confiar no BES”, mas admitiu o impacto na economia real.

As conversas de Carlos Costa com o primeiro-ministro sobre o tema GES/BES acentuaram-se entre Outubro e as primeiras semanas de Dezembro de 2013, quando o BdP tomou conhecimento de que o GES tinha um passivo da ordem dos 7 mil milhões de euros e que punha em causa a sobrevivência do grupo familiar. Um valor expressivo que poderia derrapar, pois as sociedades Espírito Santo (nomeadamente as não financeiras) estavam com dificuldades em aceder a fundos ou em reestruturar a divida, o que tenderia a agravar a dependência do BES.

Num dos encontros com Passos Coelho, em Outubro do ano passado, Carlos Costa explicou que a solução para resolver os problemas do GES teria de passar necessariamente pelo afastamento de Ricardo Salgado, até porque o primeiro responsável do grupo já tinha sido chamado, em 2012, ao Ministério Público para explicar três rectificações à declaração de IRS do ano anterior, o equivalente a 8,5 milhões de euros de rendimentos inicialmente não declarados. Mas Costa sugeriu então que a saída de Salgado deveria decorrer de uma iniciativa do banqueiro para evitar que o BdP viesse a ser acusado de intervir numa matéria privada (a nomeação do presidente do BES) e não avançou com qualquer nome para o substituir.

Dias depois, Passos Coelho fez chegar a mensagem do governador à Rua de São Bernardo, em Lisboa, onde o Conselho Superior do GES se reúne. A substituição de Salgado foi abordada em vários encontros do núcleo duro, mas os primos Espírito Santo optaram por manter Salgado como chefe do clã. Com a única excepção do presidente do BESI, José Maria Ricciaridi, que apareceu a defender a solução do BdP, como ficou expresso nos comunicados de Novembro onde afirma que retirou a confiança ao primo-direito e onde fala na abertura de um processo de mudança de chefias.

Hoje, percebe-se as razões que levaram o presidente do BESI a distanciar-se publicamente de Salgado. Para além de uma disputa de poder, houve uma preocupação: acautelar-se de eventuais problemas que pudessem vir a ocorrer no GES, resultantes da inacção da gestão ou de irregularidades cometidas pelas chefias. Ricciardi foi o único da família Espírito Santo a manter-se no Novo Banco com as mesmas funções.

Nove meses de impasse
Carlos Costa negociou, no entanto, com Salgado o seu afastamento do BES depois do aumento de capital completado em Junho de 2014. E, a 24 de Julho deste ano, Ricardo Salgado entrou pela última vez no banco. Ou seja: nove meses depois de Carlos Costa ter ido sugerir a Passos Coelho o seu afastamento como solução dos problemas. Um período em que nada aconteceu no topo da governação do BES, o que deu grande amplitude aos líderes da família para manterem o mesmo padrão de governação. Nas semanas que antecederam a sua saída do BES, Salgado foi acusado por Carlos Costa de ter autorizado operações intra-grupo à revelia do BdP que fizeram disparar os prejuízos do banco para 3600 milhões de euros (os maiores de sempre na história empresarial portuguesa).

Foi no último trimestre de 2013, no momento em que os resultados dos exercícios transversais de revisão das carteiras de crédito do GES/BES ficaram disponíveis, que o sinal vermelho se acendeu no BdP, pois ficou a saber-se que o GES tinha um passivo de 7 mil milhões de euros que estava a contaminar as contas do BES. O exame decorreu no último semestre de 2013 em articulação com a troika e abrangeu todo o sector bancário. Mas, no caso do BES, contemplou as sociedades de controlo do banco (ESFG/ESI) e financiadas pelo banco, directa e indirectamente.

Mas já em Setembro, o presidente da Semapa (Portucel), Pedro Queiroz Pereira, tinha levado pessoalmente ao BdP documentação pública sobre as duas sociedades Espírito Santo (Queiroz Pereira era sócio da ESFG), com sede no Luxemburgo. A acção visava neutralizar as tentativas de aquisição do controlo do grupo industrial levadas a cabo pelo GES, um processo que culminou em Novembro de 2013 num acordo de separação de águas. Queiroz Pereira alegava que Salgado pretendia “abocanhar” o seu grupo gerador de cash-flow para colmatar as perdas do GES, o que, a concretizar-se, atiraria para o fundo a Semapa.

