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Autor Tópico: A Politica e o Salário Mínimo  (Lida 17070 vezes)

D. Antunes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #60 em: 2015-03-29 19:03:16 »
Sempre essa ideia de aumentar o consumo. Consumo tivemos nós a mais nos anos que conduziram à crise, com escassa crescimento e com as consequências conhecidas.
Portugal precisa de mais poupança  para reduzir o endividamento externo e financiar mais investimento.
E quanto a aumento de rendimentos, a prioridade actual nem sequer é aumentar os salários, é aumentar o emprego. Os desempregados foram os que mais perderam com a recessão.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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vbm

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #61 em: 2015-03-29 19:28:56 »
Na verdade uma sociedade que não tem modo de proporcionar trabalho e
meio de viver a toda a sua população é uma sociedade que emigra,
morre ou se submete à escravidão.

Exigir o pagamento de um salário mínimo de cada empregador
de mão-d'obra pode, na verdade, ser um travão a formas
de exploração vizinhas da escravidão... mas, impor
um tal salário, impedir cessação de contrato,
e julgar todos os diferendos a favor
dos assalariados,

mostra deveras uma sociedade doente, miserável e miserabilista.


A merecer políticos que a dirijam para longe de tanta miséria.

ovelha

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #62 em: 2015-03-30 09:26:44 »
 Sou mesmo mesmo burro,
    Na América latina tem implementado estas politicas á anos, e o sucesso das economias tem sido por demais crescimento completamente absurdos(sarcasmo).
    O salário mínimo foi uma forma de evitar que pessoas vivessem abaixo de um limiar de pobreza (quando a maioria da população perceber que pode ir parar ao salário mínimo vai ser bonito).
    se considerarmos uma ou duas equações diferenciais se lhes colocarmos uma queda acentuada da produção industrial, pescas e agriculturas, remoção dos lucros  pelas grandes empresas para o estrangeiro, ficamos com uma economia  que tem tendência real de taxas de crescimento negativas ad eterno.
    Se considerar que grande parte da população produtiva á volta dos 5 milhões está a começar a ir para o salário mínimo ou a ficar desempregada (volta de 30%), e os países que pagam bem e com  densidades populacionais maiores andam a pedir pessoas.
    Se considerarmos que ouve gerações (se calhar burras) que lutaram contra varias formas de escravização, pois perceberam que todos podem cair nesta armadilha.
    Se tivemos um conjunto de governos PS/PSD/CDS que privatizaram tudo e nos puseram no caminho da pobreza.
    Se considerar-mos que as pessoas que trabalhão para o estado, não se importam nada com bem estar das pessoas  do privado quando a função do estado é proteger toda a população.
    etc etc.

   Sim vocês tem razão, vamos pagar dois euros a alguns portugueses para outros receberem 100000 euros, depois vemos como uma economia de mercado como a dos estados unidos a sofrer  o que está a sofrer.
   

vbm

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #63 em: 2015-03-30 12:03:55 »
ovelha,

Embora o argumento do empobrecimento das economias periféricas
não esteja todo equacionado e explícito, as consequências
esclavagistas para os que não têm rendas monopolistas,
nem emprego no Estado, e não conseguem emigrar,
são bem claras no sentido da escravatura
ou liberação por morte.

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #64 em: 2015-03-30 15:08:55 »
Sou mesmo mesmo burro,
    Na América latina tem implementado estas politicas á anos, e o sucesso das economias tem sido por demais crescimento completamente absurdos(sarcasmo).
    O salário mínimo foi uma forma de evitar que pessoas vivessem abaixo de um limiar de pobreza (quando a maioria da população perceber que pode ir parar ao salário mínimo vai ser bonito).
    se considerarmos uma ou duas equações diferenciais se lhes colocarmos uma queda acentuada da produção industrial, pescas e agriculturas, remoção dos lucros  pelas grandes empresas para o estrangeiro, ficamos com uma economia  que tem tendência real de taxas de crescimento negativas ad eterno.
    Se considerar que grande parte da população produtiva á volta dos 5 milhões está a começar a ir para o salário mínimo ou a ficar desempregada (volta de 30%), e os países que pagam bem e com  densidades populacionais maiores andam a pedir pessoas.
    Se considerarmos que ouve gerações (se calhar burras) que lutaram contra varias formas de escravização, pois perceberam que todos podem cair nesta armadilha.
    Se tivemos um conjunto de governos PS/PSD/CDS que privatizaram tudo e nos puseram no caminho da pobreza.
    Se considerar-mos que as pessoas que trabalhão para o estado, não se importam nada com bem estar das pessoas  do privado quando a função do estado é proteger toda a população.
    etc etc.

