Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1835391 vezes)

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9560 em: 2015-08-30 19:23:18 »
Hum...

Não nada complicado.
Puro mercantilismo.

Taxa aduaneira sobre importações.
Subvenção de produção exportável.

Agora, população e "empreendededoristas"
alheados do que devem a terceiros
e a enriquecer à tripa forra
escravizando todos
a estrangeiros
e pançudos
locais:
Não.

Mas, vbm, isso é contra a ideia de uma zona de comércio livre.
que é uma das bases da UE. a livre circulação de pessoas e bens.

L

Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13713
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9561 em: 2015-08-30 19:34:39 »
Claro que é! Mas é preciso resolver o contraditório do endividamento por excessiva dominância das economias mais fortes; as regiões-nações europeias menos fortes, não podem despovoar-se e extinguir-se. Haveria de ser bonito, as populações todas arrebanhadas em grandes centros urbanos, alienadas e manipuladas por uma hierarquia de governos da 'matulagem'! A economia do lucro gerado na externalidade de prejuízos colectivos não tem qualquer futuro político!

Meteorologista

  • Ordem dos Especialistas
  • Jr. Member
  • *****
  • Mensagens: 91
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9562 em: 2015-08-31 00:15:52 »
Citação de Lark:

Citar
as compras dos QEs são compensadas pelo processo massivo de destruição de massa monetária através da destruição do crédito, seja por ser pago (savings) seja por defaults.
são compensados pela desalavancagem.

Como não sou economista, não estou a compreender bem esta afirmação. Contudo, como me interesso por Economia, agradecia o esclarecimento:
De acordo com o pouco que sei, penso que grande parte da massa monetária é criada pelos bancos ao conceder crédito.
Se assim for, ao ser constrangido o crédito é criada menos massa monetária mas a que já foi criada não desaparece pelo que a “destruição do crédito” não diminuiria a massa monetária mas apenas diminuiria o ritmo de criação de nova. Com os defaults aconteceria o mesmo: a falta de pagamento à banca dos créditos já concedidos diminuiria a capacidade dos bancos criarem mais massa monetária no futuro mas não diminuiria a já criada; Já a falta de pagamento de dívidas a outras empresas cortaria a circulação futura da massa monetária mas a já criada não diminuiu pois a empresa falida já a pôs a circular, embora mal e por isso faliu.
Assim, penso que a desalavancagem diminuiria o ritmo de criação de nova massa monetária mas não destruiria a já existente.
O que poderia acontecer é as economias para funcionarem necessitarem dum ritmo adequado de criação de nova massa monetária que a desalavancagem não permitiria.
Correndo o risco de estar a errar em questões básicas, mais uma vez agradecia o esclarecimento.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9563 em: 2015-08-31 00:30:34 »
Citação de Lark:

Citar
as compras dos QEs são compensadas pelo processo massivo de destruição de massa monetária através da destruição do crédito, seja por ser pago (savings) seja por defaults.
são compensados pela desalavancagem.

Como não sou economista, não estou a compreender bem esta afirmação. Contudo, como me interesso por Economia, agradecia o esclarecimento:
De acordo com o pouco que sei, penso que grande parte da massa monetária é criada pelos bancos ao conceder crédito.
Se assim for, ao ser constrangido o crédito é criada menos massa monetária mas a que já foi criada não desaparece pelo que a “destruição do crédito” não diminuiria a massa monetária mas apenas diminuiria o ritmo de criação de nova. Com os defaults aconteceria o mesmo: a falta de pagamento à banca dos créditos já concedidos diminuiria a capacidade dos bancos criarem mais massa monetária no futuro mas não diminuiria a já criada; Já a falta de pagamento de dívidas a outras empresas cortaria a circulação futura da massa monetária mas a já criada não diminuiu pois a empresa falida já a pôs a circular, embora mal e por isso faliu.
Assim, penso que a desalavancagem diminuiria o ritmo de criação de nova massa monetária mas não destruiria a já existente.
O que poderia acontecer é as economias para funcionarem necessitarem dum ritmo adequado de criação de nova massa monetária que a desalavancagem não permitiria.
Correndo o risco de estar a errar em questões básicas, mais uma vez agradecia o esclarecimento.