Havia ainda outro tema que já estava na praça pública e que deixava a nu o estado deficitário das holdings do GES. A 19 de Setembro de 2013, o PÚBLICO revelou que desde Maio de 2008 (quando terá começado a manipulação das contas do GES) “milhares de clientes” do banco estavam a emprestar em larga escala (2200 milhões de euros) dinheiro às empresas do grupo (como a Rioforte, a ES Irmãos e a ES International) que não estavam a conseguir ir levantar fundos aos mercados.

Ou seja: o GES estava em colapso e ameaçava o BES. Mas o apoio dos clientes de retalho do BES ao GES era feito de forma indirecta e através da subscrição de unidades de participação de dois fundos geridos pela ESAF-Espírito Santo Activos Financeiros (do BES e presidida por Morais Pires). As aplicações eram de curto prazo e idênticas a depósitos à ordem (que podem ser levantados a qualquer momento), o que, na prática, resultava num mecanismo de financiamento encapotado. No final de 2013, o financiamento dos clientes de retalho do BES a empresas do braço não financeiro do grupo familiar ascendia a 2,1 mil milhões de euros.

O BdP obrigou já este ano a ESFG a constituir uma provisão de 700 milhões de euros para garantir os reembolsos dos clientes que compraram títulos de dívida de empresas do GES. Depois de ter assegurado que a situação estava controlada, descobriu que o penhor financeiro sobre a seguradora Tranquilidade que serve de colateral à provisão de 700 milhões de euros estava irregular pois a seguradora não valia mais de 200 milhões.

Primeiro-ministro nega ter dado indicação
Numa nota enviada às redacções nesta quarta-feira, o gabinete do primeiro-ministro "nega categoricamente" que Passos Coelho "tenha dado qualquer tipo de indicação ou orientação, de forma directa, através do BdP ou por outra via, sobre a composição da equipa dirigente do GES", acrescentando que "o primeiro-ministro nunca interferiu na actividade do GES".

Apesar do desmentido do gabinete do primeiro-ministro, o PÚBLICO reafirma o conteúdo da notícia de que Passos Coelho enviou uma mensagem ao conselho superior do GES através de um alto quadro do grupo familiar a propor a saída de Ricardo Salgado, tal como tinha sugerido o BdP. Informação que consta, aliás, de documentação.


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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #169 em: 2014-09-10 13:42:45 »
Mas quem foi afastado foi o vice-presidente... Pensam que basta arranjar um bode expiatório que fica tudo bem. Ou melhor, como era antes.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #170 em: 2014-09-10 17:03:38 »
Mas quem foi afastado foi o vice-presidente... Pensam que basta arranjar um bode expiatório que fica tudo bem. Ou melhor, como era antes.

Se antigamente era de uma forma e os que criticaram estão agora no poder, o mínimo que se pode exigir, é que essas mesmas pessoas façam MELHOR e não igual ao passado.
E o qeu está a acotecer é mais do mesmo, precisamente com essa agravante (e com o detalhe de que os poderes do BdP foram REFORÇADOS - têm mais poder), que quem criticou no passado, agora faz o mesmo, e os apoiantes dos críticos do passado, muitos, agora assobiam para o lado, como se nada fosse.
A coerência, neste caso, é gritante.

Entretanto, não vejo nenhum comentário ao fato de, aparentemente, Passos Coelho e Carlos Costa já saberem do buracão há pelo menos 1 ano  :D  Ninguém comenta?  :D :D :D :D


Automek

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #171 em: 2014-09-10 17:20:24 »
Despromover o administrador encarregue da supervisão é bastante diferente do que o Constâncio, depois de uma brutal fraude em que não viu um chavo à frentes dos olhos, ter sido promovido para o BCE. Qual é a semelhança com o passado ?

Ou seja, desta vez pelos menos há um bode expiatório.

Mystery

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #172 em: 2014-09-10 17:49:28 »
Eu como sou muito ignorante, gosto de fazer perguntas primeiro, e só depois, eventualmente, tomar uma posição.

Tendo presente que o BdP é – entre outras coisas - o supervisor do sistema bancário:

É detectado um buraco de 7 mil milhões de euros, e a preocupação que o BdP tem, é a de se estar a imiscuir em matérias "privadas" numa entidade regulada?

O primeiro-ministro é que deve opinar sobre quem deve ou não manter-se em funções num banco, ainda por cima privado?

E desde quando é que o BdP manda recados pelo primeiro-ministro?