   Sim vocês tem razão, vamos pagar dois euros a alguns portugueses para outros receberem 100000 euros, depois vemos como uma economia de mercado como a dos estados unidos a sofrer  o que está a sofrer.
 

Compreendes que uma família pobre nos EUA tem um rendimento mensal de 1800 EUR? E que a pobreza não tem aumentado?

E que tens outras opiniões desinformadas, como as privatizações levarem a maior pobreza. Ou aparentemente a economia de mercado levar a pobreza?

E que a defesa de um salário mínimo mais elevado é contraditória com a intenção de descer o desemprego?

-----------

De resto, na América Latina existem muitas situações diferentes. E não existe tal coisa como uma "política dos salários baixos", como pareces imaginar. Os salários simplesmente seguem o valor do que se produz. Não se pode exigir salários elevados enquanto esse valor não subir. Para esse valor subir são necessárias muitas coisas:
* Educação;
* Motivação (o sistema político faz parte disto - um sistema mais liberal que deixa mais dos ganhos com o empreendedor naturalmente motiva-o mais);
* Instituições que funcionem (Justiça, sistema regulatório);
* etc, etc.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #65 em: 2015-03-30 19:07:55 »
   Icognitos, sim existe muitas situações diferentes na América latina, mas na generalidade o capital tem sido rei, nos US uma família pobre ganha 1800 euros, mas também tens muita gente sem qualquer salário.
  No estados unidos as empresas que vão contra a lei são castigadas em portugal são louvadas.
  Os estados unidos tem muito poder de compra por causa dos petrodollares, e por causa da capacidade militar.
  Enquanto tu nos estados unidos podes ter salários de 100 000 euros ano em portugal podes ter no máximo 20 000 euros ano e dos quais 50% vão para o estado.
  Por pura observação vejo que todos os países europeus onde os salários são maiores tem níveis de vida maiores e produtividade maior através de bens de alto valor, exemplo Siemens, ARm, Kuka,RollRoice etc, não sei se é correlação entre o nível de educação, ou a quantidade de pessoas, ou cultura mas a Espanha tem uma frota pesqueira que mete inveja a muitos.
  A educação em portugal é desvalorizada, vejo bem isso, mas também vejo todas as outras profissões a ser desvalorizadas, exemplo existia uma escola de Pescas em portugal muito boa e de repente foi deitada ao lixo.
  O estado neste momento precisa de investir na criação de trabalho, e não é fazer estradas tipo á la Keynes, ou dar estágios profissionais financiados, temos que perparar as pessoas para a mudança de trabalhos mesmo após os 45 anos.
  Nós á muito tempo abandonamos a noção de criação de riqueza, na agricultura não á inovação, na criação de barcos de pesca não á inovação, as nossas empresas de Automação estão pelas horas da amargura, temos sim fabricas de montagem pois a nossa mão de obra é barata, mas enquanto Espanha, França, Alemanha etc investem muito em centros de inovação nós investimos muito em outras áreas que servem só para encher .
  O capital enquanto há expansão é uma boa solução, quando deixa de poder expandir  vai retirar poder de compra a maioria da população através do lucro, que no nosso caso sai de portugal.
  Eu defendo uma mistura de empresas privadas/estado mas reconheço que o estado tem passado muitas das empresas com tendências monopolista para as mão de empresas estrangeiras que no final vão retirar dinheiro a portugal.
  Se considerarmos que fluxo monetário tem saído á muito de portugal vemos que a população tem tendência a ficar mais pobre pois a criação de valor através de produção tem descido com influencias e  na balança comercial que todos sabemos tem sido negativa.
  Assim não é o salário mínimo que está a prejudicar portugal, mas sim politicas correlacionadas com o capital que permite que a criação de valor saia de portugal sem troca por outro valor.
  O que o salário mínimo tem dito ultimamente é que o numero de pessoas que dependem dos impostos como a função publica tem tido a oportunidade de ter mais tempo de trabalho e não ir para o desemprego, pois se não houvesse salário mínimo nós do momento deveríamos estar a receber 100 euros por mês ou menos e o estado não tinha meios de pagar os salários, já não os tem mas seria pior.
  A industria não se constrói de salários baixos, mas de esforço e mutação, coisa que nós portugueses deixamos de compreender á muito.
  Nós como população somos poucos e temos que aproveitar toda a capacidade produtiva, se não não vamos ter futuro, o salário mínimo foi uma barreira para que os salários médios não deixam, e todos nós mas mesmo todos nós podemos um dia estar no salário mínimo.
 