um banco quando empresta tem uma liability. mas tem também um asset. o asset é dinheiro. pode ser dado como garantia, pode ser emprestado etc.
quando a dívida é paga, destrói a liability. mas também destrói o asset.
enquanto a liability não é dinheiro, o asset é.
quando um banco faz um crédito, aumenta a massa monetária no valor do crédito.
quando o crédito é pago ou defaulted on, a respectiva massa monetária é destruída.

para além disso; pode parecer que uma coisa cancelaria a outra. mas nem isso.
o banco quando empresta, empresta sob uma garantia. uma hipoteca por exemplo.
se houver um default o banco recupera a garantia (em princípio).
as garantias são ilíquidas, normalmente.
o negócio dos bancos é ceder liquidez contra assets ilíquidos.
o banco ao recuperar a garantia, vende-a (num certo intervalo de tempo, depende da liquidez do mercado a que pertence a garantia) e passa a ter liquidez.
a questão é que a garantia funciona sempre como liquidez. o número de negócios que um banco faz permite-lhe fazer isso.

resumindo: num dos lados do ledger tem a liability. no outro tem o asset (o crédito que é transaccionável) + a garantia.
quando a dívida é paga, desaparece o asset, a garantia e a liability.

L
« Última modificação: 2015-08-31 00:31:34 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Meteorologista

  • Ordem dos Especialistas
  • Jr. Member
  • *****
  • Mensagens: 91
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9564 em: 2015-08-31 02:27:29 »
Obrigado Lark

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13713
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9565 em: 2015-08-31 14:12:56 »
A ver como não percebi[?]:

  • o banco empresta dinheiro (que não é dele, e que continua
    a dever a quem o depositou, se este não o levantar
    );
  • passa a ter um crédito sobre o mutuário
    (e recebe dele uma garantia de bom pagamento)
  • a massa monetária aumenta pelo crédito concedido
  • liquidado o crédito a massa monetária diminui
    (por simplesmente aumentar o aforro em reserva no banco)
  • se o crédito não for pago, a garantia é accionada
    (e o dinheiro embolsado do particular que compra o bem
    dado em garantia reembolsa o crédito [aforro] não pago
    )
  • se o particular que adquire o bem dado em garantia
    o paga por empréstimo que contrai, o círculo
    renova-se cf. o mesmo acto de mútuo
    acima descrito

De modo que, quando o lark diz: «quando a dívida é paga,
desaparece o asset, a garantia e a liability»
,
assim será, salvo se o circuito se renovar
por novo mútuo contraído
por qualquer particular.
 
« Última modificação: 2015-09-02 17:38:51 por vbm »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9566 em: 2015-08-31 21:18:10 »
Citação de Lark:

Citar
as compras dos QEs são compensadas pelo processo massivo de destruição de massa monetária através da destruição do crédito, seja por ser pago (savings) seja por defaults.
são compensados pela desalavancagem.


Como não sou economista, não estou a compreender bem esta afirmação. Contudo, como me interesso por Economia, agradecia o esclarecimento:
De acordo com o pouco que sei, penso que grande parte da massa monetária é criada pelos bancos ao conceder crédito.
Se assim for, ao ser constrangido o crédito é criada menos massa monetária mas a que já foi criada não desaparece pelo que a “destruição do crédito” não diminuiria a massa monetária mas apenas diminuiria o ritmo de criação de nova. Com os defaults aconteceria o mesmo: a falta de pagamento à banca dos créditos já concedidos diminuiria a capacidade dos bancos criarem mais massa monetária no futuro mas não diminuiria a já criada; Já a falta de pagamento de dívidas a outras empresas cortaria a circulação futura da massa monetária mas a já criada não diminuiu pois a empresa falida já a pôs a circular, embora mal e por isso faliu.
Assim, penso que a desalavancagem diminuiria o ritmo de criação de nova massa monetária mas não destruiria a já existente.
O que poderia acontecer é as economias para funcionarem necessitarem dum ritmo adequado de criação de nova massa monetária que a desalavancagem não permitiria.
Correndo o risco de estar a errar em questões básicas, mais uma vez agradecia o esclarecimento.


esta apresentação do Ray Dalio explica a coisa muitos milhares de vezes melhor do que eu poderia alguma vez fazê-lo.

! No longer available


L
« Última modificação: 2015-08-31 21:18:27 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9567 em: 2015-08-31 21:20:48 »
ve as palestras do steve keen no utube

Meteorologista

  • Ordem dos Especialistas
  • Jr. Member
  • *****
  • Mensagens: 91
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9568 em: 2015-09-01 02:13:57 »
Mais uma vez muito obrigado a ambos.
Estou a ver os vídeos que são muito interessantes.