A fool with a tool is still a fool.

Mystery

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #173 em: 2014-09-10 17:55:21 »
E já agora, se a transcrição do comunicado do 1º ministro for aquela, atente-se a um pormenor:

Citar
Numa nota enviada às redacções nesta quarta-feira, o gabinete do primeiro-ministro "nega categoricamente" que Passos Coelho "tenha dado qualquer tipo de indicação ou orientação, de forma directa, através do BdP ou por outra via, sobre a composição da equipa dirigente do GES", acrescentando que "o primeiro-ministro nunca interferiu na actividade do GES".
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #174 em: 2014-09-10 20:58:26 »
E já agora, se a transcrição do comunicado do 1º ministro for aquela, atente-se a um pormenor:

Citar
Numa nota enviada às redacções nesta quarta-feira, o gabinete do primeiro-ministro "nega categoricamente" que Passos Coelho "tenha dado qualquer tipo de indicação ou orientação, de forma directa, através do BdP ou por outra via, sobre a composição da equipa dirigente do GES", acrescentando que "o primeiro-ministro nunca interferiu na actividade do GES".

Vc quando quer até que sabe "ver" as coisas, eheh

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #175 em: 2014-09-10 22:45:35 »
Num lugar falam de buraco de 7 mil milhões, no outro de passivo de 7 mil milhões?
 
Isso não faz grande sentido.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #176 em: 2014-09-11 17:34:25 »
Num lugar falam de buraco de 7 mil milhões, no outro de passivo de 7 mil milhões?
 
Isso não faz grande sentido.

Buraco ou passivo, parece que já sabiam. E mesmo assim  andaram a dizer que o banco era seguro e autorizaram o aumento de capital (sabendo dos 7 mil milhões).

Carlos Costa enganou milhares de pessoas, e muitas agora perderam TUDO o que investiram. Demissão JÁ.

kitano

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #177 em: 2014-09-11 19:22:10 »
Num lugar falam de buraco de 7 mil milhões, no outro de passivo de 7 mil milhões?
 
Isso não faz grande sentido.

Buraco ou passivo, parece que já sabiam. E mesmo assim  andaram a dizer que o banco era seguro e autorizaram o aumento de capital (sabendo dos 7 mil milhões).

Carlos Costa enganou milhares de pessoas, e muitas agora perderam TUDO o que investiram. Demissão JÁ.

Lol

O tote tem vontade de torcer as coisas para a sua realidade politica.

Saber dos 7mil milhões justifica o aumento de capital.

Afirmar a segurança do banco é na figura dos depositantes/clientes e não dos accionistas.

Mas claro...nunca vamos saír da politica...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #178 em: 2014-09-11 20:02:40 »
Num lugar falam de buraco de 7 mil milhões, no outro de passivo de 7 mil milhões?
 
Isso não faz grande sentido.

Buraco ou passivo, parece que já sabiam. E mesmo assim  andaram a dizer que o banco era seguro e autorizaram o aumento de capital (sabendo dos 7 mil milhões).

Carlos Costa enganou milhares de pessoas, e muitas agora perderam TUDO o que investiram. Demissão JÁ.

Lol

O tote tem vontade de torcer as coisas para a sua realidade politica.

Saber dos 7mil milhões justifica o aumento de capital.

Afirmar a segurança do banco é na figura dos depositantes/clientes e não dos accionistas.

Mas claro...nunca vamos saír da politica...

Temos aqui uma tese peregrina. Nem digo mais nada....  ???

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #179 em: 2014-09-11 20:15:35 »
Num lugar falam de buraco de 7 mil milhões, no outro de passivo de 7 mil milhões?
 
Isso não faz grande sentido.

Buraco ou passivo, parece que já sabiam. E mesmo assim  andaram a dizer que o banco era seguro e autorizaram o aumento de capital (sabendo dos 7 mil milhões).

Carlos Costa enganou milhares de pessoas, e muitas agora perderam TUDO o que investiram. Demissão JÁ.

Saber do passivo deviam saber - bastava ter acesso a umas contas. Saber de um buraco (activos com valores reais muito inferiores aos do balanço) seria bastante diferente de saber do passivo, porém.
 
A tese do Automek não é peregrina. Quanto maior o potencial buraco, maior a probabilidade de o BdP EXIGIR um aumento de capital, não de impedir um.
« Última modificação: 2014-09-11 20:16:47 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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