   
   

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #66 em: 2015-03-31 13:46:40 »
Citar
  Por pura observação vejo que todos os países europeus onde os salários são maiores tem níveis de vida maiores e produtividade maior através de bens de alto valor, exemplo Siemens, ARm, Kuka,RollRoice etc, não sei se é correlação entre o nível de educação, ou a quantidade de pessoas, ou cultura mas a Espanha tem uma frota pesqueira que mete inveja a muitos.

A coisa, porém, funciona ao contrário. Ter níveis de produtividade maiores a vender bens de alto valor é o que leva aos salários mais elevados e níveis de vida superiores...

Citar
  O estado neste momento precisa de investir na criação de trabalho, e não é fazer estradas tipo á la Keynes, ou dar estágios profissionais financiados, temos que perparar as pessoas para a mudança de trabalhos mesmo após os 45 anos.

Isto é contraditório. O Estado precisa é de cobrar menos impostos e ter menos regras que eliminem investimento. O Estado quando INVESTE na criação de trabalho, faz exactamente o que dizes que não deve fazer.

Citar
A industria não se constrói de salários baixos, mas de esforço e mutação, coisa que nós portugueses deixamos de compreender á muito.

Daquilo que a indústria se constrói só quem nela quer investir sabe. E a probabilidade de o fazerem é mais elevada se:
* Tiverem custos mais baixos;
* Tiverem menos impostos;
* Tiverem menos bloqueios por parte do Estado.

Os salários podem ser uma barreira também, se temos desemprego elevado de alguma forma já o serão. Se bem que este também é um problema que se resolve sozinho via os salários nas novas contratações. O que não se resolve sozinho são os impostos e bloqueios por parte do Estado. Bem como a necessidade de maior educação entre a população, que é um processo lento.
« Última modificação: 2015-03-31 13:46:53 por Incognitus »
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #67 em: 2015-04-03 10:11:17 »
Icognitos - estas a ver por uma perspectiva de lucro, por isso é que vez investidores na equação

   Alguem vai investir em industrias que não são competitivas (sem lucro de grandes valores , mas com Productos de igual qualidade) a nível internacional de maneira a reduzir a importação de bens? Não me parece. Sendo assim como o estado é que tem interesse de redução na balança comercial, e como estado é que tem interesse na redução de quantidade de pessoas no desemprego, tem que ser o estado a investir.
 
   Disseste "A coisa, porém, funciona ao contrário. Ter níveis de produtividade maiores a vender bens de alto valor é o que leva aos salários mais elevados e níveis de vida superiores..."
   
    Digo eu: ver a questão por um lado ou por outro é como o copo meio cheio ou meio vazio, eles recebem mais são melhor tratados, e nós estamos a discutir peanuts, pois se olhares para os centros de desenvolvimento em qualquer área na Alemanha percebes que encontras facilmente centros com mais 1000 a trabalhar pessoas, em portugal se encontrares com 100-200  já é uma sorte e tratam nos mal bolsas etc, se não gostão de ti é fácil estragarem-te a vida profissional.

  Disseste-
        Daquilo que a indústria se constrói só quem nela quer investir sabe. E a probabilidade de o fazerem é mais elevada se:
          * Tiverem custos mais baixos;
         * Tiverem menos impostos;
         * Tiverem menos bloqueios por parte do Estado.