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9569 em: 2015-09-02 17:13:41 »

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9570 em: 2015-09-04 22:39:13 »

What if Greece won the eurozone argument after all?


By  Ben Wright

7:36PM BST 01 Sep 2015

 
Maybe Greece had a point. That seems to be the subtext of many high-profile pronouncements made by European politicians and technocrats in recent days.

Perhaps this shouldn’t come as such a surprise. There have always been two broad theories about how the eurozone should work. On one side stands Germany, the European Central Bank (which is modelled on the Bundesbank) and northern European countries like Finland and the Netherlands. On the other is France, the Francophile European Commission and the continent’s Mediterranean states.

These alliances are fluid. At times this year it looked like the whole of Europe was ranged against Greece. But this was more a product of the extreme negotiating stance adopted by Athens and the survival instincts of southern European governments (who didn’t want to provide succour to anti-austerity movements in their own countries). Deep-seated convictions were temporarily held in abeyance.

But, in the brief pause between Greece agreeing fresh terms with its creditors and holding elections, the two sides are once again coalescing around the separate solutions they believe will strengthen the eurozone.

This is not about being pro or anti-austerity; that gross over-simplification was always a red herring. It is about ensuring that countries don’t reap the benefits of the currency union while shirking their shared responsibilities. The difference of opinion lies in identifying where the benefits accrue and defining what the responsibilities should be. Both factions have a case.

One answer is that the eurozone is a currency union of economically independent nations whose stability can only be maintained by the strict adherence to a number of hard and fast rules. Among the most important of these proscribes permanent fiscal transfers between member states. That’s because, so the argument goes, such subsidies blur the lines between sovereign nations and introduce political union via the backdoor.

Critics of this argument say the rules are too harsh. They result in the richer nations enjoying the benefits of a currency union (like, for example, an artificially depressed currency that boosts the competitiveness of their exports), while the poorer nations are denied the tools to rebalance their economies if crisis hits. On this reading the rich nations enjoy most of the benefits of the currency union in the good times and the poor nations suffer most of the drawbacks when the weather turns. The only way to redress this balance is through fiscal transfers.

It is hard to tell which view is in the ascendancy. On the one hand, Greece clearly caved in to its creditors’ demands and agreed to institute a raft of economic reforms, including exacting primary surplus targets. This can be seen as a victory for those who champion the European Union’s strict debt and deficit rules. On the other hand, by agreeing to lessen Greece’s debt burden, the other member states are taking the first step towards turning the eurozone into a transfer union.

A eurozone defined by strict rules has the merits of being what all the various countries signed up to. On the downside, it could be argued that, with the bloc’s youth unemployment at 21.9pc in July, it is an imperfect set-up. A transfer union might work better (though there are plenty of people living in the north of England who will argue against it being a panacea) but would necessitate a far greater degree of fiscal and political integration.

That is exactly what so many European politicians have been falling over themselves to argue for in recent days. First, Italy’s finance minister, Pier Carlo Padoan, called for a full political union. Then Emmanuel Macron, the French economy minister, writing in Germany’s Süddeustche Zeitung newspaper over the weekend, called for a full fiscal union and a new “Euro Parliament”. He said: “The eurozone needs new institutions to which national governments transfer sovereignty: a strong European economic government with its own budget.”

It is not hard to imagine how all of this is going down in Berlin. In recent months Wolfgang Schaeuble, the German finance minister, has been agitating in the opposite direction, arguing that what he sees as an increasingly-partisan European Commission should be stripped of some of its powers.

German politicians are unlikely to be surprised by their French and Italian counterparts calling for the strengthening of European institutions. Arguably, it will have been last week’s speech by Benoît Cœuré – a Frenchman, yes, but also a member of the European Central Bank’s executive board – that caused more consternation.

He argued for the creation of a finance ministry for the eurozone, saying: “I want to make this clear: we cannot advocate a Europe of solidarity while believing that the economic policies of each euro area country are the business of that country’s parliament alone. The crisis has fully exposed that contradiction.”