  Eu digo, tens milhões de casos  em portugal com menores custos produtivos e no entanto empresas   pouco produtivas e altamente financiadas pelo estado e pela banca tem estragado os negócios dessas empresas que poderiam vingar, se quiseres posso te dar nomes.
  Não existe cultura organizacional em portugal. preferem ISOs a evolução da qualidade do produto e do próprio produto.

 Disses-te Os salários podem ser uma barreira também, se temos desemprego elevado de alguma forma já o serão. Se bem que este também é um problema que se resolve sozinho via os salários nas novas contratações. O que não se resolve sozinho são os impostos e bloqueios por parte do Estado. Bem como a necessidade de maior educação entre a população, que é um processo lento.

   Digo: Eu trabalhei em muitas sítios chave vi como funcionavam e a escolha de chefias, a educação tem regredido com as politicas que temos feito o esforço que exigem ás criancas é por demais, as universidades tem regredido pois continuaram depois do 25 de abril com os mesma maneira de pensar e posso te dar exemplos se quiseres.
    Somos um pais falhado posso te dar vários exemplos, muito vai mal (chamanos PIIGS-porcos ), o que temos defendido é o que tu apregoas, e  não preciso defender as minhas ideias por que os resultados das tuas estão á vista, temos defendido sempre salários mais baixos que só assim podíamos concorrer com exterior vê-se o resultado. Tu podes um dia estar na orda de desempregados, muita gente que eu não acreditava ver no IEFP estão inscritos agora lá. Acredita o que quiseres defende o que quiseres tens liberdade, eu senti na pele a atitude do povo portugues, estudei a trabalhar, continuei a estudar, fui muito mal tratado nestes anos todos com uma depressão etc.
  Sabes o que te digo, já venho a este blog desde 2008 ver de vez enquando o que se diz por portugal nunca publiquei mas apoiei as ideias mesmo muitas e das tuas Incognito, mas tenho estado ler mais na imprensa internacional.
  Tive muita gente da universidade que apoiava ideias de mercado  ou seja América latina no seu melhor e eu sempre disse agora tens sorte mas não te esqueças que as leis da física(Estatística) que abrangem os semicondutores também podem ser  aplicados a ti. Depois da segunda guerra mundial os nosso avós apoiaram uma espécie de socialismo porque viram que era impossível construir postos de trabalho baseados nas ideias de mercado, pois países constituídos com industrias fortes e influencia agem de maneira a reduzirem a capacidade produtiva de países mais pequenos para poderem venderem os seus produtos. Nós com as nossas mentes brilhantes deixamos sair do pais industrias que ajudavam a equilibrar a balanca externa, devíamos ter investido no desenvolvimento de áreas importantes, mas investimos em estradas e informática e deixamos criar abusos que agora são pagos a peso de ouro, posso te dar exemplos  e deixamos os outros fazer o que é importante,
, por isso se achas que descer os salários é bom para a economia, vamos ver quando tivermos metade de uma população a ganhar os 500 euros ou menos sem condições para sobreviver o que vai acontecer também aos teus salário pois ainda não vi nenhum sistema com condições iniciais como as que temos em portugal evoluir positivamente nas equações de Lotka-Volterra (acho que se chamam assim as equações que descrevem a evolução de predador presa)  isto se mantivermos os  mesmos pressupostos.

   Agora que acho que estado tem dado demais protecção ao sector publico tem, tenho visto arrogantes como se o lugar fosse deles e a esquecerem-se que a função publica serve para apoiar toda a população, eles sentem-se como se tivessem todos os direitos e protecções, o estado tem que garantir de alguma forma que haja trabalho, não que haja lugares fixos com salários fixos,  se abordar-mos por ai acho sem duvida que os salários devem flutuar na função publica mas só até a um valor mínimo que garanta a boa sobrevivencia não uma situação que para pagares casa agua lux gas fiques sem dinheiro para outras coisas.

 


   
   
   


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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #68 em: 2015-04-03 12:30:35 »
Na verdade, não vislumbro como possamos ter alguma independência
se não evitarmos a dependência que nos cerca, parcialmente
pelo menos, substituindo importações por produção
portuguesa com emprego de mão-de-obra
portuguesa ou imigrante residente.

E se arriscamos alguma presença de exportação
com base inovada de produção nacional,
aqui d'El-Rei que o ministro é corrupto!

De modo que tudo me parece estúpido, cá pelo país.

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #69 em: 2015-04-03 12:37:46 »
Ovelha, tens que organizar melhor as ideias, mas repara, num ponto dizes que tem que ser o Estado a investir e noutro ponto dizes que foi uma desgraça as estradas e abusos. Penso que não te dás conta de que isso são ideias contraditórias.

E repara também, eu não defendo baixos salários nem NINGUÉM o defende realmente. O que eu e outros defendemos é que os salários têm que ser aqueles que o mercado conseguir pagar e não quaisquer outros.

O Estado a investir em companhias é uma desgraça se estas forem para produzir prejuízo, porque depois irá buscar impostos a quem ainda consegue ser competitivo, diminuindo-lhe a competitividade e potenciando maior desemprego e menores salários.

E por aí em diante.

Se o Estado quiser realmente investir em produção eu já dei aqui uma ideia: as empresas qualificar-se-iam para tais apoios submetendo projectos. Apenas projectos de empresas já bem lucrativas seriam aceites. Os projectos submetidos seriam depois apoiados aleatoriamente. Aí tens um sistema que poderia a funcionar.
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #70 em: 2015-04-03 15:38:49 »
  As ideias não são como dois pólos ou negativas ou positivas existem ideias intermédias entre elas, o que eu digo o estado tem de investir em áreas que os privados por falta de lucro nunca vão investir, eu não estou a ver uma sonae sierra a investir numa fabrica que o lucro possa ser de 100 euros por ano ou mesmo sem lucro nenhum, os portugueses sem estas fabricas vão buscar os Productos ao estrangeiro.


  Explica-me lá como existiu trabalho escravo, sim há pessoas que defendem o trabalho escravo, só que a evolução permitiu que sejam mal vistas, isso é uma forma de redução de salários.
  A flutuação de salários permite abusos, se tu estas bem e não sabes que a pessoa ao lado esta mal porque te vais preocupar, o salário mínimo é um tabelarão á flutuação desde que que haja inflação, problema é que existiu sempre mais deflação em toda a historia da humanidade.
  As minhas ideias são de esquerda, por isso parecete confuso, sim eu defendo a iniciativa privada, mas também defendo a actuação activa do estado no tecido produtivo português,porque eu sei que é impossível ter  sempre lucro, se a produtividade tem limites a geração de valor tem limites, e para um sistema fechado estar em equilíbrio na existência de lucro alguém tem que sofrer.

O financiamento do estado ás empresas existe á muito mas não temos visto resultados.
 eu trabalhei indirectamente para o  Qren e sei como são dados os apoios.
 o dinheiro que o estado tem é para bem das familias e pessoas, não para o bem de alguns, infelizmente distorceu-se,
  por exemplo  o prejuízo nas estradas reflecte-se em lucro para outros sectores, nós damos dinheiro ao estado para termos direito a boas vias de comunicação, se o estado deixa de pagar isso começa a reflectir no bolso como exemplo autoestradas, e como as autoestradas tem que dar lucro ás empresas que as gerem, se por acaso não derem lucro a manutenção acaba, e como o valor produtivo é limitado, se deslocar-mos dinheiro para autoestradas nós como pessoas e empresas  deixamos de ter dinheiro para outros sectores de actividade.

 Assim realmente á sectores que defendo serem públicos, e á sectores que podem ser privados e se calhar é melhor serem privados, o problema é que isto tudo afecta o salário mínimo, com tudo privado as empresas tem que pagar muito mais dinheiro de salário mínimo,  pois a colaboração da população para serviços públicos reduz o gasto que cada pessoa faz nesses mesmos servicos.

  Olha é difícil compreender-me, mas digo-te uma coisa o sistema económico português perdeu o seu filtro PID , ou seja os governos consecutivos retiraram as valvulas de escape e deixaram o sistema flutuasse no sentido que eles queriam, mas o problema que sistemas sem uma forma de regulação (Ex retiraram a Autoridade de condições de trabalho poder de gerir o mercado laborar) mais tarde ou mais sedo gripa o motor.

 Uma das válvulas ou balanceamento é o salário mínimo,  o salario minimo é proporcional ao salario medio.
 
 
 

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #71 em: 2015-04-04 03:49:10 »
O trabalho escravo não era voluntário e não tem como se comparar a salários, por mais baixos que sejam, que sejam voluntários.
 
Em todo o caso penso que tens opiniões muito fortes e confusas sobre coisas que não dominas. Que é melhor ser rico e com saúde ninguém duvida. O problema é que não basta desejá-lo.
 
O Estado a entrar em actividades económicas que à partida não se esperam lucrativas seria uma receita para o apocalipse. Olha para os Estaleiros de Viana ou para a TAP ou para a RTP para teres uma ideia do que acontece.
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #72 em: 2015-04-04 08:28:29 »
Destes bons exemplos, se pensas que não domino estas no teu direito de fazer opiniões.

   Viana do castelo - Directores nomeados pelos governo, relações com os privados duvidosas, aço bom que foi para o ,lixo depois vendido para os privados a preço de saldo.
   RTP - Se dá lucro porque o PSD ou PS só quis mais duas estações porque não 5, para existência de verdadeira  concorrência, ou mais de 5 e não me venhas dizer que é da banda .
   Tap - porque é que o estado vendeu a ANA e não a TAP, a ANA tem  estratégia nacional, a TAP nem por isso, a ANA dava Lucros a tap não, a tap tem muita concorrência a ana nem por isso .

  Sim estou confuso, quando não me compreendem em vez de pedirem para eu explicar mais detalhadamente dizem que não domino e que estou muito conduzo, mas no final tudo se resume a isto
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_public_debt, portugal está no 5 ou no  6 a concorrer para o primeiro, como sou uma ovelhinha não percebo bem, se eu não recebo o suficiente para para pagar a divida como eu espero alguma vez pagar.

 E isto está tudo relacionado com o salário mínimo, vamos por a população toda a ganhar menos para os nossos Productos serem mais competitivos, mas espera exemplo: o estado está a pagar a uma empresa privada que por sua vez contrata outra empresa privada e depois contrata uma pessoa que vai ganhar menos, mas as empresas ganham muito e a despesa não desaparece.
 
 Disses-te: O Estado a entrar em actividades económicas que à partida não se esperam lucrativas seria uma receita para o apocalipse.
 Pergunto-te: se não são lucrativas e precisamos, vamos deixar os outros fazer noutra zona do mundo, para daqui a dez anos quando forem lucrativas porque vai desaparecendo a concorrência, pagar-mos a preço de ouro porque vem do estrangeiro e perdemos o conhecimento de como fazer. Exemplo países de África, que pagam qualquer coisa a preço de ouro.

 Olha já não produzimos maquinas, quem produz é Alemanha quem está bem agora os portugueses ou os alemães.
 Nossa agricultura está pela hora da amargura, os franceses estão bem nós não.
 O povo português prefere produtos estrangeiros, porque será.
 As pescas, estamos muito atrás de Espanha, e temos uma das maiores zonas económicas exclusivas marítimas.

 E o salário mínimo não dá para viver-mos, simples.

 
 

 

Zenith

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #73 em: 2015-04-04 11:46:13 »
O salário mínimo é como a dificuldade de um exame ou um curso.
Se for demasiado fácil alunos não estudam nada e saem mal preparados. Se for demasiado difícil é chumbaria que não acaba o que leva a desistências e frustração.
Um salário mínimo baixo leva à perpetuação de ind´sutria de baixo know-how e valor acrescentado. Se for demasiado elevado gera desemprego. Mas se for incrementado com moderação pode constituir um dos factore de ajuda na transição para uma economia de mair valor acrescentado.

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #74 em: 2015-04-04 13:55:54 »
O salário mínimo é como a dificuldade de um exame ou um curso.
Se for demasiado fácil alunos não estudam nada e saem mal preparados. Se for demasiado difícil é chumbaria que não acaba o que leva a desistências e frustração.
Um salário mínimo baixo leva à perpetuação de ind´sutria de baixo know-how e valor acrescentado. Se for demasiado elevado gera desemprego. Mas se for incrementado com moderação pode constituir um dos factore de ajuda na transição para uma economia de mair valor acrescentado.

Não tenho a certeza de que isso funcione assim. Ou seja, que a economia se adapte a maior valor acrescentado apenas porque os salários têm obrigatoriamente que ser mais elevados.
 
Parece-me mais garantido que isso aconteça devido a uma concorrência pelo factor trabalho que o encarece. Para essa concorrência existir tem que ser atraente contratar, pelas mais diversas razões, desde educação da força de trabalho, a condições fiscais, regulatórias, de infraestrutura, proximidade aos mercados, know-how e clusters, etc.
« Última modificação: 2015-04-04 13:59:06 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #75 em: 2015-04-04 13:58:29 »
Destes bons exemplos, se pensas que não domino estas no teu direito de fazer opiniões.

   Viana do castelo - Directores nomeados pelos governo, relações com os privados duvidosas, aço bom que foi para o ,lixo depois vendido para os privados a preço de saldo.
   RTP - Se dá lucro porque o PSD ou PS só quis mais duas estações porque não 5, para existência de verdadeira  concorrência, ou mais de 5 e não me venhas dizer que é da banda .
   Tap - porque é que o estado vendeu a ANA e não a TAP, a ANA tem  estratégia nacional, a TAP nem por isso, a ANA dava Lucros a tap não, a tap tem muita concorrência a ana nem por isso .

  Sim estou confuso, quando não me compreendem em vez de pedirem para eu explicar mais detalhadamente dizem que não domino e que estou muito conduzo, mas no final tudo se resume a isto
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_public_debt, portugal está no 5 ou no  6 a concorrer para o primeiro, como sou uma ovelhinha não percebo bem, se eu não recebo o suficiente para para pagar a divida como eu espero alguma vez pagar.

 E isto está tudo relacionado com o salário mínimo, vamos por a população toda a ganhar menos para os nossos Productos serem mais competitivos, mas espera exemplo: o estado está a pagar a uma empresa privada que por sua vez contrata outra empresa privada e depois contrata uma pessoa que vai ganhar menos, mas as empresas ganham muito e a despesa não desaparece.
 
 Disses-te: O Estado a entrar em actividades económicas que à partida não se esperam lucrativas seria uma receita para o apocalipse.
 Pergunto-te: se não são lucrativas e precisamos, vamos deixar os outros fazer noutra zona do mundo, para daqui a dez anos quando forem lucrativas porque vai desaparecendo a concorrência, pagar-mos a preço de ouro porque vem do estrangeiro e perdemos o conhecimento de como fazer. Exemplo países de África, que pagam qualquer coisa a preço de ouro.

 Olha já não produzimos maquinas, quem produz é Alemanha quem está bem agora os portugueses ou os alemães.
 Nossa agricultura está pela hora da amargura, os franceses estão bem nós não.
 O povo português prefere produtos estrangeiros, porque será.
 As pescas, estamos muito atrás de Espanha, e temos uma das maiores zonas económicas exclusivas marítimas.

E o salário mínimo não dá para viver-mos, simples.

 

 
O salário mínimo não dá para viver a determinado nível de vida. Mas infelizmente não existe nenhuma regra mágica que diga que um Português que produza 100 camisas tenha que viver melhor que um Chinês que produza 100 camisas. E se dissermos "não pode ganhar menos que X porque isso não dá para viver", o que acontece é que o trabalho vai para o Chinês e o Português fica com 0 EUR em vez do SMN.
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vbm

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #76 em: 2015-04-04 15:23:58 »
«o que acontece é que o trabalho vai para o Chinês e o Português fica com 0 EUR em vez do SMN.»

:)!

Ora é isto que é preciso resolver,
nem que o Português tenha de passar
a produzir, em vez de camisas, botões
de punho, nem que seja de diamantes
como o fazem os belgas e os suíços
com diamantes explorados ou
importados, respectivamente.

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #77 em: 2015-04-04 17:18:12 »
«o que acontece é que o trabalho vai para o Chinês e o Português fica com 0 EUR em vez do SMN.»

 :) !