So, poor, defeated Greece may in fact end up getting what it was demanding. There is, of course, a further paradox here. The Greek government argued that the January election and July referendum gave it a democratic mandate to reject the terms of the country’s bailout. In so doing, it was implicitly arguing that the eurozone should become a transfer union in which the richer countries help subsidise poorer regions. If that argument wins out, it will end up diminishing the individual sovereignty of the eurozone member states and hence their democratic mandates.

It’s like turkeys voting to be disenfranchised.

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9571 em: 2015-09-05 10:45:54 »
Agora que o syriza até já aceita fazer coligações com o PASOK....imaginem...O PASOK?!? Anda um certo e determinado membro do fórum calado que nem um rato.  :D

Típico da esquerda: logo que percebem que se enganaram, mudam logo de assunto.

Storgoff

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 106
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9572 em: 2015-09-05 16:51:08 »
Lark,

Parece-me que estas ai a fazer uma grande confusão com essa historia da desalavancagem e com explicações altamente complexas sobre aumento ou diminuição da massa monetária. Ha varios niveis de massa monetária: os famosos M.
Uma grande parte dessa massa monetária nada diz à economia real porque resulta exactamente da valorização ou devalorização do valor escritural dos activos em mercado.
Basta ver que o balanço dos bancos centrais aumentou colossalmente nestes ultimos anos e a inflação nem sombra

Desalavancagem é tecnicamente redução do nivel de endividamento.
A nivel dos estados tiveste tudo menos desalavancagem , antes pelo contrário .
Nas empresas o fenómeno foi muito semelhante.
Na Europa tiveste uma diminuição do nivel global de endividamento das empresas não financeiras?

A nivel do sistema financeiro o que tiveste foram perdas por desvalorização de activos de investimento.
 O mais drastico foi mesmo os derivados complexos como os CDOs ou os mais primarios como os MBS ( No fundo o estoiro da bolha imobiliária). Ou seja tiveste um processo de brutal deflacção no preço dos activos que por arrasto se corria o risco de trazer deflação à economia real.
Na pratica tiveste foi uma redução brutal redução do nivel de riqueza medida pelo preço dos activos.
 Os programas de QE nos EUA e não só foram programas para dar um forte boost ao mercado de activos impedir o seu colapso o que geraria a  maior crise de crédito mundial alguma vez vista e aí sim o colapso da economia real ( bens e serviços) : Deflação.

Resumindo os programas  QE são essencialmente formas de inflacionar o mercado ( Bull market) tendo como efeito colateral o aumento dos niveis de riqueza e como total o afastar do riscos de deflação da economia real. Apesar de que este efeito colateral não está garantido à partida.
 Veja-se o que se esta a passar actualmente com a dificuldade do BCE conseguir esse objectivo apesar das suas injecções mensais de cerca de 60.000 M€.
« Última modificação: 2015-09-07 00:37:34 por Storgoff »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9573 em: 2015-09-08 13:35:11 »
A diferença entre NBG na NYSE e ETE.AT em Atenas está praticamente eliminada.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9574 em: 2015-09-09 01:11:05 »
Yanis Varoufakis: How Europe Crushed Greece
By YANIS VAROUFAKIS SEPT. 8, 2015

ATHENS — Since the beginning of Greece’s financial crisis in 2010, two prime ministers have been swept from office after they were forced to adopt an unfeasible package of austerity measures in exchange for a bailout from the troika, as the eurozone authorities — the European Commission, the European Central Bank and the International Monetary Fund — are known. It pains me to watch the same fate befall a third prime minister, my friend and comrade Alexis Tsipras.

In July, when Mr. Tspiras was forced to capitulate to the troika’s latest “program,” it spelled the end of our government. It also caused a split in our party, Syriza, between those who reluctantly agreed to implement the program and the rest of us (approximately 40 Syriza members of Parliament, out of a total of 149) who did not. The general election set for Sept. 20 is a result of this crisis.

For my part, having resigned as finance minister over the troika’s ruthless, humiliating imposition, I plan to sit this one out. I will not contest my parliamentary seat in a sad election that will not produce a Parliament capable of endorsing a realistic reform agenda for Greece.

Nor can I support the adoption of a troika program that everyone knows is destined to fail. There was a clear consensus, shared not only by myself and Mr. Tsipras, but also by Germany’s finance minister, Wolfgang Schäuble, and officials at the International Monetary Fund, that the new bailout deal was not viable.