Ora é isto que é preciso resolver,
nem que o Português tenha de passar
a produzir, em vez de camisas, botões
de punho, nem que seja de diamantes
como o fazem os belgas e os suíços
com diamantes explorados ou
importados, respectivamente.

Quando ouço música nos meus novos headphones Xiaomi Piston 2, fico com tremendas dúvidas sobre isso ser algo viável.
 
É bom que criemos aqui uma economia hiper-competitiva de alguma forma e largemos a nossa atitude actual, porque senão o mais provável é nós acabamos a ser os Chineses do mundo que aí vem.
« Última modificação: 2015-04-04 17:18:53 por Incognitus »
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ovelha

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #78 em: 2015-04-04 18:00:40 »
 Antigamente existia o proteccionismo a certas áreas por serem fundamentais no equilíbrio da balança comercial, não sei porque nunca existiu vontade de taxar diferentes taxas de iva produtos produzidos em portugal vs produtos existentes fora de portugal.

 Se não produzimos pelo menos metade do que consumimos diariamente e  termos alguns Productos que a exportação seja forte, estamos destinados como pais a uma escravidão. simplesmente é impossível viver em portugal pois mais tarde ou mais cedo vamos ter que pagar o diferencial da balança comercial, e como sociedade somos um grupo de pessoas seja uma empresa bem sucedida ou não, seja uma pessoas bem sucedida ou não, não vai fazer diferença Vamos todos em conjunto ter que pagar.

 O portugueses tem que produzir alguma roupa pois não podemos importar toda  a roupa temos que produzir alguns botões pelas mesma razão, e por exemplo sermos muito exportadores de azeite, isto tudo tem que ter uma estratégia a longo prazo, não de um dia para outro,por exemplo se todos os computadores que usamos são feitos fora de portugal, se alguma vez tivermos um percalço na economia vamos voltar a paga-los a preço de ouro, se tivermos uma produção em portugal vamos só precisar de aumentar a produção por que o conhecimento está cá.
 Sou a favor da globalização mas não a sermos estúpidos, existem sectores que temos que ter prejuízo para mantermos a independência.

 È nesse ponto que a Europa tem subsidiado a Airbus e US a Boeing com métodos meio esquisitos, eles sabem que de certa forma produzimos contribui imenso para a balança comercial,
 Ou a França a produção agricula, ou Espanha as pescas , eles sabem que tem de existir capacidade produtiva.

 Se fizermos as contas Casa a 300 euros agua luz e gás a 150, se para comeres precisas de 250 euros se para te vestires precisas de 50 euros para saúde mais 50, só aqui estão 800 euros é impossível viver com o salário mínimo, só com ajuda de pessoas externas se consegue, assim não vamos conseguir ter pessoas que tentem melhorar as suas condições, vamos ter pessoas deprimidas que só pensão como vamos comer no dia a seguir, se resolvermos o problema das importações excessivas vamos poder aumentar o salário mínimo para alem da subsistência, e podemos promover politicas correcta de atingirmos o ponto de equilíbrio económico de rentabilizar ao máximo o trabalho para as poucas pessoas que estão em portugal, pois por exemplo só paris tem 10 milhões de habitantes .



   

 

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #79 em: 2015-04-04 18:30:36 »
Quem é que vai comprar esses produtos nacionais, já agora? Mesmo com prejuízo ...
 
É a tal coisa incontornável - não existe nenhum milagre nem lei física que diga que alguém em Portugal a fazer 100 camisas tenha que viver melhor que um Chinês que faz 100 camisas.
 
Não temos que manter a independência em nada, temos é que produzir coisas que os outros queiram a um valor que seja competitivo. E isso só é prejudicado se tirarmos aos que o conseguem fazer para darmos a quem produz coisas que os outros não queiram a um valor que não seja competitivo. Pelo que a tua "solução" tenderia a piorar o nível de vida das pessoas.
 
A protecção de que falas pode fazer sentido para indústrias que tenham potencial para produzir coisas desejáveis a valores competitivos e apenas precisem de escala. Mas não vai ser o Estado a criar tais coisas.
 
E o IVA obviamente não o podemos ter diferenciado pois a UE não o permite.
« Última modificação: 2015-04-04 18:31:49 por Incognitus »
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