I will not, however, join those who think that exiting the eurozone, to bring about a major devaluation with a reintroduced drachma, is in itself a program for Greece’s recovery.

The cause of this continuing trouble for Greece lies in the eurozone’s existential crisis. The pioneers of the single currency, of whom Mr. Schäuble is the last active member, were undecided whether the euro should be modeled on the international gold standard of the interwar period or on a sovereign currency, like the dollar.

The gold standard relied on strict rules that were unenforceable during a crisis. In a severe downturn, these imposed the greatest burden on the worst-hit economies and thus made exit the only alternative to a humanitarian crisis. This is the reason that President Franklin D. Roosevelt took the United States off the gold standard in 1933, expanded the money supply and helped pull America out of the Depression.

A sovereign currency, or state money, demands a different, more flexible set of responses based on political union, as the French government and others have recently proposed. The great questions that Europe must answer are: What kind of political union do we want? And are we prepared to act quickly enough to prevent the fragmentation of the eurozone?

Europe’s indecision is a result of a deep rift between Berlin and Paris. Berlin has traditionally backed a rules-based eurozone in which every member state is responsible for its own finances, including bank bailouts, with political union limited to a fiscal overlord’s possessing veto power over national budgets that violate the rules. Paris and Rome, cognizant that their deficit position would condemn them to a slow-burning recession under such a rules-based political union, see things differently.

It was in the context of this standoff that Mr. Schäuble felt that accepting an alternative plan for Greece’s recovery, in place of the troika’s program, would weaken Germany’s hand vis-à-vis the French. Thus little Greece was crushed while the elephants tussled.

We had such a plan. In March, I undertook the task of compiling an alternative program for Greece’s recovery, with advice from the economist Jeffrey Sachs and input from a host of experts, including the former American Treasury Secretary Larry Summers, and the former British chancellor of the Exchequer Norman Lamont.

Our proposals began with a strategy for debt swaps to reduce the public debt’s burden on state finances. This measure would allow for sustainable budget surpluses (net of debt and interest repayments) from 2018 onward. We set a target for those surpluses of no more than 2 percent of national income (the troika program’s target is 3.5 percent). With less pressure on the government to depress demand in the economy by cutting public spending, the Greek economy would attract investors of productive capital.

As well as making this possible, the debt swaps would also render Greek sovereign debt eligible for the European Central Bank’s quantitative easing program. This in turn would speed up Greece’s return to the money markets, reducing its reliance on loans from European institutions.

To generate homegrown investment, we proposed a development bank to take over public assets from the state, collateralize them and so create an income stream for reinvestment. We also planned to set up a “bad bank” that would use financial engineering techniques to clear the Greek commercial banks’ mountain of nonperforming loans. A series of other reforms, including a new, independent I.R.S.-like tax authority, rounded out our proposals.

The document was ready on May 11. Although I presented it to key European finance ministers, including Mr. Schäuble, as the Greek Finance Ministry’s official plan, it never received the endorsement of our own prime minister. The reason? Because the troika made it abundantly clear to Mr. Tsipras that any such document would be seen as a hostile attempt to backtrack from the conditions of the troika’s existing program. That program, of course, had made no provision for debt restructuring and therefore demanded cripplingly high budget surpluses.

The fact that few people ever got to hear about the Greek plan is a testament to the eurozone’s deep failures of governance. If the “Athens Spring” — when the Greek people courageously rejected the catastrophic austerity conditions of the previous bailouts — has one lesson to teach, it is that Greece will recover only when the European Union makes the transition from “We the states” to “We the European people.”

Across the Continent, people are fed up with a monetary union that is inefficient because it is so profoundly undemocratic. This is why the battle for rescuing Greece has now turned into a battle for Europe’s integrity, soul, rationality and democracy. I plan to concentrate on helping set up a Pan-European political movement, inspired by the Athens Spring, that will work toward Europe’s democratization.

Naturally, this will take years to bear fruit — years that Greece cannot afford. In the meantime, I shall continue to promote our plan for Greece’s recovery as a true, viable alternative to the troika’s impossible program.

yv/nyt
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9575 em: 2015-09-09 01:35:49 »
Parece mais que foi a Grécia a esmagar a Europa. Afinal, consumiu o trabalho em valores de centenas de milhar de milhões de euros que depois não pagou. Dificilmente se acha que foi ao contrário, a Europa a esmagar seja quem for.

Certamente , para quem perdeu esse dinheiro, não existem dúvidas de quem esmagou quem.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9576 em: 2015-09-09 01:41:18 »
parece que o credito mal-parado da banca grega ja vai nos 45%  :D

Visitante

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3766
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9577 em: 2015-09-09 02:38:42 »
A diferença entre NBG na NYSE e ETE.AT em Atenas está praticamente eliminada.

Agora é esperar que volte outra oportunidade. Julgo que a conversão entre acções e ADRs está neste momento a ser feita livremente, voltando a encerrar a oportunidade pode surgir. Sabes qual o critério usado para abrir e fechar o processo de conversão?

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9578 em: 2015-09-09 02:53:16 »
A diferença entre NBG na NYSE e ETE.AT em Atenas está praticamente eliminada.

Agora é esperar que volte outra oportunidade. Julgo que a conversão entre acções e ADRs está neste momento a ser feita livremente, voltando a encerrar a oportunidade pode surgir. Sabes qual o critério usado para abrir e fechar o processo de conversão?

Geralmente fecha-se quando esgotam um limite de emissão, mas o NBG deve ter estado fechado devido aos eventos na Grécia, tipo a bolsa Grega fechada.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9579 em: 2015-09-09 02:53:25 »
Lark,

Parece-me que estas ai a fazer uma grande confusão com essa historia da desalavancagem e com explicações altamente complexas sobre aumento ou diminuição da massa monetária. Ha varios niveis de massa monetária: os famosos M.
Uma grande parte dessa massa monetária nada diz à economia real porque resulta exactamente da valorização ou devalorização do valor escritural dos activos em mercado.
Basta ver que o balanço dos bancos centrais aumentou colossalmente nestes ultimos anos e a inflação nem sombra

Desalavancagem é tecnicamente redução do nivel de endividamento.
A nivel dos estados tiveste tudo menos desalavancagem , antes pelo contrário .
Nas empresas o fenómeno foi muito semelhante.
Na Europa tiveste uma diminuição do nivel global de endividamento das empresas não financeiras?

A nivel do sistema financeiro o que tiveste foram perdas por desvalorização de activos de investimento.
 O mais drastico foi mesmo os derivados complexos como os CDOs ou os mais primarios como os MBS ( No fundo o estoiro da bolha imobiliária). Ou seja tiveste um processo de brutal deflacção no preço dos activos que por arrasto se corria o risco de trazer deflação à economia real.
Na pratica tiveste foi uma redução brutal redução do nivel de riqueza medida pelo preço dos activos.
 Os programas de QE nos EUA e não só foram programas para dar um forte boost ao mercado de activos impedir o seu colapso o que geraria a  maior crise de crédito mundial alguma vez vista e aí sim o colapso da economia real ( bens e serviços) : Deflação.

Resumindo os programas  QE são essencialmente formas de inflacionar o mercado ( Bull market) tendo como efeito colateral o aumento dos niveis de riqueza e como total o afastar do riscos de deflação da economia real. Apesar de que este efeito colateral não está garantido à partida.
 Veja-se o que se esta a passar actualmente com a dificuldade do BCE conseguir esse objectivo apesar das suas injecções mensais de cerca de 60.000 M€.

desculpa, só agora reparei que te dirigiste a mim.
olha que não estamos a dizer coisas muito diferentes.

a desalavancagem é a redução do endividamento.
a redução do endividamento leva à redução da massa monetária.

foi isso que se passou nos US na sequência da crise do imobiliário.
alguma dívida foi destruída por default, mas muita outra foi progressivamente sendo destruída por redução pura do endividamento (pagar dívida).
o QE o que procura é compensar isso mantendo a massa monetária mais ou menos igual. Keynes. Quando o sector privado desalavanca, o estado tem que se chegar à frente contraíndo dívida, para evitar uma queda abrupta da massa monetária.

o que se passa é que mesmo o QE pode não ser suficiente.
as grandes companhias tecnológicas por exemplo, não investem. estão sentadas em pilhas colossais de massa e ainda pedem emprestado a taxa zero ounegativa para recomprar acções.

aqui tem que ser o estado a investir.
o estado nãopode ficar-se apenas pela contração de dívida. tem que pôr o dinheiro a rolar.
aumentar a velocidade do dinheiro.
senão acontece como no japão.

acho que não estamos a dizer coisas muito diferentes.

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt